A Unicamp promoveu na manhã desta quarta-feira (22) um encontro inédito entre professores eméritos da Universidade. A reunião, promovida pela Reitoria, ocorreu na sala do Conselho Universitário (Consu), sob a coordenação do reitor Marcelo Knobel. A iniciativa teve dois objetivos, conforme o dirigente: homenagear os docentes, que tanto contribuíram para o desenvolvimento da instituição, e solicitar que eles ofereçam ideias e sugestões para qualificar ainda mais as atividades universitárias.
Dos 55 professores contemplados com o título de professor emérito pela Unicamp, 29 estão vivos. Destes, 16 compareceram à reunião, que contou também com a participação da coordenadora-geral da Universidade, professora Teresa Atvars; do pró-reitor de Pesquisa, professor Munir Skaf; do pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, professor Fernando Hashimoto, do chefe de gabinete da Reitoria, professor Joaquim Murray Bustorff Silva; da chefe de gabinete adjunta, professora Shirlei Pimentel; do titular da Diretoria Executiva de Administração (DEA), professor Roberto Rodrigues Paes; e do dirigente da Diretoria Executiva de Relações Internacionais (DERI), professor Mariano Laplane.
Ao abrir os trabalhos, Marcelo Knobel agradeceu aos convidados pelas contribuições dadas por eles em suas respectivas áreas de atuação. O reitor afirmou que a Unicamp tem e terá que enfrentar diversos desafios para continuar mantendo a excelência de suas atividades, e que a colaboração dos professores eméritos, com a oferta de ideias e projetos, é fundamental para que a instituição tenha êxito. “Nós queremos contar com a experiência e as propostas de vocês”, disse.
O dirigente informou que a Reitoria enviará relatórios e projetos aos professores eméritos, para que eles tomem conhecimento das questões mais relevantes para a Universidade e, assim, possam oferecer suas contribuições. Uma das propostas que surgiram durante a reunião partiu do ex-reitor José Martins Filho, que sugeriu que a Unicamp estude a possibilidade de construir um centro de convenções na área contígua ao campus de Barão Geraldo, adquirida pela Universidade em março de 2014.
Segundo Martins Filho, o espaço poderia ser utilizado pela própria Universidade para a realização de eventos científicos, mas também alugado para terceiros, o que poderia assegurar a entrada de recursos extras para a instituição. O Marcelo Knobel relatou que uma das ideias de uso para a área em questão é a instalação de uma espécie de Cidade do Conhecimento, onde seriam reunidos laboratórios de pesquisa, centro de convenção e um Centro Internacional de Desenvolvimento Sustentável, organismo que reuniria cientistas brasileiros e estrangeiros e representantes do setor produtivo em torno de pesquisas que tratassem de temas voltados à questão da sustentabilidade.
Marcelo Knobel adiantou que tem mantido conversações com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que demonstrou interesse em apoiar a iniciativa. Ao longo do encontro, os professores eméritos falaram sobre outros assuntos, como a necessidade de ampliação das vagas na graduação, a importância de a Unicamp ser mais incisiva na defesa da escola pública de qualidade e de a Universidade adotar um programa que estimule cada funcionário ou docente a plantar árvores nos campi no momento da aposentadoria.
O reitor considerou a reunião muito produtiva e manifestou sua expectativa de receber várias contribuições por parte dos professores eméritos. “Temos um potencial incrível que nunca foi explorado. São pessoas com muita experiência e que podem ajudar na construção do futuro da Unicamp”, considerou. Para o ex-reitor José Martins Filho, a ideia do encontro foi muito positiva e deverá render bons frutos. O também ex-reitor Carlos Vogt afirmou que, pela experiência acumulada, o grupo pode dar uma contribuição de qualidade “para a construção dos objetivos fundamentais da instituição”.
