Congresso reúne herpetólogos em favor da inclusão e da diversidade

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Ana Prudente, em frente ao painel com a foto de um sapo, na parte externa do Congresso
A pesquisadora Ana Prudente, em frente a um painel construído a partir de fotos enviadas pelos participantes do Congresso

Organizadores do 9º Congresso Brasileiro de Herpetologia estão preocupados com o reconhecimento da participação de pessoas negras, deficientes e também mulheres nos estudos de anfíbios e répteis no Brasil. A herpetologia compreende a linha de répteis que inclui cobras, lagartos, jacarés e tartarugas; e anfíbios, como sapos, rãs, pererecas, salamandras e cecílias. A nona edição do evento é a maior já registrada, com cerca de 900 participantes, e ocupa os três auditórios do Centro de Convenções da Unicamp até sexta-feira, (26) de julho. A programação leva em conta a diversidade humana e de linhas de pesquisa na área e foi pensada com o objetivo de estimular a inclusão.

Uma das preocupações, segundo o presidente do congresso e professor da Unicamp, Luís Felipe de Toledo, foi tentar equilibrar o número de mulheres conferencistas e debatedoras. Embora ainda haja um número pequeno de mulheres em postos de liderança na pesquisa em herpetologia, a quantidade de estudantes em graduação e pós-graduação na área já iguala os gêneros, de acordo com a organização do evento.

Publico do congresso lotando um dos auditórios
Auditório do Centro de Convenções: evento tem cerca de 900 inscritos

A conferencista Ana Prudente, vinculada ao Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), é uma das pesquisadoras com história já consolidada em herpetologia. Ela conta um pouco de sua trajetória na participação no congresso.  Há duas décadas, Ana enfrentou o desafio da pesquisa de campo na Amazônia. “Minha geração rompeu barreiras. A gente precisava estar num universo predominantemente masculino, ir para campo. A geração de agora vai trabalhar com a igualdade, com mecanismos que favoreçam o reconhecimento da maternidade como uma etapa da vida e não um problema”, destacou.

Ana aponta a transformação da paisagem amazônica, com o avanço do desmatamento, como um dos principais desafios para a pesquisa da biodiversidade na região do Pará. “São destruídos ambientes que nunca foram estudados. Além disso temos uma série de espécies coletadas que não são mais encontradas no local, ou seja, representam extinções locais. ”

De fato, a conservação das espécies é uma grande preocupação para os pesquisadores de anfíbios ou répteis. Segundo o professor Luís Felipe, apesar do Brasil ser o país com o maior número de anfíbios descritos, 1026 segundo a Sociedade Brasileira de Herpetologia, ainda há centenas a serem estudadas. Da mesma forma há 773 répteis descritos.

público visita a exposição de posteres
Seção de pôsteres do congresso

A Unicamp, de acordo com o professor, tem papel central no desenvolvimento da herpetologia no Brasil. “A Universidade sediou o primeiro encontro de pesquisadores da área, em 1982, e também o Congresso Latino-americano, em 1993. Também passaram pela Unicamp grandes professores, formadores de uma geração de herpetólogos, como Ivan Sazima, Adão Cardoso e Augusto Abe”.

O congresso está homenageando ainda o professor Célio Haddad, um dos únicos zoólogos membro da Academia Brasileira de Ciências, e Marcio Martins, docente da Universidade de São Paulo. Martins faz uma conferência sobre serpentes insulares (que vivem em ilhas) antecipando o conteúdo de um livro que está prestes a publicar.

Professor Márcio dá entrevista à repóter
Márcio Martins: um dos homenageados desta edição
Luís Felipe de Toledo durante entrevista para a matéria
O professor Luís Felipe de Toledo é o presidente do congresso

 

Imagem de capa
Publico sentado no gramado em frente ao local do Congresso, alguns participantes observam painel com a foto de um sapo

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