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..............Campinas, 29 de abril a 5 de maio de 2002

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SAÚDE

 


O milésimo transplante renal

O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp já ultrapassou a marca de 1.000 transplantes renais, um feito raro entre os serviços existentes. De acordo com o nefrologista Gentil Alves Filho, chefe da Unidade de Transplante Renal, menos de 50 centros no mundo desenvolvem atividades transplantadoras semelhantes às da Universidade.
O urologista Adriano Fregonesi, responsável pela Central de Captação de Órgãos, informa que o HC é a unidade que, percentualmente, mais realiza transplantes com doador-cadáver – aquele que passa por um trauma craniano, derrame cerebral ou outra causa que leve à morte encefálica –, emparelhando constantemente com os principais centros que fazem transplantes de rim no Brasil, além de encabeçar campanhas para elevar o número de doações.

“O milésimo transplante não apenas indica que o setor ocupa um espaço relevante nacionalmente, como demonstra o grande potencial a desenvolver: só no ano passado atingimos 109 transplantes renais, o maior número alcançado até hoje na Unicamp. Atribuo o sucesso ao esforço conjunto entre a Urologia e a Nefrologia”, comemora o urologista Wagner Matheus, membro da equipe de transplantes do HC.
No Estado de São Paulo, aproximadamente 7.000 pessoas estão na fila por transplantes. A Unicamp tem capacidade para atender a aproximadamente 1.800. Na lista ativa, atualmente, 500 pacientes encontram-se aptos a receber um órgão de doador-cadáver, mas o tempo médio de espera é de quatro anos. Dos transplantes realizados, em 90% dos casos os pacientes apresentam sobrevida de 1 ano, índice que desce para 60% no prazo de dez anos.

Novas drogas – A Disciplina de Nefrologia possui um centro de alta capacidade para testar novas drogas imunossupressoras, que podem controlar rejeições agudas/crônicas e diminuir os efeitos colaterais. No momento, estão em fase de experimentação dois medicamentos: everolimus e FTY, associados à ciclosporina, um tratamento para esses casos. Para aprimorar a qualidade dos serviços oferecidos pelo HC, o Setor de Transplantes está colocando em funcionamento o Centro de Pós-Operatório de Órgãos.

SERVIÇO


Servidores da região vão dispor de novos procedimentos médicos

Os servidores públicos estaduais da região de Campinas poderão, em breve, realizar na Unicamp alguns procedimentos médicos hoje só disponíveis no Hospital do Servidor Público em São Paulo.

O atendimento aos servidores estatutários do Estado será possível graças a um convênio assinado no dia 18 de abril entre a Unicamp e o Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual). Atualmente, este órgão não possui nenhum equipamento hospitalar para atendimento em Campinas ou região. Toda a sua estrutura está concentrada hoje no Hospital do Servidor em São Paulo ou no Ceama (Centro de Atendimento Médico Ambulatorial) de Campinas.

“Os servidores estaduais têm sido atendidos na rede pública por intermédio do SUS ou por meio de convênios com a rede privada”, explicou o médico Roberto Teixeira Mendes. A própria Unicamp atende uma média mensal de 2,5 mil beneficiários do Iamspe, entre funcionários e docentes estatutários, sem qualquer ressarcimento.

Teixeira informa que o convênio, inicialmente cobrindo o atendimento feito no Cecom, poderá aos poucos ser ampliado para todas as unidades do Complexo Hospitalar da Unicamp (Hospital de Clínicas, Gastrocentro, Hemocentro e Caism) desde que não haja prejuízos para os beneficiários do SUS. Para tanto, os diretores destes órgãos deverão definir quais atividades poderão ser disponibilizadas ao Iamspe.

Atualmente, o Cecom tem trabalhado apenas com o orçamento da Unicamp, pois o repasse do SUS foi extinto após a municipalização do serviço de saúde. A partir do convênio com o Iamspe, haverá um aporte de recursos ainda não definido que permitirá a melhoria do atendimento.
O atendimento ao público interno da Unicamp abrange cerca de cinco mil pessoas entre professores, servidores e alunos.

O convênio geral com o Iamspe será ampliado assim que todas as unidades do Complexo Hospitalar concluírem estudos sobre sua capacidade de oferta de serviços. “Os hospitais avaliarão quantas consultas, exames ou cirurgias podem atender sem prejuízo aos beneficiários do SUS e as apresentarão ao Iamspe”, explica Teixeira.

O instituto, por sua vez, irá avaliar qual é a sua capacidade de ressarcimento pelos atendimentos realizados nos hospitais. Segundo estimativas do coordenador do Cecom, Edson Abreu, existem cerca de 200 mil servidores estaduais na região metropolitana de Campinas. Assim que os hospitais iniciarem o atendimento do Iamspe, o Ceama será a porta de entrada para os funcionários estaduais não são da Unicamp.