Parceria da Unicamp e Comgás irá reduzir em 10,1% a emissão de gases de efeito estufa na universidade

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Parceria entre a Unicamp e a Comgás formalizada nesta terça-feira (26) irá  substituir o gás liquefeito de petróleo (GLP) e o óleo diesel pelo gás natural canalizado. Com isso, haverá uma redução anual de 10,1% no índice de emissão de gases de efeito estufa na universidade.

O novo sistema será empregado em seis unidades do campus de Barão Geraldo:  Hospital de Clínicas (HC), Hospital da Mulher (Caism), Faculdades de Engenharia de Alimentos (FEA) e de Educação Física (FEF) e dois dos três refeitórios universitários (RU e RS). No caso do RU, o óleo diesel utilizado para aquecer a caldeira será também substituído.

A estimativa de redução foi feita a partir do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa referentes a 2019, antes da pandemia, portanto. De acordo com os técnicos, a redução nas emissões deverá ocorrer em razão da forma sustentável de distribuição. Enquanto o GLP depende do  transporte de botijões por caminhões movidos a óleo diesel, a distribuição do gás natural é feita por tubulação subterrânea. 

O sistema também elimina riscos ambientais e de segurança associados ao armazenamento do GLP em botijões. A manutenção da rede de gás natural - incluindo eventuais atendimentos de emergência - será feita 24 horas por dia pela Comgás. 

Reitor Antonio Meirelles e Carla Sautchuck, diretora de Operações e Serviços da Comgás
Reitor Antonio Meirelles e Carla Sautchuck, diretora de Operações e Serviços da Comgás: redução anual de 10,1% no índice de emissão de gases de efeito estufa na universidade

O novo sistema deverá também eliminar a necessidade de processos licitatórios para aquisição do GLP pelas unidades, trazendo maior agilidade e redução de custos.

A Comgás investiu R$ 6 milhões na expansão da rede. As obras foram executadas nos meses de agosto e setembro de 2021. Para a Unicamp, o custo total das adaptações realizadas nas unidades será de aproximadamente R$ 150 mil. A economia anual para a universidade, no entanto, é estimada em R$ 200 mil por ano. Assim, os gastos serão compensados já no primeiro ano de utilização do novo combustível.

Três unidades - FEA, FEF e RU - já estão utilizando o gás natural fornecido pela Comgás. As outras três - HC, Caism e RS - ainda deverão concluir suas adaptações internas para conectar-se à rede da concessionária.

O reitor da Unicamp, Antônio José de Almeida Meirelles, disse que a parceria com a Comgás reafirma a agenda de sustentabilidade defendida pela universidade.

"Acreditamos na possibilidade de alinharmos duas agendas: uma delas, muito forte no setor privado, é a preocupação com as questões ambiental, social e de governança. A outra, que vem das organizações multilaterais, hoje atentamente observada pelas instituições públicas, é a chamada agenda 20/30, os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU", disse o reitor.

"Podemos alinhar boa parte da sociedade em torno dessas metas, não mais centradas exclusivamente na questão ambiental, mas entendendo a sustentabilidade como algo que exige inclusão, eficiência econômica e cuidado com o meio ambiente no sentido mais amplo", concluiu.

A coordenadora geral da Universidade, Maria Luiza Moretti, disse que, além da eficiência na gestão, a instalação do gás natural irá promover estudos e pesquisas em conjunto entre a universidade e a empresa. Segundo ela, a busca por processos que gerem diminuição da emissão de poluentes na atmosfera "reafirma a preocupação da academia quanto ao impacto da ciência na sociedade".

“O gás natural tem muito a contribuir com a agenda de sustentabilidade. São incontáveis os seus benefícios como substituto para os equipamentos a diesel, GLP e óleo combustível, mais poluentes", afirma Adriano Zerbini, diretor Institucional, de Comunicação e Sustentabilidade da Comgás.

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Reitor Antonio Meirelles, diretor Institucional da Comgás, Adriano Zerbini e coordenadora geral, Maria Luiza Moretti: eficiência na gestão e estudos e pesquisas em conjunto entre a universidade e a empresa

O processo

A parceria entre Unicamp e Comgás surgiu no processo de licenciamento ambiental realizado pela Universidade em 2019.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), responsável pela concessão da licença, recomendou que a central de armazenamento de GLP existente nas proximidades do HC fosse afastada da unidade por motivo de segurança, ou que fosse substituído o combustível então utilizado.

Diante desta recomendação, o HC consultou a Comgás sobre a possibilidade de a concessionária passar a fornecer gás natural para o hospital. 

A empresa apresentou um estudo de viabilidade prevendo a expansão de sua rede às demais unidades do campus de Barão Geraldo, que apresentavam elevado consumo de GLP e poderiam ser beneficiadas com a substituição pelo gás natural. 

O estudo foi conduzido com o apoio da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI), que se encarregou de organizar visitas técnicas às unidades e promover reuniões entre representantes de todas as partes para apresentação da proposta da concessionária.

A Empresa

A Comgás possui mais de 20 mil quilômetros de rede de distribuição de gás natural encanado em 94 municípios. Abastece os segmentos industrial, comercial, residencial e automotivo, além de viabilizar projetos de cogeração e disponibilizar gás para usinas de termogeração. Hoje a empresa atende a mais de 2 milhões de clientes.     

Assista à cerimônia de Oficialização da Parceria Unicamp e Comgás               

Confira imagens da cerimônia:                                                      

 

Cerimônia contou com diversas autoridades da Unicamp e da Comgás
Cerimônia contou com diversas autoridades da Unicamp e da Comgás
Cerimônia contou com diversas autoridades da Unicamp e da Comgás
Cerimônia contou com diversas autoridades da Unicamp e da Comgás
Imagem de capa
Gás liquefeito de petróleo (GLP) e óleo diesel serão substituídos pelo gás natural canalizado

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