Conselho Estadual de Educação inicia processo de recredenciamento institucional na Unicamp

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A comissão de especialistas designada pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) iniciou, nesta terça-feira (6), uma nova etapa do processo de recredenciamento institucional da Unicamp — procedimento que ocorre por determinação legal a cada 10 anos. Nesta fase, os especialistas coletam informações junto a docentes, servidores e estudantes, visitam unidades e órgãos e recolhem relatórios e documentação.

De acordo com o servidor responsável pela avaliação institucional da Unicamp, Marcelo Phaiffer, os especialistas analisam as mais variadas atividades desenvolvidas na Universidade e, no final, preparam um parecer circunstanciado, que é submetido à aprovação do CEE. Os indicados pelo CEE deverão visitar o Instituto de Biologia (IB), a Biblioteca Central "César Lattes" (BCCL), a Escola de Educação Corporativa (Educorp), a Coordenadoria de Centros e Núcleos (Cocen) e o Parque Científico Tecnológico. Trata-se de um processo de recredenciamento da Universidade, não dos cursos.

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Os especialistas vão coletar informações junto a docentes, servidores e estudantes, visitam unidades e órgãos e recolhem relatórios e documentação

Phaiffer revela que a análise leva em conta outros dois relatórios institucionais que a Unicamp prepara a cada cinco anos. “Quando os conselheiros chegam para fazer o recredenciamento, eles também têm acesso aos dois relatórios quinquenais já elaborados pela Unicamp”, explica.

“Nestes relatórios, há avaliações de aspectos da vida acadêmica, como os cursos de graduação, pós-graduação, pesquisa, extensão e cultura, sustentabilidade, inovações sociais e tecnológicas, gestão, internacionalização, direitos humanos, entre outras áreas e temas”, acrescenta ele. “Trata-se de uma norma do Conselho Estadual de Educação, que determina que, no período de no máximo 10 anos, as universidades estaduais precisam passar por um processo de recredenciamento, que envolve uma avaliação de todas as suas atividades-fim”, explica o professor Cristiano Torezan, docente da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) e da assessoria do Gabinete do Reitor. “Tudo o que o conselho pediu nós atendemos até com certa folga, mas cabe à universidade se colocar à disposição para essa avaliação”, acrescenta o professor.

Uma das avaliadoras designadas pelo CEE, a professora Anésia Sodré Coelho disse que, pela leitura dos relatórios preliminares apresentados pela Unicamp, é possível verificar os avanços alcançados pela Universidade. “Acho que os fundadores ficariam felizes ao constatarem, hoje, onde foi que a Universidade chegou”, disse ela.

Segundo o reitor Antonio José de Almeida Meirelles, a Unicamp está à disposição para fornecer todas as informações que os analistas pedirem. Ele afirmou, ainda, que a Universidade tem alguns grandes desafios pela frente, como o processo de inclusão, que passa, de acordo com Meirelles, pelo aprimoramento de sistemas de permanência estudantil.

Programas de inclusão como o Profis, o sistema de cotas raciais e sociais e o vestibular indígena já estão consolidados na Unicamp, mas é preciso avançar em outra frente. “No nosso último orçamento, reservamos R$ 110 milhões para investimentos em permanência, mas ainda é insuficiente”, avalia o reitor. Outro desafio, segundo Meirelles, é a implementação mais ampla da curricularização da extensão. A Unicamp já conta com processos avançados nas áreas de saúde e no relacionamento com empresas, mas é preciso estender isso a outras áreas do conhecimento.

Além de Anésia Sodré, o grupo de especialistas contou, ainda, com os professores Alex Coltro e Ronaldo Correia. Os três especialistas foram recebidos pelo reitor e pela coordenadora-geral da Universidade, Maria Luiza Moretti. 

Participaram do encontro os pró-reitores Ivan Toro (Graduação), João Romano (Pesquisa), Fernando Coelho (Extensão e Cultura) e Fernando Sarti (Desenvolvimento Universitário) e a professora Cristiane Megid, titular da Diretora Executiva de Ensino Pré-Universitário (Deepu), órgão responsável pelos colégios técnicos.

Conselho Estadual de Educação

De acordo com dados divulgados em seu site oficial, o CEE atua como órgão normativo, deliberativo e consultivo do sistema educacional público e privado paulista. O órgão estabelece regras para todas as escolas de todas as redes — estaduais, municipais e particulares — de educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e profissional, seja presencial ou à distância. Também cabe ao CEE-SP orientar as instituições de ensino superior públicas do estado, bem como credenciar seus cursos.

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Procedimento ocorre por determinação legal a cada 10 anos

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