Faturamento de startups e incubadas do Parque Científico da Unicamp cresce 26%

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A Agência de Inovação (Inova Unicamp), lançou nesta quarta-feira (3/5), a segunda edição do Relatório Anual do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, contendo os resultados e casos de sucesso referentes a 2022. O total anual do faturamento foi de R$ 68,8 milhões. 

Acesse o Relatório Anual

Neste ano, o Parque completa 10 anos de operação. Desde sua inauguração, está sob gestão da Inova Unicamp. O projeto começou em 2008, com uma parceria entre a Unicamp e o Governo do Estado de São Paulo, e suas atividades foram iniciadas em 2013, quando foi inaugurado o prédio do Núcleo e as primeiras empresas passaram a se hospedar. 

“Uma década depois, o Parque Científico e Tecnológico da Unicamp está com seis prédios ativos que abrigam 44 empresas. Entre elas, há laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), startups e empresas de base tecnológica incubadas que compõem e fomentam esse ecossistema de inovação dentro da Universidade”, comemoram os professores Ana Fratini e Renato Lopes, da diretora-executiva da Inova Unicamp.

Localizado dentro do campus, na cidade de Campinas, o Parque conecta fisicamente essas empresas à pesquisa e a talentos da Unicamp, sendo que, dos 685 postos de trabalho nessas empresas, 66,4% são focados em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Esse ambiente que propicia pesquisas de ponta e inovação é o que atrai empresas ao Parque, inclusive de fora do Brasil, como foi o caso da startup Processium, que atua com projetos de sustentabilidade ambiental no setor químico. Trata-se de uma spin-off de uma empresa francesa e escolheu a Unicamp como porta de entrada no mercado latino-americano. 

Inicialmente, a Processium ingressou no ecossistema do Parque via edital da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp) a fim de aperfeiçoar seu modelo de negócio para o mercado brasileiro. Graduada em 2018, ela permanece no Parque Científico e Tecnológico como startup para estar próxima fisicamente dos maiores nomes da indústria brasileira e, especialmente, da Unicamp.

“Buscamos parcerias com a comunidade acadêmica para nos ajudar em nossa missão principal: proporcionar ao mercado um olhar aplicado sobre os projetos de engenharia, mas com o rigor técnico-científico que encontramos entre os pesquisadores da Unicamp. Essa tem sido uma abordagem de sucesso desde nossa criação, sobretudo para lidar com temas tecnicamente desafiadores para as indústrias, como os ligados à sustentabilidade e ao aquecimento global”, explica Paulo Polastri, gerente de processos da Processium.

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Da esquerda para a direita, professores Renato Lopes e Ana Frattini, da diretoria-executiva da Inova Unicamp; Mariana Zanatta, coordenadora de empreendedorismo e ambientes de inovação e Eduardo Gurgel, diretor do Parque Científico  

Faturamento e internacionalização na Incamp

A Incamp, também sob gestão da Inova Unicamp, foi criada em 2001 e é responsável por capacitar empreendedores no desenvolvimento de empresas inovadoras de base tecnológica. Desde 2018, ela faz parte do Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, possibilitando que as empresas incubadas possam ocupar um dos seis prédios do complexo.

Além de estruturar novos negócios, a Incubadora apoia a entrada dessas empresas no mercado e na captação de investimentos, o que se reflete em indicadores positivos, como o faturamento anual que chegou a R$ 1 mi em 2022.

“É um orgulho acompanhar o amadurecimento dos negócios das empresas que estão incubadas conosco. Crescimento refletido em números, como o faturamento anual das incubadas, que praticamente dobrou em relação a 2021”, analisou Mariana Zanatta Inglez, atual coordenadora de empreendedorismo e ambientes de inovação da Inova Unicamp e responsável pela Incamp.

A capacitação é realizada em parceria com mentores da Inova Unicamp, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Federação Brasileira das Empresas de Consultoria e Treinamento (Febraec) para diferentes estágios de negócios de base tecnológica.

A Incubadora também possibilita a conexão a diversos parceiros do ecossistema, como o Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), oferecido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), e a Facamp (Faculdades de Campinas), que auxilia nos processos de exportação de forma planejada e segura.

Uma empresa incubada na Incamp beneficiada por essa conexão foi a Autocoat, que conseguiu firmar uma parceria com a empresa alemã MBRAUN. O acordo visa a integração do novo equipamento da Autocoat, o BCC-02, para otimizar os equipamentos fabricados pela MBRAUN, voltada ao desenvolvimento de dispositivos do setor de energia renovável, como células solares de perovskitas e baterias.

O programa auxiliou a Autocoat no processo de entrada no mercado internacional, com o desenvolvimento de um plano de exportação e o aprendizado de ferramentas que auxiliam na obtenção de dados e informações para o mercado internacional.

“O que está faltando para podermos integrar nossos equipamentos é a prova de conceito e a certificação do BCC-02 nos mercados internacionais em que iremos atuar. Após essas duas etapas, o objetivo é que nós forneçamos o equipamento e a empresa MBRAUN faça a distribuição final do produto”, explica Viviane Nogueira, fundadora e CEO da Autocoat.

Em expansão com a “Vila de Startups”

Com a capacidade máxima de ocupação por empresas atingida, o Parque Científico já se organiza para mais uma expansão. Ainda em 2022, o projeto “Vila de Startups” da Unicamp foi aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para receber o apoio financeiro não-reembolsável de R$14.777.999,65. A chamada pública foi aberta junto ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) para destinar recursos do Fundo Verde e Amarelo para parques em operação (linha A), como o Parque da Unicamp, ou em implantação (linha B).

O projeto da Unicamp prevê a construção de 3.598,81 m² para abrigar startups e empresas de base tecnológica dentro do Parque Científico e Tecnológico, reforçando o posicionamento da Unicamp como principal instituição capacitada para apoiar diretamente esses negócios.

“O modelo de construção está baseado no conceito modular e sustentável. Dessa forma, é possível aumentar o espaço, conforme a demanda, sem ser necessário construir um novo prédio para a ampliação. Esse conceito modular também facilita em casos de remodelagem dos espaços já construídos para abrigar melhor as empresas hospedadas, que tendem a expandir suas equipes e podem precisar de mais espaço”, explica Eduardo Gurgel do Amaral, que coordenou o projeto aprovado e hoje está na gestão de Parcerias da Coordenadoria do Hub Internacional de Desenvolvimento Sustentável da Unicamp (HIDS). 

A proposta aprovada pela Finep também prevê ampliar, para as empresas hospedadas, atividades de internacionalização e boas práticas ambientais, sociais e de governança, conhecidas pela sigla em inglês ESG.

Relatório completo disponível para download.

Para saber mais sobre esses indicadores e outros casos de sucesso das empresas hospedadas no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp ou incubadas na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp, acesse o relatório na Biblioteca da Inova Unicamp.

Matéria publicada originalmente no site da Inova Unicamp.

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Audiodescrição. Foto: Pedro Amatuzzi. Imagem computadorizada em perspectiva e panorâmica da parte interna de moderna edificação de 2 andares, sendo que em primeiro plano há um amplo jardim quadrado e gramado, 3 buchinhos em vasos, 2 altas palmeiras e 4 bancos de madeira posicionados no entorno. O local possui piso intertravado. Na sequência, a edificação, com amplas janelas horizontais de vidro e 2 portas de madeiras em 2 folhas, iguais no primeiro e segundo andares. À direita, longo corredor. Imagem 1 de 1

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