Unicamp e Equinor querem revalidar acordo para operação de centro de pesquisa

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As pesquisas desenvolvidas no Epic se relacionam tanto a óleos pesados, como é o caso da Bacia de Campos, quanto àqueles mais leves, a exemplo do pré-sal

A Unicamp e a empresa estatal norueguesa Equinor iniciaram, nesta segunda-feira (4), um diálogo para renovar o acordo que permitiu a implantação do Epic – sigla em inglês para “Centro de Inovação em Produção de Energia” –, sediado na Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM). O Centro realiza pesquisas em exploração e produção de petróleo e surgiu, em 2019, a partir de uma parceria entre a Universidade, a Equinor e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os representantes da empresa foram recebidos pelo reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, para discutirem a prorrogação da parceria por mais cinco anos. A primeira fase do projeto terminará em dezembro de 2023.

As pesquisas desenvolvidas no Epic se relacionam tanto a óleos pesados, como é o caso da Bacia de Campos, quanto àqueles mais leves, a exemplo do pré-sal. Segundo a representante executiva da empresa, Thaís Silveira, o investimento total no Centro é de R$ 56 milhões. Até o momento, a Equinor já desembolsou R$ 19 milhões. Um valor semelhante deverá ser investido na segunda fase do projeto.

Na primeira fase, foram definidas três linhas de pesquisa: conhecimento do reservatório e suas características geológicas e geofísicas, desenvolvimento de modelos para compreender o fluxo do material existente e formas mais eficientes de trazer o óleo para a superfície. “Esses reservatórios demandavam um conhecimento diferente do que tínhamos. Precisávamos entendê-los muito bem para que pudéssemos otimizar a produção, não só do ponto de vista do reservatório, que é onde o petróleo fica, mas também de como trazê-lo para cima de forma eficiente”, explicou o diretor do Epic, professor Denis Schiozer.

De acordo com a representante executiva, a segunda fase deverá integrar as três linhas anteriores. A contrapartida da Unicamp é fornecer uma equipe multidisciplinar de professores e pesquisadores, provenientes da FEM, dos Institutos de Geociências e de Computação, das Faculdades de Tecnologia e de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo e do Centro de Estudos do Petróleo.

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Executiva da Equinor, Thais Silveira e diretor do Epic, professor Denis Schiozer: a segunda fase das pesquisas do Centro deverá integrar as três linhas anteriores

Interesse na renovação do acordo

Segundo o reitor Antonio Meirelles, a Unicamp tem interesse na renovação do acordo. “Estamos dispostos a colaborar para que o acordo seja revalidado não apenas para os próximos cinco anos, mas para muitos outros”, disse ele. “A Unicamp tem relações fortes com empresas do setor de petróleo, mas, sobretudo, com empresas. Isso permite pensar, sempre, em novas colaborações”, acrescentou.

O pró-reitor de Pesquisa, professor João Romano, reiterou a fala de Meirelles. “A Pró-Reitoria de Pesquisa está atenta ao trabalho do Epic. É nossa prioridade fornecer condições de fortalecimento do acordo e dar suporte a eventuais necessidades”, afirmou ele.

A gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Equinor, Andrea Achoa, afirmou que a empresa tem trabalhado pela transição energética e planeja reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa em todo o grupo em 50%, com a meta de que 90% disso seja entregue como reduções absolutas. A empresa espera que mais de 50% de seus investimentos brutos em 2030 sejam direcionados para energias renováveis e soluções de baixo carbono.

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Escritor e articulista, o sociólogo foi presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais no biênio 2003-2004