CIS-Guanabara sedia encontros sobre cultura indígena

Coletivo EtnoCidade discute a situação de indígenas que vivem na Região Metropolitana de Campinas
Coletivo EtnoCidade discute a situação de indígenas que vivem na Região Metropolitana de Campinas

Durante o segundo semestre desse ano o CIS-Guanabara será sede de cinco encontros promovidos pelo grupo EtnoCidade, coletivo de indígenas e não-indígenas que busca dar visibilidade às etnias indígenas que vivem em contexto urbano na Região Metropolitana de Campinas. O primeiro evento, dia 25 de agosto, das 13 às 17 horas, tem como tema “Mais América, menos latinos: uma conversa sobre como os indígenas podem ajudar o professor a promover diversidade cultural” O encontro será coordenado pelo sociólogo e promotor cultural Alessandro José de Oliveira.

Segundo Oliveira, a ideia é promover uma reflexão a partir da experiência de personagens de origem indígena que vivem na RMC. “Vivenciar o diálogo de fato e o compartilhamento de sentidos com indígenas que vivem na cidade permitiu-me um alargamento de minhas possibilidades de interpretar o mundo”, afirma. “Isso demanda um exercício cotidiano de alteridade e disposição para abandonar a zona de conforto gerada pelas certezas preestabelecidas como pilares de certa concepção dominante de conhecimento”. O objetivo desse encontro é dialogar com professores e público em geral sobre a situação dos indígenas que vivem em metrópoles, examinar alguns aspectos da história oficial, alertar para os vícios coloniais e refletir sobre diferentes modos de lidar com a racionalidade hegemônica tão presente na sociedade urbana.

Criado em 2015, o EtnoCidade busca fomentar discussões e reflexões sobre cultura indígena em contexto urbano através da edição anual da Feira de Cultura Indígena de Campinas. Também procura dar visibilidade promovendo atividades culturais e apresentando o conhecimento das culturas indígenas para as escolas e instituições da cidade de Campinas e região. Oliveira afirma que o grupo procura oferecer meios para que os indígenas possam manter sua cultura mesmo vivendo em cidades e longe de suas aldeias. “O que pretendemos é quebrar estereótipos, preconceitos e mudar paradigmas que são associados à diminuição dos indígenas, esclarecendo a sociedade nos âmbitos público e privado sobre nossa herança identitária indígena”, afirma Oliveira.

Ao longo do segundo semestre serão realizados mais quatro encontros: “Direitos achados na roça” (dia 22 de setembro), “Corpos indígenas – corpos políticos: os privilégios caçados a laço” (dia 27 de outubro), “Vivências de culinária indígena” (dia 01 de dezembro) e “Xondora e Capoeira – irmão na resistência” (dia 15 de dezembro). A atividade no CIS-Guanabara tem a coordenação das agentes culturais Irani Ribeiro e Maria Aparecida Vaz Bueno. O CIS-Guanabara fica à Rua Mário Siqueira, 829, bairro Botafogo, em Campinas (estacionamento gratuito no local).

 

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