Morre o sociólogo Leôncio Martins

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O sociólogo Leôncio Martins Rodrigues Netto, professor aposentado do Departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, faleceu nesta segunda-feira (3/5) aos 87 anos.

Nascido em 1934 em São Paulo, Leôncio Martins Rodrigues concluiu o curso de Ciências Sociais na  antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Um 1964 obteve os títulos de mestre em sociologia com a dissertação “Funções e Manifestações do Conflito Industrial em S. Paulo”, e em 1967 defendeu a tese de doutorado “Atitudes Operárias na Indústria Automobilística” com a orientação de Florestan Fernandes. Em 1969 participou da fundação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Como professor da Universidade de São Paulo, Leôncio Martins Rodrigues foi professor de sociologia e ciência política. Em 1985 foi contratado pela Universidade Estadual de Campinas, onde contribuiu na produção de conhecimento tanto na sociologia quanto na ciência política, em temas como sindicalismo, relações de trabalho, partidos, eleições e ideologia. Se aposentou em 2003, mas continuou a realizar pesquisas sobre política brasileira.

Leôncio Martins Rodrigues foi homenageado em 2001 com a Ordem Nacional do Mérito Científico, e em 2005 foi eleito membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Já em 2009 foi agraciado com o Prêmio Florestan Fernandes da Sociedade Brasileira de Sociologia, e em 2015 recebeu o Prêmio de Excelência Acadêmica Antônio Flávio Pierucci, da Associação Nacional de Programas de Pós-graduação em Ciência Sociais. É autor de livros como “Partidos Políticos, Ideologia e Composição Social”, “Força Sindical: Uma Análise Sócio-Política”, “CUT: Os Militantes e a Ideologia”, entre outras obras.

A professora Rachel Meneguello, do Departamento de Ciência Política do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e pró-reitora de Pós-Graduação da Unicamp, lamentou a perda do professor. “Leôncio Martins Rodrigues é um dos grandes nomes das ciências sociais, veio para o IFCH junto com outros colegas renomados para fundar o Doutorado de Ciências Sociais em meados dos anos 1980, uma das primeiras exitosas iniciativas interdisciplinares da Unicamp. Tem uma importância inquestionável na Ciência Política, especialmente nos estudos sobre partidos políticos e sobre a classe política brasileira, com uma produção de vanguarda que ajudou a formar algumas gerações de pesquisadores”, afirma Rachel Meneguello. “Sabia o valor do trabalho coletivo e tinha uma enorme generosidade intelectual. Seu bom humor era a marca das boas conversas sobre a política do país”.

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Em 1985 foi contratado pela Unicamp, onde contribuiu na produção de conhecimento tanto na sociologia quanto na ciência política. Se aposentou em 2003

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