Governo da Zâmbia visita Unicamp em busca de parcerias

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Além do ministro de Infraestrutura, Habitação e Planejamento Urbano, Charles Milupi, a comitiva africana contou com 19 dirigentes

A Unicamp e o governo da Zâmbia, país localizado no sul da África, iniciaram nesta sexta-feira (5) um processo de aproximação que poderá resultar em parcerias e ações colaborativas em diversas áreas.

Como parte de um giro pelo Brasil que inclui encontros com representantes do governo federal, o ministro de Infraestrutura, Habitação e Planejamento Urbano do país africano, Charles Milupi, visitou a Unicamp no começo da tarde desta sexta-feira. 

Segundo o ministro, o Brasil e a Zâmbia possuem similaridades, como o processo de desenvolvimento que atravessam e as características climáticas de ambos. De acordo com ele, essas similaridades aproximam os dois países e podem facilitar eventuais parcerias.

Professor de economia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), o zambiano Duncan Chaloba – um dos que participaram da organização da visita – disse que várias pesquisas em desenvolvimento na Unicamp interessam ao governo do país africano, entre as quais as relacionadas com energia renovável e os estudos sobre petróleo que a Universidade realiza em parceria com a Petrobras. “Pesquisas nessas áreas podem ajudar muito a Zâmbia”, disse.

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Da esquerda para direita, professor de economia da PUC-Campinas, o zambiano Duncan Chaloba; o embaixador do país no Brasil, Coillard Muwvema e o ministro Charles Milupi: ações colaborativas em diversas áreas

O professor afirmou ainda que também interessam ao governo zambiano pesquisas relacionadas à agricultura, em especial aquelas envolvendo a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e os sistemas de monitoramento por satélite, algo já consolidado na estatal.

Para Chaloba, a ideia é que esse primeiro encontro possa acelerar a assinatura de um convênio entre a Unicamp e a Universidade da Zâmbia.  Além do ministro de Estado, a comitiva africana contou com a presença do embaixador do país no Brasil, Coillard Muwvema, e outros 19 dirigentes.

O reitor da Unicamp, professor Antonio José de Almeida Meirelles, avalia ser muito importante para o Brasil e para a Universidade manter contatos como esse. 

“Para um país com o porte do Brasil, com uma população numerosa, um PIB [produto interno bruto] relevante e maturidade científica e tecnológica, é importante estabelecer relações com os mais diferentes países do mundo”, argumenta o reitor.

“O Brasil tem a agricultura tropical mais desenvolvida do mundo. Temos ainda um setor agroindustrial e uma agricultura familiar bastante desenvolvidos, algo que, provavelmente, interessa a países localizados em regiões semelhantes em termos climáticos. Então as possibilidades de colaboração são grandes, tanto no nível governamental como no das relações entre as instituições de ensino e pesquisa”, avaliou o reitor.

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O reitor Antonio Meirelles e o ministro Charles Milupi: importante para o Brasil e para a Universidade manter este tipo de contato

A coordenadora-geral da Unicamp, Maria Luiza Moretti, diz que tem apoiado iniciativas de internacionalização e garante que a Universidade está interessada em expandir essas ações de colaboração. Ela lembrou que a Unicamp mantém acordos com instituições de ensino de Angola e Moçambique – ambos países africanos de língua portuguesa – e que pretende expandir suas parcerias para outros países da região.

A visita da delegação da Zâmbia foi organizada pela Deri (Diretoria Executiva de Relações Internacionais). Participaram do encontro os professores Osvaldir Taranto, Rafael Dias e Alfredo de Mello, todos da Deri, além do professor Luiz Carlos Pereira Silva, da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação, e a arquiteta e urbanista Mariana Rodrigues Ribeiro dos Santos, da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo.

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