HC participa de programa da Pfizer para identificação precoce de resistência microbiana

Desde 2018, o Laboratório de Microbiologia do Departamento de Patologia Clínica do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp participa do programa Cuidar Mais, oferecido, gratuitamente, pelos Laboratórios Pfizer, para auxiliar na identificação precoce de infecções microbianas causadas por microrganismos produtores de carbapenemases (a bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase, KPC).

A cada semestre, a empresa Pfizer entrega seis kits ao hospital para a realização dos testes que auxiliam na avaliação de determinados patógenos quanto a sua sensibilidade a diversos antibióticos.

“Em 2022, realizamos 5.594 testes de produção de carbapenemase. Essa parceria já gerou uma economia de aproximadamente R$ 220 mil ao HC da Unicamp até os dias de hoje”, diz Eliane Picoli, supervisora do Laboratório de Microbiologia.

Para o Laboratório de Microbiologia ser incluído nesse programa, o hospital precisou atender três requisitos de elegibilidade: ser um hospital com taxa de resistência bacteriana superior a 10%, ter no mínimo 20 leitos de UTI e apresentar protocolos clínicos em infecções por KPC, em casos de pneumonia ou em infecções fúngicas.

Resistência bacteriana

De acordo com a professora e médica responsável pela Seção de Microbiologia do Departamento de Patologia Clínica, Angélica Zaninelli Schreiber, a resistência bacteriana é um grande desafio no tratamento de infecções, sendo uma das principais preocupações relacionadas à saúde pública em todo o mundo, principalmente nos países em desenvolvimento como o Brasil.

As enterobactérias possuem diversos mecanismos de resistência como, por exemplo, a produção de enzimas capazes de inativar a ação de antibióticos, que é o caso das beta-lactamases.

“Entres essas, as carbapenemases são as que vêm apresentando maior relevância clínica devido a uma grande falha terapêutica no tratamento de infecções por esses microrganismos, pois essas enzimas inativam os antibióticos carbapenêmicos, uma das principais drogas utilizadas no ambiente hospitalar”, explica Angélica.

Por isso, a realização de culturas para vigilância de resistência e a disponibilidade de testes que possibilitem a detecção precoce destes genes de resistência é de extrema importância, uma vez que a colonização dos pacientes por essas bactérias, em grande parte dos casos, precede à infecção.

Essa detecção permite uma adequação de condutas por parte do corpo clínico que resulta na diminuição da taxa de morbidade e mortalidade entre os pacientes.

“Essa parceria agiliza a detecção da colonização por bactérias produtoras de carbapenemases nos pacientes, possibilitando intervenções do corpo clínico no sentido de diminuir a disseminação dessas bactérias no ambiente hospitalar e direcionar uma conduta terapêutica correta para o tratamento de nossos pacientes”, reforça Eliane.

Matéria originalmente publicada no site do HC Unicamp.

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