Programa UniversIDADE realiza I Encontro de Corais da Terceira Idade da Unicamp

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Como parte das comemorações da Semana do Idoso, o Programa UniversIDADE promoveu, nesta terça-feira (2), o I Encontro de Corais da Terceira Idade da Unicamp. O evento foi organizado pelo diretor artístico do coral do Programa e docente do Instituto de Artes (IA) da Unicamp, Ângelo José Fernandes, e contou com a participação do Coro do Círculo Militar de Campinas.

 “O encontro de coros é sempre um momento de troca entre os grupos. A música, e em especial a música coral, é uma linguagem universal. Desde o começo do século 19 grupos amadores cantam em coros. Você não precisa ser um profissional da música para ser um cantor de coro. A prática coral tem essa particularidade, oferece uma experiência estética a um número grande de pessoas, que não são músicos, mas vivenciam a arte através da música e do canto coletivo”, explicou Fernandes.

homem da entrevista
Ângelo José Fernandes, diretor artístico do coral do Programa e docente do Instituto de Artes (IA) da Unicamp

O diretor destacou também a importância do coral para os estudantes de graduação e pós-graduação do IA que participam do projeto.  “Um dos objetivos desse grupo é que seja também um laboratório de estudo. Os cinco estudantes que trabalham com o coro se revezam nas funções de regente, preparador vocal, pianista”, explicou. Atualmente, o regente do coro é Matheus Coelho, que cursa o último ano de regência, e Thiago Roscani, que desenvolve mestrado em música, é o pianista do grupo. Além do aprendizado que a experiência oferece aos estudantes, o coro foi tema de pesquisa de mestrado recentemente defendida no IA.

Do outro lado, os coralistas não cansam de enumerar os benefícios da atividade. Para Maria Zélia Flauzine, aluna do Programa Universidade, que participa do coral dede de seu início em 2015, a experiência é um incentivo à vida. “Às vezes a gente fica velha e acha que ficou de escanteio. Não é bem assim, ainda tem muita coisa para a gente fazer”, exclamou. Maria Zélia conta que até seu tom de voz mudou desde que está no coral.

mulher sorri
Maria Zélia Flauzine, aluna do Programa Universidade, participa do coral dede de seu início em 2015.

A percepção de Maria Zélia não é um acaso. De acordo com o diretor artístico do coro, há um trabalho sistemático realizado pela equipe para fortalecer o aparelho vocal e respiratório dos participantes. “Com o passar dos anos, a laringe já não age da mesma forma. Por isso, fazemos exercícios para trazer flexibilidade à laringe e também para ajudar na capacidade respiratória. Todo trabalho de técnica vocal é específico para eles”, explicou.

Além da técnica vocal, Fernandes aponta outras especificidades no trabalho realizado com o coral do UniversIDADE, como a escolha do repertório, os arranjos  e até mesmo a organização dos nipes. “No caso deste grupo, temos sopranos e contraltos, que são as vozes femininas, e um naipe masculino”, relatou.

coral no palco
Coro do Círculo Militar de Campinas se apresenta no auditório da FCM

Para Fátima Viegas, regente do coro do Círculo Militar de Campinas, o trabalho no coral tem uma função social fundamental. “A convivência que o coral possibilita é muito importante para as pessoas. Não apenas nos ensaios, que acontecem uma vez por semana, mas também nas apresentações, como essa”, afirmou. Para ela o encontro foi uma oportunidade de diminuir barreiras e estabelecer parcerias com a Universidade.

mulher da entrevista
Fátima Viegas, regente do coro do Círculo Militar de Campinas

Seminário e caminhada marcam início da Semana da Pessoa Idosa na Unicamp
No Dia Mundial do Idoso (1º de outubro), o Programa UniversIDADE realizou o 5º Seminário de Longevidade e Qualidade de Vida, no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). O tema, “Políticas Públicas Voltadas à Pessoa Idosa”, foi estabelecido em nível internacional e nacional para promover a reflexão sobre a importância com o cuidado ao idoso. Na abertura do seminário, o reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, destacou que, com o aumento da expectativa de vida, é importante discutir políticas públicas para tal população.

De acordo com o professor Mauro Dias da Silva, mediador da mesa “Políticas Públicas do Idoso”, a necessidade de ter um dia de campanha significa que o idoso ainda não é muito bem conhecido e cotado na sociedade. “O fato de ter políticas públicas especificamente para o idoso é sinal que existe um clima de exceção e falta de consideração para esse segmento da população”.  Para Silvia Brito, presidente do Conselho Municipal do Idoso em Campinas, “o envelhecimento no Brasil ainda não alcançou o lugar desejado, considerando a explosão demográfica das pessoas idosas. É preciso que as agendas governamentais e a própria sociedade alcancem esse lugar que a pessoa idosa merece”.
 

Mesa principal do seminário “Políticas Públicas Voltadas à Pessoa Idosa”
Mesa principal do seminário “Políticas Públicas Voltadas à Pessoa Idosa”
Participantes do seminário “Políticas Públicas Voltadas à Pessoa Idosa”
Participantes do seminário “Políticas Públicas Voltadas à Pessoa Idosa”

O reitor Marcelo Knobel reconhece a escassez de políticas públicas de cuidado ao idoso, atendimento médico de qualidade, atenção específica com relação a educação continuada, acessibilidade, segurança, mobilidade e aposentadoria. Aluno do programa, o aposentado José Cláudio Mendes concorda que, apesar de várias ações positivas voltadas para a longevidade e qualidade de vida, é preciso avançar no desenvolvimento de políticas públicas.

Silva ressalta a questão do desemprego e a dificuldade de reemprego para pessoas acima de 50 anos. Ele acrescenta a dificuldade do idoso de “ser considerado uma pessoa produtiva dentro dessa lógica do capitalismo, que considera sobretudo a lógica da produtividade”.

Aos 75 anos, o aluno Mendes revela ter sofrido com o desemprego e busca reverter essa situação e deixar um legado para as próximas gerações de idosos ao criar, ao lado de colegas, uma cooperativa sem fins lucrativos para trabalhadores com mais de 50 anos.

Gerar reflexões acerca do envelhecimento, conquistas dos direitos e os desafios dos idosos está entre os objetivos do UniversIDADE, segundo a coordenadora executiva do programa Kátia Stancatto. O programa, que comemorou quatro anos de atividades na segunda-feira, tem como foco a longevidade por meio de um envelhecimento ativo e saudável da comunidade da terceira idade. Silvia Brito enfatiza que para Campinas, a realização anual deste seminário – nessa perspectiva de dar visibilidade ao tema envelhecimento – é um marco importante.

Caminhada contou com cerca de 300 participantes
Caminhada contou com cerca de 300 participantes



 

Antes da caminhada, o aquecimento
Antes da caminhada, o aquecimento



Qualidade de vida
A Semana da Pessoa Idosa iniciou com a 2ª Caminhada no domingo, na Praça da Paz da Unicamp. O evento reuniu cerca de 300 pessoas, entre elas alunos, familiares e outras pessoas da comunidade interna e externa à Unicamp.

Com muita música e demonstrações de amizade ao longo do percurso, o evento emocionou muitas pessoas. “Aquela imagem vai ficar na minha cabeça pro resto da vida, porque não tem igual”, declara a assessora técnica do programa, Simone Cristina Ferreira. Ela relembra que a Semana da Pessoa Idosa foi possível por meio do edital de financiamento do Grupo Gestor de Benefícios Sociais (GGBS).

A programação prossegue com uma Feira de artesanato de produtos confeccionados pelos próprios alunos do programa que acontece, nos dias 3 e 4, na Praça das Bandeiras da Unicamp, e um Sarau, que encerra a semana no dia 5, das 8h30 às 12 horas, no auditório da FCM.
(Mariane Kerekes)

I Encontro de Corais da Terceira Idade da Unicamp, realizado no auditório da FCM
Coral do Programa UniversIDADE
mesa de abertura
Participantes do Programa UniversIDADE
Participantes do Programa UniversIDADE
Coral do Programa UniversIDADE
Coral do Programa UniversIDADE
Imagem de capa
Mulheres cantam no Coral do Programa UniversIDADE

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