Unicamp vai suspender obrigatoriedade da máscara a partir do dia 20

Autoria
Edição de imagem

Depois de dois anos e quatro meses, o uso de máscara como medida de prevenção contra a covid-19 vai deixar de ser obrigatório na Unicamp. De acordo com a coordenadora-geral da Universidade, a infectologista Maria Luiza Moretti, o uso do equipamento de proteção passa a ser facultativo a partir do dia 20 de setembro nos ambientes internos dos campi e dos colégios técnicos – como salas de aula e setores administrativos. Ela diz, no entanto, que a Universidade continua recomendando o uso da proteção, especialmente para aqueles com 60 anos ou mais, portadores de comorbidades, imunossuprimidos e/ou que estejam apresentando sintomas respiratórios. A coordenadora alerta ainda que a obrigatoriedade será mantida para toda a área da saúde – caso de hospitais, ambulatórios, consultórios e postos de saúde.

Foto de uma mulher que aparece do peito para cima. Ela está sentada atrás de uma mesa. É loira, tem cabelos de comprimento médio, usa óculos e está usando uma blusa azul e branca. Ela está sorrindo.
A coordenadora-geral, Maria Luzia Moretti, alerta ainda que a obrigatoriedade do uso da máscara será mantida para toda a área da saúde (Foto: Antoninho Perri)

Maria Luiza Moretti disse que a Coordenadoria Geral da Unicamp vai iniciar uma campanha para que servidores e estudantes façam a atualização dos dados referentes às doses de reforço nos cadastros internos da Universidade. Ela informa que a Unicamp conta com mais de 90% de vacinados com as duas doses iniciais, mas lembra que o índice é menor quando se trata de terceira ou quarta doses. “Pode até ser que as pessoas tenham tomado as doses de reforço, mas não atualizaram os cadastros internos. Por isso, é importante que façam essa atualização”, diz ela. “E se alguém ainda não tomou a dose de reforço, é importante que tome”, adverte.

Para fazer a atualização dos dados, os servidores devem procurar o site oficial da DGRH (Diretoria Geral de Recursos Humanos) – e buscar a aba “Vida Funcional Online”. Para os estudantes, basta acessar a página oficial da Diretoria Acadêmica.

A DGRH vai enviar mensagens a servidores para que façam a atualização, e as redes sociais oficiais da Universidade também vão emitir alertas. Até agora, cerca de 70% dos servidores informaram ter tomado as doses de reforço. Entre os estudantes, esse índice cai para perto de 35%.

Maria Luiza Moretti diz que a decisão de suspender a obrigatoriedade do uso de máscara veio depois da queda consistente no número de casos de covid-19 e mortes provocadas pela doença, queda essa verificada em todo o estado de São Paulo. Ela lembra que a secretaria estadual de saúde tornou o uso do equipamento de proteção facultativo no transporte coletivo a partir desta sexta-feira (9), obedecendo a uma recomendação do Conselho Gestor da Secretaria de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde de São Paulo (SCPDS).

Segundo nova avaliação feita pelo Conselho Gestor, formado por especialistas em saúde pública, o atual cenário epidemiológico da covid-19 permite flexibilizar a restrição.

O Conselho Gestor aponta que o estado conta com altas taxas de cobertura vacinal, expressiva queda nas internações por covid e uma taxa de óbitos por milhão de habitantes menor do que a verificada em países desenvolvidos.

O governo estadual informa que o total de pacientes com a doença internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) despencou de 4.091 em 3 de fevereiro para 363, atualmente. A média móvel de mortes caiu de 288 em 9 de fevereiro para 27, no mesmo período. Esses dados foram atualizados no dia 8 de setembro.

A prefeitura de Campinas, por sua vez, desobrigou o uso de máscaras no transporte público a partir do sábado (10). A obrigatoriedade no uso de máscaras foi determinada na cidade em maio de 2020, no início da pandemia.

Esforço

A vice-reitora lembrou o grande esforço realizado pela Unicamp, ao longo de todo o período da pandemia. “A Unicamp teve um papel fundamental na assistência à população de Campinas e de toda a região. Recebeu e tratou pacientes, muitos deles em estado muito grave. E fez isso mesmo num período em que ainda sequer havia vacina”, disse a professora.

Moretti avalia que a Universidade teve um papel também muito importante na prevenção da doença, quando desenvolveu protocolos e equipamentos que permitiram uma melhor adaptação aos efeitos da pandemia e, com isso, continuou funcionando e prestando serviços.

A coordenadora-geral lembrou ainda que a Universidade foi firme ao garantir um retorno seguro às atividades presenciais. “A Universidade realizou um trabalho incessante nesse sentido. O retorno do trabalho presencial foi feito de forma brilhante, com todos os cuidados que garantiram a volta segura de alunos, professores e servidores”, avaliou ela.

Imagem de capa
Foto mostra grupo de jovens estudantes caminhando em um espaço aberto.

twitter_icofacebook_ico

Atualidades

A Universidade, que lidera o esforço colaborativo no Brasil, se comprometeu com o fornecimento de componentes para um dos detectores de neutrinos instalados nos Estados Unidos

Entidade analisou 34 universidades brasileiras de um total de 1.403 do mundo todo

No total, foram apresentados 204 trabalhos desenvolvidos pelos servidores técnicos-administrativos das três universidades estaduais paulistas, sendo que 75 eram de funcionários da Unicamp

Cultura & Sociedade

A atividade consistiu em explorar fissuras de rocha do lençol freático em busca de água

Vinculado ao Campus Sustentável e ao Centro Paulista de Estudos de Transição Energética, projeto de extensão será incorporado pela Proec em 2024