Projetos de Extensão Comunitária superam número de submissões

A pesquisa desenvolvida na academia por muitas vezes evolui para a realização de atividades com a sociedade. Cada vez mais crescentes na Unicamp, este ano, mais de 160 dessas atividades de extensão foram submetidas ao Projeto de Extensão Comunitária (PEC) da Unicamp, um número que superou as submissões de edições anteriores. O pró-reitor de Extensão Fernando Hashimoto acredita que a procura expressa o quanto a comunidade se ocupa com as questões da sociedade. Ele esclarece que nesta edição, os projetos foram julgados por avaliadores externos à Preac, a qual cabe o apoio na execução dos trabalhos. “A Preac se isentou do julgamento, deixando para os pares decidirem”, explica Hashimoto.

Das 160 propostas inscritas, 46 foram aprovadas com recursos financeiros. As demais, por terem recebido a aprovação de pares durante o processo de seleção, receberão apoio institucional. “Infelizmente, não há recursos para todos os projetos, mas a pró-reitoria estuda formas de oferecer apoio institucional para facilitar os caminhos para desenvolvimento destes projetos aprovados sem recurso financeiro”.

O apoio institucional também pode se estender a projetos não submetidos no PEC 2017. De acordo com Hashimoto, além dos projetos aprovados no edital, há um volume significativo de iniciativas espalhadas pelos campi da Unicamp, que nem sempre são relatadas. Diante disso, em outubro, a Preac solicitou aos coordenadores de Extensão das unidades de ensino que destacassem dois projetos para oferecer apoio em divulgação. A ideia é dar visibilidade às inúmeras ações realizadas com a sociedade e atrair parceiros.

Troca de experiências
A bióloga Maíra Silva, recentemente mestre pelo Instituto de Geociências, conheceu a Unicamp em programas de extensão comunitária e, neste processo, colocou amigos universitários em contato com a realidade do Vale do Ribeira, que abriga o Quilombo de Ivaporunduva, onde ela nasceu. Além disso, dedicou sua dissertação de mestrado à investigação de contaminação por chumbo e arsênio no Ribeira. Esta presença do ator social nas atividades de extensão também é notória em outras iniciativas, como é o caso do projeto “Formação de Agentes para construção de Cidadania, Saúde e Democracia por meio do Método Paideia”, coordenado pelo médico Gastão Wagner, professor do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), contemplado no PEC 2017.

Das comunidades parceiras é que devem sair os agentes de saúde que atuarão na sociedade e também ajudarão a controlar e fiscalizar o sistema, de acordo com Gastão. E mais: a experiência relatada por estes usuários do sistema público de saúde vai direcionar as atividades do projeto. “Pedimos que as pessoas tragam problemas reais de sua vida, como fila para cirurgia, demora no atendimento. A partir destas informações promoveremos formação ampla sobre o SUS, política de saúde, defesa de direitos, entre outros”.  Aí está o poder de troca da extensão, segundo Gastão, já que estudantes de medicina da Unicamp realizam estágio na rede pública. “Esta atividade também contribui na formação de professores. Aprendemos com a comunidade.”

O segundo objetivo é promover a formação de estudantes de graduação em medicina e enfermagem e pós-graduação em saúde coletiva. As atividades acontecerão em bairros da região norte, principalmente da região do Jardim São Marcos e do Parque São Quirino.

Trabalhar a partir das experiências de moradores é importante também para entender as necessidades específicas de cada bairro. “É a partir destas especificidades que alunos e lideranças produzem material para o bairro.” Entre as várias aplicações, os recursos do PEC ajudarão no deslocamento dos estudantes para as atividades.

“A extensão é o campo onde nos movimentamos”, reforça Gastão, para quem o trabalho de extensão, apoiado no PEC, permite a formação de agentes de transformação no direito à saúde e, naturalmente, em direitos humanos.  Ele acrescenta que a gestão participativa está prevista no SUS e é necessário preparar pessoas que tenham condições de participar na discussão e no desenvolvimento de políticas.

Gastão Wagner, professor do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), contemplado no PEC 2017

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Gastão Wagner, professor do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), contemplado no PEC 2017

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