Pesquisa do IG é premiada por grupo da Geological Society of London

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A aluna Laís Camargo Novaes recebeu o prêmio da Geological Society of London para o desenvolvimento de sua pesquisa. Crédito: Divulgação.
A aluna Laís Camargo Novaes recebeu o prêmio da Geological Society of London para o desenvolvimento de sua pesquisa. Crédito: Divulgação. 

A aluna Laís Camargo Novaes, do mestrado em Geociências da Unicamp, foi uma das vencedoras do GRSG Student Award 2019, concedido pelo Geological Remote Sensing Group (GRSG), da Geological Society of London e da Remote Sensing and Photogrammetry Society. Anualmente, o GRSG seleciona três projetos de pesquisa na área de sensoriamento remoto e concede um prêmio no valor de mil libras esterlinas para o desenvolvimento do estudo.

O projeto de Laís, que está sendo orientado pelo Professor Carlos Roberto de Souza Filho, tem como objetivo identificar e quantificar elementos terras raras (ETRs) em rochas por meio de métodos de sensoriamento remoto, incluindo espectroscopia de reflectância e imageamento hiperespectral. Os ETRs compreendem elementos como o ítrio e o escândio, além do grupo dos lantanídeos: uma série de 15 elementos químicos, dentre os quais se encontram o lantânio, o cério, o neodímio, o lutécio, entre outros.  

Nos últimos anos, a demanda por esses elementos cresceu muito devido ao seu emprego em produtos modernos de alta tecnologia, como telas de dispositivos eletrônicos, superimãs, painéis solares e no processo de produção de combustíveis, veículos elétricos e usinas eólicas. O Brasil é o país que possui a segunda maior reserva mundial de ETRs, perdendo apenas para a China, responsável por 95% da produção global.

A Pesquisa

Como cada ETR possui uma assinatura espectral específica no espectro eletromagnético, é possível fazer a detecção e identificação deles por meio do uso de equipamentos óticos de sensoriamento remoto. Estudos anteriores nesse tema já haviam sido feitos em amostras de minerais ideais, advindas de coleções de museus e equivalentes, medidas em condição de laboratório.

O diferencial do estudo proposto por Laís e pelo Prof. Carlos Roberto é estabelecer uma metodologia para detecção e mapeamento de sua distribuição e abundância relativa em cenários reais, ou seja, na escala de mina e de projetos de exploração mineral.  Para tanto, será utilizado um conjunto de câmeras hiperespectrais portáteis, que podem, inclusive, ser instalados em drones, e que foram recém-adquiridas pelo IG-UNICAMP.

A pesquisa está sendo realizada experimentalmente na região de Catalão, em Goiás. “Numa primeira aproximação, pretende-se produzir modelos espectrais e mapas de distribuição de elementos terras raras que tenham desdobramentos importantes para a prospecção, controle de lavra, qualificação e quantificação do teor de minérios destes elementos na área estudada”, ponderam os proponentes. “Caso essa primeira experiência seja exitosa, a noção é expandir o estudo para outras regiões e tipos de rochas portadoras de ETRs no Brasil e no exterior”, afirma o Prof. Carlos Roberto.

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Mina da Anglo American em Catalão (GO). Crédito: Divulgação.

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