Pró-reitores de universidades públicas de SP se comprometem a levar à sociedade pesquisas de forma eficiente e contínua

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Pró-reitores de extensão e representantes durante encontro no Consu
Pró-reitores de extensão e representantes durante encontro no Consu

Grande parte dos resultados de pesquisas realizadas na academia é aplicada na sociedade, e uma das missões da extensão universitária é fazer com que esta aplicação aconteça de forma eficiente e contínua nas comunidades participantes. Este foi um dos compromissos apresentados por pró-reitores de universidades públicas do Estado de São Paulo presentes em encontro realizado pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac) da Unicamp nesta quinta-feira (30). “A perenidade é uma das questões discutidas aqui hoje, pois esta preocupação deve passar por todas as pró-reitorias para que as ações de extensão tenham impacto social e amplitude”, pontua a assessora da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Simone Nacaguma. A importância da continuidade e eficiência das ações de extensão também foi acentuada pelo pró-reitor de Extensão da Unicamp, Fernando Hashimoto.

O primeiro resultado positivo da discussão foi a criação de um fórum, já com agenda predefinida, em que as Pró-Reitorias pretendem unificar as ações de impacto social. Entre as questões apresentadas no encontro, os pró-reitores já alinharam algumas iniciativas, entre elas a discussão sobre fomento para a extensão e a criação de um banco de dados unificado de ações de extensão desenvolvidas em todas as instituições públicas do Estado para diagnosticar a possibilidade de parcerias. O presidente do Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Instituições de Educação Superior Brasileiras (Forproex) e professor da Universidade Federal do ABC, Daniel Pensarelli, pontuou que algumas ações podem ser desenvolvidas em conjunto, e a plataforma pode ajudar a identificá-las.

Dentro da mesma proposta, Simone revela que o levantamento de projetos semelhantes tem início dentro da própria Unifesp. “É necessária a discussão interna não somente em nível de cursos e departamentos, mas em todos os campi. Há projetos replicados, mas que trabalham as mesmas questões e se relacionam com o mesmo perfil de comunidade e, se eles se conhecerem, poderão ter ação maior, mais organizada e até mais ampliada.” Um programa de rádio, chamado Extensão em Pauta, permite que os coordenadores se identifiquem, segundo a assessora. “Acreditamos que, desta forma, organizamos melhor as ações e podemos compor forças para ações mais organizadas, com mais amplitude e maior perenidade”, enfatiza.

O professor Fernando Hashimoto, pró-reitor da Preac
O professor Fernando Hashimoto, pró-reitor da Preac

Uma das primeiras ações do novo fórum, proposta pelo pró-reitor da Universidade Federal de São Carlos, Luiz Carlos de Faria, e reforçada pela pró-reitora da Unesp, Cleópatra da Silva Planeta, é discutir a possibilidade de fomento para a área de extensão, como acontece com a pesquisa. “Temos a questão da indissociabilidade de pesquisa, ensino e extensão, e essa discussão poderia ser levada à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a fim de buscarmos fomento também a ações de extensão. É importante que todo conhecimento gerado por meio da pesquisa e outras ações seja trocado com a comunidade; é uma maneira de resolver problemas de outros setores da sociedade com a participação da comunidade. É uma maneira de dar sentido à atividade de pesquisa porque a sociedade vai compreender o que significa fazer investigação dentro da universidade”, ressalta Cleópatra.

Para o pró-reitor de Extensão da USP, Marcelo de Andrade Matos, o fato de permitir que os pró-reitores se conheçam e tomem ciência do que é realizado para a sociedade por outras instituições, e saiam com propostas para trabalhar em conjunto, já mostra a importância da iniciativa da Unicamp em realizar o encontro. Pensarelli também enfatizou a iniciativa da Preac em criar uma pauta para pensar a extensão em conjunto. “Havia organização das universidades públicas paulistas e era um grupo capitaneado pela Unicamp. Nem preciso falar da importância de chamar esta reunião, dado todo o peso de São Paulo no cenário nacional. É muito oportuno que nos reorganizemos novamente em Campinas para pensar agenda articulada no Estado de São Paulo, que envolve financiamento de extensão, a circulação de ações e de cultura entre as universidades, pensando no benefício para o Estado de São Paulo, mas também o que isso representa como uma proposta a se expandir por todo o território nacional".

No contexto de um instituto federal, que atende do ensino básico à pós-graduação, a extensão é ainda mais desafiadora. Afinal, as atividades com a comunidade começam com a participação de alunos do ensino médio, segundo o pró-reitor do Instituto Federal de São Paulo, Wilson de Andrade Matos. “Sou apoiador da união de esforços a favor da comunidade, e esta iniciativa de reunir pró-reitores é muito importante.”

Estiveram representadas no encontro a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Universidade Federal do ABC (UFABC), o Instituto Federal de São Paulo (IFSP), a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp).

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