Moïse já não está

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O espancamento de Moïse Kabagambe até a morte, no dia 24 de janeiro de 2022, expõe não apenas a violência exercida sem constrangimento pelos três homens que assassinaram o jovem congolês de apenas 24 anos diante das câmeras do quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele escancara a barbárie abrigada sob um conjunto de violências e injustiças indignas da vida humana e de nosso futuro como sociedade.

São violências e injustiças que, apesar de reiteradas cotidianamente, jamais poderão ser naturalizadas: a negação do direito de viver dignamente; a negação do direito a uma moradia digna, à saúde, à educação, à cultura, ao trabalho, a uma remuneração justa, ao lazer, à segurança, à justiça; a persistência de formas, veladas ou explícitas, de preconceito, capazes de adiar a ação dos órgãos governamentais responsáveis pela segurança pública; a vergonhosa persistência do racismo; a necessidade de pressão social, por meio da imprensa e das entidades de Direitos Humanos, para que a vida violentada seja considerada; a constrangedora passividade de quem assiste ao espancamento sem tentar impedir; a incapacidade de nosso país em oferecer a quem busca refúgio uma acolhida que permita superar as violências da guerra. A barbárie do espancamento de Moïse Kabagambe até a morte expõe um conjunto de violências diante das quais toda a sociedade é convocada a se posicionar.

A Unicamp se solidariza, consternada, com familiares e amigos desse jovem, ao mesmo tempo em que reafirma sua indignação diante das violências que cotidianamente ameaçam nossas vidas e nos empobrecem como sociedade. A Unicamp reconhece a importância do trabalho em favor da diversidade, da pluralidade e contra qualquer forma de preconceito. Reconhece, ainda, o valor do convívio com refugiados para a comunidade universitária, seu entorno e toda a sociedade. Muitos deles passam por aqui e nos tornam melhores, mais diversos, mais próximos da realidade de outros mundos. O programa de refúgio acadêmico tem nos trazido essa riqueza que a vida de Moïse Kabagambe exemplificava.

Moïse Kabagambe está em nossos corações, nas lutas por justiça e respeito que empreendemos para fortalecer uma sociedade plenamente digna das vidas que nela existem.

Reitoria da Unicamp

Diretoria Executiva de Direitos Humanos (DEDH)

Observatório de Direitos Humanos (ODH)

Cátedra Sérgio Vieira de Mello - Unicamp 

Foto de capa: Reprodução Facebook da Cátedra Sérgio Vieira de Mello - Unicamp.

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A Unicamp reafirma sua indignação diante das violências que cotidianamente ameaçam nossas vidas e nos empobrecem como sociedade

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