Avaliação Institucional em tempos de pandemia

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Coordenadora-geral da Universidade, Teresa Dib Zambon Atvars e assessoria da CGU Ana Maria Carneiro: O escopo da avaliação foi ampliado, o processo em si foi remodelado e houve a integração da avaliação dos Institutos e Faculdades com os Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa

Depois de cerca de um ano e meio de atividades, sem contar o período de preparação, o processo de Avaliação Institucional do período 2014 a 2018 está chegando na parte mais interessante quando seus resultados serão apresentados e discutidos nas câmaras de representação que tratam da avaliação e planejamento estratégico da Unicamp. Hoje (12) e na sexta-feira (14) o relatório final será discutido numa reunião especial conjunta da Comissão de Planejamento Estratégico Institucional da Unicamp (COPEI) e da Comissão de Atividades Interdisciplinares (CAI). Depois será deliberado nas reuniões destas câmaras em setembro e no Conselho Universitário para, então, ser encaminhado ao Conselho Estadual de Educação (CEE), como parte do processo de acreditação da Unicamp.

Este processo de avaliação foi marcado por outras situações inéditas, em parte planejadas, em parte imprevistas. Em resumo, o escopo da avaliação foi ampliado, o processo em si foi remodelado, houve a integração da avaliação dos Institutos e Faculdades com os Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa e a avaliação externa ocorreu em circunstâncias excepcionais, que tiveram implicações inclusive para fora da Unicamp.

A Unicamp vem realizando ciclos quinquenais de avaliação institucional desde os idos de 1992. Cada um desses ciclos utilizou instrumentos de avaliação que foram se aperfeiçoando sucessivamente a partir dos resultados do ciclo anterior. Além disso, o escopo foi sendo ampliado. Inicialmente restrita às atividades das Faculdades e Institutos e dos Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa, a avaliação foi posteriormente ampliada para abarcar o ensino médio oferecido pelos Colégios Técnicos, o Programa de Formação Interdisciplinar Superior (ProFIS) e, no processo atual, abrangeu também a Educação Infantil e Complementar oferecida pela Unicamp. Para ser completo, falta incluir ainda a área de saúde, que já realizou um exercício inicial no Hospital das Clínicas, e os órgãos centrais da administração.

Em termos de processo, a avaliação institucional do período 2014-2018 alterou a ordem e o formato das etapas do ciclo 2009-2013. Neste último, a avaliação interna foi realizada por 48 comissões (24 faculdades/institutos, 21 centros e núcleos, 2 colégios técnicos e uma do ProFIS) respondendo formulários cobrindo as várias atividades fim (ensino, pesquisa e extensão) e meio (gestão). Na sequência, a avaliação externa foi realizada por 48 comissões de pares. Por fim, foram consolidados dois Relatórios Finais separados: um relativo às faculdades e institutos e colégios técnicos, sendo que cada Pró-Reitoria elaborou o capítulo respectivo a sua área de atuação; outro relativo aos centros e núcleos feito por uma comissão designada pela CAI/Consu. Os relatórios foram apreciados separadamente nas câmaras e no CONSU.

Para a Avaliação Institucional referente ao período 2014-2018 os instrumentos de avaliação foram aperfeiçoados e revisados em relação ao período 2009-2013, com base na análise dos membros da COPEI, CAI/CONSU, Pró-Reitorias e Diretorias Executivas. O Sistema de Avaliação Institucional informatizado foi atualizado, sendo que foram disponibilizados dados de suporte para que as Comissões Internas de Avaliação tivessem o máximo possível de subsídios para suas análises. Após esta etapa de preparação, ocorreu a avaliação interna de forma semelhante ao período anterior. A grande mudança ocorreu na etapa posterior. Ao invés da avaliação externa fragmentada por unidade, foi realizada primeiro a consolidação de um Relatório Preliminar com os indicadores mais importantes sobre ensino, pesquisa, extensão, inovação, egressos, internacionalização e gestão e a reflexão advinda da avaliação interna. A consolidação foi realizada por um Grupo de Trabalho formado por representantes da CGU e das Pró-Reitorias, Diretorias Executivas e CAI/Consu. O relatório foi então traduzido para o inglês.

Um elemento importante a ser apontado neste relatório foi a integração das informações dos centros e núcleos e das unidades de ensino e pesquisa nas análises das dimensões avaliadas. Essa é uma mudança conceitual importante sobre o papel dos centros e núcleos interdisciplinares, que possuem uma forte conexão com os institutos e faculdades, por meio dos docentes participantes em cada um e por meio da atuação dos pesquisadores no estabelecimento de parcerias em projetos de pesquisa, em sua participação em programas de pós-graduação e extensão. Nesse sentido, o reconhecimento é de que os centros e núcleos e unidades contribuem conjuntamente para que a Unicamp cumpra sua missão. Outras duas novidades deste relatório são a incorporação de dois novos capítulos referentes às inovações sociais e tecnológicas resultantes da aplicação do conhecimento gerado na universidade e ao destino profissional dos egressos dos colégios técnicos, da graduação e pós-graduação.

A etapa seguinte foi a avaliação externa realizada por duas comissões de pares para avaliar a Unicamp como um todo: uma para as atividades de ensino pré-universitário, formada por membros da comunidade nacional, e outra comissão internacional para as atividades de ensino, pesquisa, extensão e gestão da Unicamp, composta por pesquisadores renomados e atuantes em várias especialidades. A avaliação externa previa a visita das comissões aos campi da Unicamp e conversas com docentes, discentes e funcionários. No caso do ensino pré-universitário, esta ocorreu em meados de fevereiro e foi muito rica devido à reflexão conjunta e observação das condições das creches e colégios técnicos. A composição plural da comissão e o parecer produzido trouxeram importantes insumos para o planejamento desta área da Unicamp.

Já a visita da comissão externa do ensino, pesquisa, extensão e gestão da Unicamp prevista para o fim de março teve que ser cancelada e reformulada. Transformou-se em um processo integralmente remoto, por meio de reuniões virtuais, em função da pandemia.

A experiência de realizar um processo de avaliação externa da Unicamp por um comitê internacional único e ocorrendo de modo virtual foi desafiadora tanto para os membros do comitê quanto para a equipe da CGU que coordenou esse processo. Foi necessário organizar uma agenda prévia com as dimensões a serem analisadas em cada uma das reuniões virtuais e a comissão selecionou um coordenador para organizar os trabalhos e a produção do parecer final. Para facilitar a dinâmica, as dimensões avaliadas foram divididas entre os membros da comissão, que analisaram as informações que constavam no relatório preliminar e também requisitaram informações adicionais. Nossa comissão local se encarregava que demandar aos responsáveis pela especialidade as respostas às dúvidas ou lacunas documentais.

Os assuntos das reuniões foram, no geral demandados da seguinte forma: Governança e estrutura de decisões; Graduação; Pós-graduação; Pesquisa; Extensão e cultura; Gestão; Inovação social e tecnológica; Internacionalização; e Egressos. As reuniões virtuais tiveram uma duração de aproximadamente 2 horas, com uma breve apresentação do tema por parte do representante da Unicamp, seguida de uma primeira fase de diálogo entre os responsáveis pelo exame do tema e os membros da administração da Unicamp, e uma segunda fase de diálogo com toda a comissão externa e novamente respostas da administração. Das reuniões, todos os membros da alta administração da Unicamp estiveram presentes. Após esse ciclo de reuniões, o Comitê Externo se reuniu privadamente e em reunião formal fez a entrega do Parecer da Avaliação Externa.

Os dois pareceres serão, pela primeira vez, integrados ao Relatório Final da Avaliação Institucional da Unicamp, dando transparência aos avanços, desafios e recomendações apontados pelas comissões.

Num balanço objetivo deste processo remoto de Avaliação Externa conclui-se que há perdas e ganhos a serem computados. Dentre os ganhos podemos citar: uma forma viável de finalizar o processo cujo término deveria ter ocorrido em março de 2020; uma visão crítica da avaliação interna, que gerará revisões para o próximo período no que diz respeito a detalhes de apresentação que dificultaram a análise não presencial por pessoas que não conhecem a universidade pública brasileira no geral e a Unicamp, em particular; a qualidade e o compromisso dos membros do comitê externo, que não apenas fizeram uma análise profunda e qualificada da Unicamp, mas que também ajudaram a superar as dificuldades que encontramos no processo remoto para o qual todos foram aprendendo no transcorrer das reuniões. Além disso, a experiência da Unicamp inspirou uma nova instrução do CEE sobre visita online para avaliação externa (Deliberação 183/2020).

Não há dúvidas de que dentre as perdas está a ausência da visita aos campi, que mostrariam uma melhor visão da situação física da Unicamp e, talvez o mais importante, a impossibilidade das entrevistas com docentes, pesquisadores, funcionários e alunos, o que agregaria valor ao processo, pois permitiria uma complementaridade das visões sobre a universidade, seus desafios e seu estágio de desenvolvimento.

Finalmente, de modo bastante resumido, os Pareceres das Comissões Externas apontam assuntos que precisarão fazer parte do Planes 2021-2025, cujas discussões serão em breve iniciadas, dos quais destacamos:

  • Aprofundar as práticas pedagógicas das unidades de educação infantil e complementar de modo a reforçar o caráter formativo;

  • Preocupação com o financiamento da universidade no cenário pós-pandemia;

  • A valorização das carreiras e a reposição de quadros necessários para manter a Unicamp como uma universidade globalizada e de excelência;

  • A revisão curricular com ênfase na atualização dos currículos, com ênfase na interdisciplinaridade, na redução da evasão, na expansão de disciplinas eletivas e na curricularização da extensão tanto no ensino médio quanto na graduação;

  • Necessidade de implantação de novos modelos educacionais para qualificação do ensino-aprendizagem;

  • O aprofundamento das ações de diversidade e inclusão social em todos os aspectos da vida universitária, incluindo na pós-graduação;

  • O equacionamento do binômio centralização versus descentralização na governança da Unicamp, com melhor alinhamento das unidades acadêmicas aos objetivos estratégicos gerais da universidade;

  • A focalização do planejamento estratégico em poucos projetos que realmente façam a diferença no desenvolvimento institucional;

  • Uma maior e melhor integração com as universidades e comunidades latino-americanas em todos os aspectos, de ensino, pesquisa, intercâmbio etc.;

  • O estímulo aos temas transversais dos problemas regionais (locais e latino-americanos) via novas áreas de pesquisa prioritárias;

  • Atualização e qualificação docente para o ensino com institucionalização dos processos avaliativos relacionados ao desempenho em atividades didáticas;

  • Expansão das relações com alumni;

  • Avançar na adequação da infraestrutura dos campi em relação à acessibilidade

Há inúmeras outras recomendações que a Unicamp deve considerar em seu planejamento, priorizando aquelas com maior impacto social e criando as condições para avaliação desses impactos. Como conclusão, podemos dizer que apesar de todas as dificuldades, o processo de Avaliação Institucional 2014-2018 se conclui com recomendações das Comissões Externas, todas pertinentes, e que devem ser analisadas no âmbito de cada unidade acadêmica e de cada órgão da administração, implementando localmente muitas das recomendações e compondo a pauta das discussões institucionais que ocorrerão ao longo de 2020 para a revisão do Planes. Sem dúvida a Unicamp tem muito a agradecer às comissões pela colaboração e pela seriedade com que conduziram o processo.

Mas ainda não acabou. Como parte do processo da Avaliação Institucional 2014-2018 está prevista a realização da meta-avaliação, ou seja, uma avaliação da própria avaliação, com o objetivo de avaliar os processos e produtos da avaliação e sugerir aperfeiçoamentos para os próximos ciclos.

Ana Maria Carneiro é pesquisadora do Núcleo de Estudos de Políticas Pública onde atua desde 2010 com os temas de educação superior e avaliação de resultados e impactos. É assessora para Avaliação Institucional na Coordenadora Geral da Universidade desde 2018.

Teresa Dib Zambon Atvars é professora titular do Instituto de Química onde atua como docente desde 1978 na área de Físico-Química, foi Pró-reitora de Pós-graduação 2005-2009, Pró-reitora de Desenvolvimento Universitário 2013-2016 e é Coordenadora Geral da Universidade desde 2017. Foi a primeira mulher a ocupar os cargos de Pró-reitora e de Coordenadora Geral na Unicamp.

Composição das Comissões Externas

Comissão externa de avaliação do ensino pré-universitário

Huyra Estevão de Araújo

Professor, Coordenador Ensino Médio Integrado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), Coordenador do Projeto de Pesquisa INOVA-IFSP, Pesquisador e Membro da Internacional Exchange Alumini e da American Ceramic Society. Graduado em Física pela UFSCar, mestre em Ciência de Materiais e Doutor na área de Ciência e Engenharia de Materiais com estudos no desenvolvimento de cerâmicas condutoras protônicas com potencial para eletrólitos sólidos para Células a Combustível.

Maria Helena Guimarães de Castro

Socióloga e Mestre em Ciência Política pela UNICAMP, é professora aposentada desta Universidade/IFCH, onde atuou também como pesquisadora do Núcleo do Estudos de Políticas Públicas/NEPP. Foi Presidente do INEP, Secretária Executiva do Ministério da Educação, Conselheira Titular do Conselho Estadual de Educação de São Paulo, Diretora Executiva da Fundação SEADE, Secretária de Educação de São Paulo, Secretária de Assistência e Desenvolvimento Social e Secretária de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico deste mesmo Estado. Presidente da Associação Brasileira de Avaliação Educacional/ABAVE. Participou do Movimento pela Base Nacional Comum Curricular, de vários comitês internacionais ligados à educação na UNESCO e na OCDE. Membro da Academia Brasileira de Educação deste 2005 e da

Academia Paulista de Educação desde 2015.

Isnard Domingos Ferraz

Diretor do Colégio de Aplicação (COLUNI) da Universidade Federal de Viçosa. Bacharel e Licenciado em Física, Mestre em Engenharia Agrícola e Doutor em Física Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa. É professor efetivo da Carreira do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. Atuou, como professor efetivo de Física, de março de 1993 a abril de 2005 na Central de Ensino e Desenvolvimento Agrário de Florestal (CEDAF) da Escola Agrotécnica da Universidade Federal de Viçosa, localizada no campus de Florestal, MG. Desde 2005 atua no COLUNI.

José Vitório Sacilotto

Foi Coordenador Pedagógico, Coordenador, Supervisor e Diretor da Escola Técnica Estadual Trajano Camargo do Centro Estadual de Educação Tecnológica Souza, onde atualmente atua como especialista em planejamento e gestão. Possui graduação em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas com habilitação em Supervisão Escolar e Orientação Educacional; possui também habilitação em Administração Escolar pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de São Caetano do Sul e Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas e Doutorado em Educação na Área de Políticas, Administração e Sistemas Educacionais na Faculdade de Educação da Unicamp.

Maria Antonia Ramos de Azevedo

Vice-Diretora Instituto Biociências e Professora do curso de Pedagogia. Possui graduação em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria; Doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo.

Comissão externa sobre o ensino, pesquisa, extensão e cultura e gestão da Unicamp

Valentin A. Bazhanov, born (1953) in Kazan, Russia, USSR. He received his Kandidature (Ph.D.) from Leningrad (since 1991 St-Petersburg) University and was awarded the degree of Dr. Sci. in Philosophy from Institute of Philosophy of the Academy of Sciences of the USSR (Moscow) in 1988. He has been on the faculty of Philosophy at Kazan University since 1979 until 1993. Since 1993 he is at Ulyanovsk branch of Moscow State University (Ulyanovsk State University since 1996), department of Philosophy chairperson, the Dean of the Humanities (1993 - 1995), chief research fellow at Academia Kantiana, Immanuel Kant Baltic Federal University, deputy chairperson at Russia’s Foundation for Basic Research (Humanities and Social Studies Department). Since 2002 he is member of the Academie Internationale de Philosophie des Sciences. Member of editorial board of Russian Academy of Sciences journals: Problems of Philosophy (Voprosy Philosophii), Epistemology and Philosophy of Sciences, Philosophy of Science and Technics (Philosophia Nauki I Tekhniki), Kantian Journal (Kaliningrad).

Andrés Bernasconi is Professor of Education at the Pontificia Universidad Católica de Chile, and director of its Center of Advanced Studies in Educational Justice. He is interested in higher education policy, university governance and administration, and the academic profession, and has authored over 100 publications in these fields. In his career he has served in administration as Dean, Vice-President for Research and Graduate Programs, and Academic Vice-Rector, in three universities in Chile. His degrees are from the Pontificia Universidad Católica de Chile (Law), Harvard University (Master of Public Policy) and Boston University (Ph.D. in Sociology of Organizations)

Silvia E. Braslavsky. Born in Buenos Aires, Argentina. She conducted Chemistry studies and doctoral studies at the College of Exact and Natural Sciences of the University of Buenos Aires (UBA). In 1966, after the Night of the Long Sticks, she moved to the University of Chile. Two years later, she completed the requirements of the doctoral degree at the UBA. Later, she did post-doctoral work at Penn State University (USA). From 1972 to 1975 she served as Professor of Chemistry at the University of Rio Cuarto (Argentina). After, during 1975-76 she worked as Research Assistant at the University of Edmonton (Canada.) Since 1976 and until retirement in 2007, she was the Research Group Leader at the Max Planck Institute for Radiation Chemistry (Mülheim/Ruhr, Germany). She has more than 200 publications on Photochemistry and Light Interaction with Biological Pigments. During 2000-18, she served as Chairwoman of the Sub-Committee on Photochemistry at the International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC). After 1984, she has maintained strong interactions with Argentinian and Latin-American scientists. Among several awards, she has received the Raíces Cooperation Award (Minister of Science, Technology, and Innovative Production, Argentina), Dr. Honoris Causa at Universidad Ramon Llull (Barcelona, Spain) and Dr. Honoris Causa at UBA. Also, she was recipient of the Finsen Medal (International Union of Photobiology) in Barcelona, and the Senior Prize (International Photoacoustic and Photothermal Association) in Moscow. She has acted as evaluator of Ph.D. theses, projects and institutions in several countries. She has daughters and four grandchildren.

Naziema B. Jappie, born in South Africa, is employed as a Director at the University of Cape Town and is the Honorary Consul of the Maldives. Prior to this she worked as a teacher; a National Education Officer (Clothing & Textile Workers Union); a lecturer at the Institute of Women’s Study Lahore, Pakistan and Dean of Students at the Durban University of Technology and the University of the Witwatersrand. With over 30 years of experience as an activist and an academic she offers a unique blend in fields of educational management, conflict resolution and gender equality. She has a master’s degree in Social Science; a post graduate Higher Education Diploma; completed a Fellowship Program at the University of Iowa, USA and most recently received an Emerging Research Scholar Award. Jappie served as President of the SA Student Affairs Association; a member of the Gender Equity Task Team; Vice Chair of Higher Education AIDS Program and Higher Education Quality Committee for institutional evaluation and audits for the National Department of Higher Education. She is a member of the National Council on Measurement in Education; South African Institute of International Affairs and World Education and Research Association and serves as a Board member for Deneb Investments; Hoskens Passenger Logistics & Rail and Montauk Energy.

Patti McGill Peterson is senior fellow at the American Council on Education (ACE), the coordinating association for higher education in the United States. She has extensive experience as an educator and administrator in the U.S. and abroad. From 2011-2017, she led ACE’s internationalization and global engagement initiatives. Prior to joining ACE, she was senior associate at the Institute for Higher Education Policy. She served as executive director of the Council for International Exchange of Scholars (CIES) from 1997 to 2007. CIES coordinated international academic exchange with 155 nations and administered the U.S. government’s Fulbright Scholar Program. She is president emerita of Wells College and St. Lawrence University, two liberal arts and science institutions where she held presidencies from 1980 to 1997. Dr. Peterson has a BA from the Pennsylvania State University, MA and PhD from the University of Wisconsin-Madison and did post-graduate study at Harvard University. She was a Research Fellow at Cornell University’s Institute for Public Affairs. She has served as chair of the U.S.-Canada Commission for Educational Exchange, National Women’s College Coalition, the Public Leadership Education Network, Salzburg Seminar on International Academic Mobility, and she is a past president of the Association of Colleges and Universities of the State of New York

Thomas Maack is Professor Emeritus of Physiology and Biophysics at Weill Cornell Medical College (WCMC). He received his M.D. degree (1961) from the Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) and holds a doctorate degree in Nephrology (1980) from the Escola Paulista de Medicina. He was recruited by the Department of Physiology of WCMC in 1969, attaining the rank of Full Professor in 1977. His research work focused on renal handling of proteins and polypeptide hormones and on the structure and function of natriuretic peptides. He has published more than 100 articles and book chapters that received approximately 9000 citations (h index =43). He participated in the design of a new medical curriculum at WCMC and was Chair of the Basic Sciences Curriculum Committee, member of the Medical Education Council, and director of major integrated basic science courses. He was Chair and councilor of the General Faculty Council (1976-1985) and director of the Physiology and Biophysics Graduate Program (1971-1990). Also, he has served as invited consultant, visiting professor, or visiting scientist in areas of his expertise in several countries. Included in his honors are membership in the Brazilian Academy of Sciences, several teaching awards at WCMC, Professor Emeritus FMUSP and the honorary title of “Citizen of the Port of Santos” conferred in 2010 by the United Unions of the Port of Santos.

Francisco Marmolejo is since February 2020, Education Advisor of Qatar Foundation (QF), providing support and advice towards the enhancement of the overall education strategy of QF and its eco-system of innovative education. Previously (2012-20), he worked at the World Bank, where he served as the Global Higher Education Coordinator, based in Washington, DC., and more recently as Lead Higher Education Specialist for India and South Asia, based in Delhi. From 1995 to 2002, he served as founding Executive Director of the Consortium for North American Higher Education Collaboration, a network of more than 160 universities mainly from Canada, USA and Mexico, based at the University of Arizona, where he also worked as Assistant Vice President, Affiliated Researcher at the Center for the Study of Higher Education, and Affiliate Faculty at the Center for Latin American Studies. Previously, he has been American Council on Education Fellow at the University of Massachusetts, Academic Vice President of the University of the Americas in Mexico, and International Consultant at OECD in Paris. He has received honorary doctorate degrees from his Alma Mater, the University of San Luis Potosi, and the University of Guadalajara in Mexico.

Luiz Enrique Orozco-Silva is full professor at Universidad de los Andes in Colombia and director of the area of Public Policies and Management at the Faculty of Business Administration. At UniAndes, he has been Academic Vice President and director of the UNESCO Chair on Latin American Higher Education. Currently, he serves as member of the Governing Board at Universidad de Ibagué in Colombia. He has been advisor of several governments and international organizations, and also is author of several books and articles specialized in higher education. He studied a bachelor’s degree in Philosophy at the Pontifical Javeriana University in Colombia, and a doctorate degree in Philosophy at Lovaine University in Belgium.

 

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