Edição nº 672

Jornal da Unicamp

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Campinas, 14 de outubro de 2016 a 14 de outubro de 2016 – ANO 2016 – Nº 672

Congresso de Iniciação Científica da
Unicamp vai reunir 1,7 mil trabalhos

24ª edição do evento será realizada de 19 a 21 deste mês no Centro de Convenções

Quando se diz no meio acadêmico e na sociedade que a Unicamp tem pesquisas de reconhecida excelência, ela de fato tem. Uma simples mostra disso é o tradicional Congresso de Iniciação Científica, organizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) da Universidade, que neste 2016 já está em sua 24ª edição. O evento será aberto neste dia 19, às 13h30, em todas as salas do Centro de Convenções da Universidade, e prossegue até o dia 21 deste mês. Está prevista a participação do Coral Zíper. Veja a programação.

Esse encontro é destinado a todos os alunos de graduação da Unicamp que desenvolvem projetos de iniciação científica com financiamento de agências de fomento ou de maneira voluntária. Neste ano, o congresso também abriu a oportunidade para 200 alunos de outras instituições da Região Metropolitana de Campinas (RMC). São 1.697 inscritos ao todo, um aumento de 12% em relação à edição anterior (1.514).

Segundo o organizador do congresso e assessor da PRP, professor Fernando Coelho, a atividade de iniciação científica vem crescendo e tem conseguido despertar grande interesse de alunos, docentes da instituição e visitantes. “Queremos que esse evento não seja meramente organizado para cumprir a uma exigência do CNPq. Queremos mais.”

 

Muitos trabalhos apresentados no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) são transformados em publicações em periódicos nacionais e internacionais, e a maior parte dos alunos opta por realizar uma pós-graduação. “Esse é o caminho, por isso usamos o mote: ‘A Pesquisa da Unicamp Começa Aqui’ ”, explicou o professor, “porque essa iniciação de fato começa aqui mesmo”.

Tradicionalmente, os inscritos eram divididos por áreas e faziam as apresentações em dias estipulados. Eram em média 600 apresentações diariamente. Agora, ao invés de ter o foco em áreas, os alunos podem apresentar seus trabalhos ao longo dos três dias.

O objetivo é implementar a interdisciplinaridade, de forma que um aluno da área de Medicina possa ver o que está produzindo o aluno da área de Artes, que pode ver o que estão produzindo as áreas de Engenharias e de Ciência Básica, explicou o organizador.

A palestra de abertura será proferida pelo professor Milton Mori, diretor executivo da Inova Unicamp. Ele falará sobre “Inovação e empreendedorismo: a experiência da Unicamp”.

No segundo dia, às 14 horas, a palestra será sobre “Neuroquímica cerebral: estresse, paixão e atividade física”, com as participações dos professores da Faculdade de Ciências Médicas Li Li Min, Jéssica Vicentini, Luciana Ramalho e Nathália Volpato.

“Simulando a natureza: de nanotubos a formigas” será a palestra do último dia, ministrada pelo professor Douglas Galvão do IFGW, também assessor da PRP, às 14 horas. Depois da palestra, os congressistas se dirigirão ao Ginásio Multidisciplinar (GMU) para apresentação dos seus painéis.

Internacionalização

Os estudos apresentados no congresso poderão também, neste ano, continuar sendo rastreados de diversos pontos do planeta, graças a um identificador de conteúdos em ambiente digital (o DOI). “Com isso, o evento deverá ter maior visibilidade internacional”, disse. “Os alunos que apresentarem seus trabalhos em inglês facilitarão o processo.”

A Unicamp está terminando de fazer um levantamento dos trabalhos, já com mapas de acesso de todos os pôsteres do ano passado. Em amostragem anterior, os acessos foram muito significativos nos EUA, Europa e Ásia, além do Brasil. “A ideia é mostrar esse evento para o mundo”, comentou o professor. “Os trabalhos partem sempre dos alunos que foram contemplados com bolsa no ano anterior, de todos os níveis.”

Uma banca interna fez a pré-escolha de um grupo de trabalhos, que serão então entregues a uma banca externa de especialistas (composta por membros de todas as áreas) e, dessa amostragem, sairão os escolhidos.

Serão premiados os 20 melhores trabalhos, com importância em dinheiro e participação da próxima reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a ser realizada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Alunos do Programa de Iniciação Científica Júnior para o Ensino Médio (Pibic-EM) e do Colégio Técnico da Unicamp (Cotuca) também participarão do evento através de uma mostra de trabalhos que fizeram na última semana (dia 7).