Faepex amplia novos auxílios e lança editais

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No ano em que completa 20 anos na atual configuração, o Fundo de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepex) da Unicamp amplia suas modalidades de auxílio e deve lançar dois novos editais ainda em 2023. De acordo com o assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) e professor da Faculdade de Ciências Aplicadas (FCA) Leonardo Tomazeli Duarte, as alterações no manual Faepex foram aprovadas no final do ano passado, e algumas medidas entram em vigor já a partir de janeiro.

O Fundo foi criado em 2003 a partir da junção dos antigos Fundo de Apoio ao Ensino e Pesquisa – FAEP (1990) e Fundo de Apoio à Extensão – FAE (2001), mas manteve o conceito de um mecanismo complementar. A ideia é cobrir despesas com atividades de pesquisa, ensino e extensão, complementando recursos das agências de fomento. O Fundo tem ampla abrangência e financia, por exemplo, parte de custos de viagem — como passagens e diárias — para participação em eventos científicos e trabalhos de campo em projetos de pesquisa.

Os recursos do Faepex são usados, ainda, em auxílios para bolsas de pós-doutorado orientadas à gestão de grandes projetos de pesquisa, em editais de infraestrutura e até mesmo para auxílios emergenciais, como o que foi aberto em março de 2020 para atender a projetos voltados ao combate à covid-19, durante a pandemia do coronavírus.

De acordo com levantamento da responsável administrativa do Faepex, Flávia Azevedo, em 2021, o Fundo investiu R$ 10,9 milhões em diversas modalidades de auxílios e editais. Em 2019, no período pré-pandemia, o valor foi de R$ 5,8 milhões. Ainda não foram fechados os dados do ano de 2022.

O professor Marcelo Brochi, ao lado da responsável administrativa do Faepex Flávia Azevedo:
O professor Marcelo Brocchi (camisa branca), ao lado da responsável administrativa do Faepex Flávia Azevedo e do assessor Rinaldo Gimenes: Fundo investiu R$ 10,9 milhões em diversas modalidades de auxílios e editais

Novos auxílios

O Faepex acaba de criar um auxílio, que está sendo chamado de “reintegração”, voltado a docentes e pesquisadores que foram licenciados da Universidade por período igual ou superior a seis meses, seja por motivo de saúde ou licença-maternidade e que, por conta disso, tiveram as atividades de pesquisa prejudicadas.

“Esse auxílio pode ser solicitado por um motivo ruim, que é um problema de saúde, mas também por um bom motivo, que é o nascimento de uma criança”, pondera o professor Tomazeli. “Uma docente do IQ [Instituto de Química] já fará uso do auxílio”, acrescentou ele. O manual prevê o auxílio-maternidade também nos casos de adoção.

O valor do auxílio de reintegração é de até R$ 15 mil e poderá ser utilizado para aquisição de material permanente e de consumo, serviços de terceiros especializados de curta duração, diárias, passagens, inscrições em congressos, despesas de transporte e reparo de equipamentos, entre outros itens.

O Faepex criou, ainda, uma nova modalidade de auxílio viagem — que passa a se chamar Auxílio Participação em Evento Científico. Este benefício é destinado ao pagamento de passagens, diárias, taxas de inscrição para apresentação de trabalhos em reuniões científicas presenciais, não presenciais ou híbridas.

Também houve uma mudança no Auxílio Ponte, pelo qual o aluno contemplado recebia um único pagamento, no valor de até um mês da bolsa de mestrado ou doutorado. Agora, será pago o equivalente a três meses de uma bolsa.

Outra medida adotada, que entra em vigor a partir de janeiro, é o novo valor da cota anual — que passa de R$ 6 mil para R$ 7,2 mil.

O professor Leonardo Tomazeli e Angela Lucas:
Os docentes Leonardo Tomazeli e Angela Lucas: a Universidade tem o privilégio de contar com um mecanismo como o Faepex

Novos editais

Dois novos editais estão previstos para serem lançados este ano pelo Faepex. O primeiro deles é o edital de incentivo à inserção no sistema Faepex — que tem como objetivo apoiar docentes e pesquisadores que, por motivos diversos, não satisfazem as condições usuais de complementaridade exigidas pelo Fundo para a concessão de auxílios. O objetivo é proporcionar a reinserção do docente/pesquisador nos sistemas usuais de apoio à pesquisa, como Fapesp e CNPq, por exemplo.

Para concorrer, é preciso que o docente possua pelo menos 10 anos de vínculo com a Universidade e tenha submetido um projeto de pesquisa individual a uma agência de fomento. O valor do auxílio é de até R$ 15 mil.

O segundo edital foi chamado de “Convergências Cocen” e pretende incluir no sistema os centros e núcleos vinculados à Cocen.

A ideia, segundo Tomazeli, é integrá-los por meio de projetos realizados em colaboração. Essa modalidade deve incluir no mínimo três e no máximo cinco centros e/ou núcleos. O valor do edital é de R$ 110 mil.

“Esse edital está num contexto de crescimento da ideia da interdisciplinaridade na pesquisa”, diz o assessor da Pró-Reitora de Pesquisa (PRP), Rinaldo Gimenes. “Foi aprovada uma alteração na regulamentação do Faepex, incluindo a área interdisciplinar para análise das solicitações, que foi uma reivindicação da própria Cocen, acolhida pelo Conselho de Orientação”, acrescentou Gimenes.

As propostas aprovadas neste edital deverão ser executadas no prazo de 12 meses, com possibilidade de prorrogação por mais 12 meses.

A professora Angela Lucas, também da FCA, diz que o Fundo ganhou ainda mais relevância por conta dos impactos da pandemia em atividades como as de ensino, pesquisa e extensão. “Fomos percebendo que a pandemia havia provocado um impacto muito grande na vida dos pesquisadores. Então, começamos a analisar a situação daqueles que tiveram problemas específicos e, com isso, acabaram ficando fora do sistema, que na verdade é uma roda. Na medida em que você tem projetos aprovados, mais se consegue aprovar, mas a entrada ou a reentrada nessa roda é difícil”, explica a professora. Daí a necessidade de criação das novas modalidades de auxílio, lembra ela.

 “Nosso objetivo não é acumular, é investir e auxiliar o docente e pesquisador. Dentro das nossas possibilidades orçamentárias, acredito que estejamos cumprindo integralmente os objetivos do Fundo, fornecendo apoio e auxílio às atividades de pesquisa”, diz o professor Marcelo Brocchi, do Instituto de Biologia (IB). “É, sem dúvida, importante a continuidade do Fundo, por conta dos impactos não apenas das cotas anuais, mas também com apoio aos jovens pesquisadores e aqueles que têm necessidade de licença por uma série de motivos. Este é um apoio de extrema importância”, avalia.

Rinaldo Gimenes lembra, ainda, que o Fundo vai se modificando ao longo do tempo, justamente para se adaptar à realidade do período. “Na medida em que o tempo vai passando, você vai criando linhas, de modo a atender às demandas atuais, mais circunstanciais”, finaliza ele.

Para Leonardo Tomazeli, o sistema Faepex deve ser preservado e fortalecido. “É um privilégio para a Unicamp ter um mecanismo como esse. Trata-se de um patrimônio para docentes e pesquisadores”, avalia.

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A ideia do Faepex é cobrir despesas com atividades de pesquisa, ensino e extensão, complementando recursos das agências de fomento

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