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..............Campinas, 21 de janeiro a 3 de fevereiro de 2002
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ENCONTRO

 

Unicamp abre as portas para jovens sem-terra

Antonio Roberto Fava

A Unicamp realiza, de 27 deste mês a 6 de fevereiro, no Ginásio de Esportes da Universidade, o 4° Curso sobre Realidade Brasileira para Jovens do Meio Rural. Na semana passada, o Reitor Hermano Tavares, juntamente com os Pró-reitores de Desenvolvimento Universitário, Alvaro Crósta, e de Extensão Universitária, Roberto Teixeira Mendes, reuniram-se reitor com líderes do Movimento dos Sem-Terra. O objetivo do encontro foi estruturar e avaliar diretrizes para a realização do curso.

Entre os representantes do MST estavam Adelar Pizetta, da região do Espírito Santo, e coordenador do setor de Formação do MST e da escola Nacional Florestan Fernandes; João Rodrigues, funcionário da Escola Florestan Fernandes; Gilmar Mauro, da direção Nacional do MST, e Cláudia Praxedes, também da direção do Movimento.

O evento deve reunir na Universidade aproximadamente 1.200 jovens, com idade média de vinte anos, que vivem em assentamentos das mais diversas regiões do Brasil. A principal proposta do curso — que tem a participação de professores da Unicamp e de outras universidades brasileiras, além de autoridades ligadas ao trabalho dos sem-terra — é proporcionar a esses jovens uma visão global sobre a realidade do país em que vivem, de forma a ampliar o seu universo de conhecimentos.

Para isso, participarão de palestras sobre os mais importantes temas como a questão agrária no Brasil, mudanças atuais no mundo do trabalho agrícola e industrial. Terão noções ainda sobre a situação política atual do Brasil e os desafios na construção do projeto popular, assim como a atuação do MST e da juventude do campo; o papel e o poder dos meios de comunicação na sociedade atual, música e alienação. Terão informações gerais sobre sexualidade e as doenças sexualmente transmissíveis, entre tantos outros assuntos que deverão ser abordados ao longo de dez dias de curso.

O tema de abertura, A questão agrária no Brasil: reforma agrária e movimentos camponeses, na segunda-feira (28), será enfocado pelo líder do Movimento dos Sem-Terra, João Stédile. No período da tarde, o ex-padre e escritor, Frei Beto, proferirá palestra sobre Os novos valores, a importância do estudo e da militância jovem. O encontro não vai tratar apenas de assuntos reflexivos. Na noite de segunda-feira, por exemplo, haverá um evento especial: Solidariedade ao Povo Cubano e Latino, que terá a apresentação da cantora Juliana Caymmi. E não é só: nos dias subsequentes estão agendadas apresentações da Orquestra de Viola Caipira de Campinas, com a participação de Ivan Vilela, professor de viola do Instituto de Artes da Unicamp, e da Orquestra Sinfônica da Unicamp.

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AVENTURA

A façanha de Negrete e Raineri

João Maurício Rosa

Às 21h25 do segundo dia de janeiro de 2002, os alpinistas Vitor Negrete e Rodrigo Raineri, tornaram-se os primeiros brasileiros a galgar os 6.962 metros do Pico do Aconcágua pela Face Sul, o lado mais complicado da maior montanha da América Latina e segunda maior do mundo depois do Everest, de 8.848 metros.

A façanha inédita rendeu um desfile pelas ruas no carro do Corpo de Bombeiros – um reconhecimento da Prefeitura de Campinas - e uma homenagem da reitoria da Unicamp, onde Vitor, de 32 anos, é mestre e pesquisador da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) e Rodrigo, 34, formou-se pela Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC).
Ambas as solenidades ocorreram no dia 10 de janeiro e não faltaram razões para que fossem recebidos como heróis. Desde 1926, quando um desafiante austríaco morreu no Aconcágua, 99 alpinistas já deixaram suas vidas ali.

E 70% das mortes ocorreram na face noroeste, considerada a via normal da escalada. Entre as vítimas face Sul estão três brasileiros que morreram congelados em 1998, um deles Mozart Catão, primeiro brasileiro a conquistar o cume do Monte Everest.

“Muito nos orgulha este feito destes dois jovens formados nesta Universidade”, elogiou o reitor Hermano Tavares na solenidade realizada em seu gabinete com a presença de professores, diretores e alunos da FEA e da FEEC que foram cumprimentar a dupla.

Vitor e Rodrigo, porém, ainda não estão satisfeitos com a façanha. Já anunciaram que o próximo objetivo é galgar o Everest, chamado de “teto do mundo”, entre o Nepal e o Tibete.

 


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