Frente de Ações Sociais da Força-Tarefa da Unicamp realiza pesquisa de situação vacinal e testagem

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No último sábado, dia 10 de setembro, a Frente de Ações Sociais da Força-Tarefa Unicamp contra a covid-19 participou da ação de saúde promovida pela Igreja do Evangelho Quadrangular no Parque Taquaral, região Leste de Campinas. Além da avaliação da situação vacinal, foram realizados 114 testes para detectar o antígeno do vírus Sars-CoV-2, por meio da coleta de amostra de secreção respiratória (orofaringe).

Na testagem de antígeno, não houve a identificação de caso positivo para covid-19. Na pesquisa de situação vacinal, considerando-se quatro doses para pessoas acima dos 35 anos, foram identificados 17 indivíduos com o esquema completo, sendo três com cinco doses devido à condição de serem imunossuprimidos graves. Dos entrevistados, 35 estavam com uma dose de reforço atrasada, 25 com duas e dois com três doses atrasadas. Durante a entrevista, foram identificadas cinco pessoas que não tomaram nenhuma dose da vacina.  

Na faixa das pessoas entre 18 e 35 anos, que teriam que ter tomado três doses da vacina, foram identificadas nove pessoas com esquema completo. Dos entrevistados, oito estavam com uma dose em atraso e duas, com duas doses atrasadas. Quatro pessoas tinham registrado quatro doses por serem profissionais de saúde. Entre os adolescentes, entre 12 e 17 anos, quatro haviam tomado apenas duas doses da vacina – ou seja, estavam com uma dose em atraso.  

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Voluntários se organizam para a realização de testagem e pesquisa de situação vacinal

Todos receberam o laudo com o resultado do teste de antígeno e os que não estavam com as vacinas em dia foram orientados a regularizarem sua situação. Segundo Adilton Leite, voluntário da Força-Tarefa, a vacinação representou um marco fundamental no combate à covid-19 no país, diminuindo significativamente o número de óbitos e de casos graves da doença. O avanço da imunização permitiu uma flexibilização das medidas de prevenção e a retomada das atividades.

“Ainda assim, dificuldades quanto ao avanço da vacinação em todas as faixas etárias persistem, e não só no Brasil, o que representa um desafio global. De acordo com os dados do Consórcio de veículos de imprensa, baseados em dados das secretarias estaduais de Saúde, até 5 de setembro, o Brasil já tinha aplicado 523.251.564 doses de vacina, o que representa 86,5% da população com ao menos uma dose, 79,3% da população com o primeiro ciclo vacinal completo e 47,9% da população com a dose de reforço”, analisa. 

Com base na avaliação da pesquisa de situação vacinal das ações da Força-Tarefa, explica o enfermeiro, os principais motivos de hesitação e atraso vacinal em relação às vacinas contra a covid-19 estão relacionados à preocupação com a segurança, o desenvolvimento acelerado da vacina, o fato de se tratar de uma vacina nova e o fato de as vacinas serem fabricadas em outros países.

“É fundamental o desenvolvimento de instrumentos de educação em saúde e o fortalecimento da comunicação entre profissionais de saúde e o público-alvo das vacinas. Além disso, é necessário o combate às informações não-confiáveis e a divulgação de informações em relação à segurança e eficácia [das vacinas] para fortalecer a confiança da população nas vacinas”, avalia.

Na opinião de Adilton, um acompanhamento adequado do público-alvo, com buscas efetivas e orientação em questões de saúde resolverão parte do problema da recusa à vacinação. Mas o crucial é que os profissionais de saúde se empenhem, buscando atualizar-se a respeito do tema e envolvendo-se com a prevenção de doenças passíveis de serem combatidas via imunização.

Segundo os dados da plataforma Our World in Data, verifica-se a estagnação na cobertura vacinal na maioria das nações do mundo. Na Coréia do Sul e no Vietnã, por exemplo, a estagnação ocorre com 81% da população com esquema primário completo. Uruguai e Argentina apresentam estagnação com cerca de 72% da população vacinada. Brasil, Estados Unidos, Tailândia, Alemanha e França apresentaram estagnação em 62%. Já Turquia, México, Indonésia e Índia apresentaram estagnação com percentual de cobertura em torno de 57%.

“É fundamental adotar estratégias para aumentar a adesão ao esquema vacinal completo, uma vez que os estudos sobre a efetividade da vacinação têm demonstrado que a proteção contra infecção, hospitalização e morte é significativamente maior no grupo com esquema vacinal completo quando comparado com o grupo com apenas uma dose da vacina. Também ficou demonstrado que a proteção contra as novas variantes do Sars-CoV-2 é mais efetiva após duas doses da vacina”, alerta.

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