Carlos Vogt recebe título de Pesquisador Emérito do CNPq

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foto mostra carlos vogt falando em um púlpito com microfone. ele veste terno de cor clara
Carlos Vogt foi reitor entre 1990 e 1994, atualmente é professor emérito da Unicamp

O professor Carlos Vogt foi escolhido para receber o título de Pesquisador Emérito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em 2020. O prêmio será concedido em reconhecimento ao trabalho científico e tecnológico de Vogt junto à Unicamp e por ser uma referência na comunidade científica. A cerimônia de entrega será no dia 13 de maio, no Rio de Janeiro, e contará com a presença de Marcos Pontes, Ministro da Ciência, Tecnologia, Comunicações e Inovações, e de João Luiz Filgueiras de Azevedo, presidente do CNPq. 

"Estou honrado e contente pelo prêmio, pelo reconhecimento. É algo que, de fato, registra o reconhecimento da dedicação que tive com as atividades da minha vida e do mundo acadêmico", comentou Carlos Vogt sobre o reconhecimento. 

Vida dedicada às letras e à ciência

Formado em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), Carlos Vogt é mestre em Linguística pelo programa de Teoria Literária e Literatura Comparada pela mesma instituição e doutor em Ciências pela Unicamp. Ele ingressou na universidade como docente em 1969, época em que a Unicamp tinha apenas três anos. Desde então, desenvolveu sua carreira e pesquisas atrelado à Literatura e à Linguística. 

Em 1990, Vogt assumiu a reitoria da Unicamp, posto que ocupou até 1994. Ao deixar o cargo, em parceria com José Marques de Melo, professor da USP e da Universidade Metodista de São Paulo e pesquisador em Comunicação, e com o jornalista Alberto Dines, fundou o Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo. A ideia foi de possibilitar que a universidade pudesse também propor reflexões sobre a mídia e a importância da divulgação científica. "Nós vimos que era importante criar uma instituição capaz de elaborar formas de acompanhar criticamente o jornalismo. Do nosso encontro, surgiu o Labjor e dele nasceu o Observatório da Imprensa", lembra Vogt. 

Em 1999, o laboratório passou a oferecer o curso de especialização em Jornalismo Científico e, em 2006, recebeu a aprovação da Capes para oferecer o curso de mestrado em Divulgação Científica e Cultural, realizado em parceria com o Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Desde o início, o Labjor também edita a revista ComCiência de Jornalismo Científico. 

Vogt foi ainda presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) entre 2002 e 2007, secretário de Ensino Superior do Estado entre 2007 e 2010 e presidente da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) de 2012 a 2016. Em 2005, recebeu a medalha da Ordem do Mérito Científico, concedida pela Presidência da República, e também é doutor honoris causa da École Normale Supérieure de Lyon, na França. Atualmente, Vogt é professor emérito da Unicamp e presidente do Conselho Científico e Cultural do Instituto de Estudos Avançados (IdEA) da Unicamp, órgão que promove pesquisas e eventos de caráter interdisciplinar. 

"O trabalho sólido das universidades é fundamental"

Com anos de atuação e pesquisas que refletem sobre a importância de se promover a divulgação da ciência e o olhar crítico para os meios de comunicação, Carlos Vogt interpreta que o trabalho desenvolvido pelos profissionais e pesquisadores ligados ao Labjor e à Unicamp em geral são mais necessários do que nunca. "De um modo geral, há uma tendência no mundo todo para certa mediocrização da vida política e cultural, o que tem nos levado a governos com uma visão diminuída da democracia. Um dos efeitos disso é a ação deletéria desses organismos, que depreciam o que é essencial para a vida democrática, que é a liberdade", analisa. 

Para ele, o diálogo entre a imprensa e a universidade precisa ser fortalecido e valorizado. Para ele, "o trabalho sólido da imprensa e das universidades é fundamental para a manutenção do que conquistamos, que é a democracia". 

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