| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 377 - 22 a 28 de outubro de 2007
Leia nesta edição
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Processos industriais
são abordados em livro

CARMO GALLO NETTO

O professor José Roberto Nunhez, um dos autores do livro: obra destinada a profissionais e estudantes (Foto:Antônio Scarpinetti)Acaba de ser lançado pela editora LTC - Livros Técnicos e Científicos, do Rio de Janeiro - o livro Agitação e Mistura na Indústria, que tem como co-autor o professor José Roberto Nunhez, responsável pelo Laboratório de Fluidodinâmica Computacional da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp.

Cursos de extensão
deram origem à obra

A obra originou-se de apostilas escritas para cursos de extensão sobre agitação e mistura na indústria, oferecido desde 2002 pelo Departamento de Processos Químicos da FEQ, patrocinado no ano anterior pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), fato que referenda a importância da Extensão na disseminação do conhecimento.

Escrito por um grupo de profissionais com vivência acadêmica e industrial, a obra resulta das experiências dos autores e se destina aos profissionais da indústria da área de agitação e mistura. A publicação é, segundo os especialistas, a primeira em língua portuguesa sobre este tema recorrente em grande parte dos mais variados segmentos industriais. Além dos profissionais que utilizam a operação de agitação e mistura na indústria de processos, o livro destina-se também a estudantes dos cursos de graduação e pós-graduação de engenharia.

A obra apresenta inicialmente os principais conceitos em agitação e mistura e analisa os mais importantes parâmetros envolvidos nesses processos. Na seqüência, aborda a suspensão de sólidos e a dispersão de gases. Discute os aspectos mecânicos mais significativos na construção do impelidor – também chamado de agitador, muito embora o agitador seja composto pelo impelidor, a haste e o motor.

No capitulo final, o livro analisa também as implicações econômicas, principalmente as relativas a gasto de energia e de tempo de processamento e se detém no exame de casos reais relacionados às experiências dos autores, que ilustram a importância de um bom projeto de agitador. Destina ainda um capitulo inteiramente à utilização mais recente da técnica da fluidodinâmica computacional, cada vez mais aplicada para auxiliar a análise e o projeto de tanques agitados.

Os autores – José Roberto Nunhez, doutor pela Universidade de Leeds, Inglaterra, é especialista em fluidodinâmica computacional aplicada a tanques de mistura e a processos petroquímicos. Da mesma especialidade é Efraim Cekinski, doutor pela Universidade de Poitiers, França, professor da Escola de Engenharia Mauá e pesquisador do IPI. O engenheiro mecânico Celso Fernandes Joaquim Junior é especialista em projeto e construção de sistemas de mistura, diretor da indústria Kroma Equipamentos Especiais Ltda e professor da CEETPS/Fatec. É ainda doutorando da FEQ. Luiz Carlos Urenha, falecido prematuramente, era pesquisador do IPT.

Nunhez lembra que, de volta ao Brasil depois do doutorado, procurou quem trabalhasse na área, o que levou o docente ao envolvimento com esse grupo de pessoas. “Tivemos, então, a idéia de preparar um curso de extensão para divulgar nosso trabalho, pois havíamos constatado que o mercado se ressentia da falta de um curso sobre agitação e mistura. Isso nos levou ao primeiro curso em 2001, no IPT, e a partir de 2002 na Unicamp”.

Com o tempo, o grupo teve a idéia de transformar o material apostilado em livro. Os especialistas apresentaram o projeto a duas das mais importantes editoras de livros técnicos do país e diante da receptividade de ambas se decidiram por uma delas. Os autores acreditam que a obra preencha uma lacuna porque não existe outra em português sobre o assunto e porque se destina a ajudar resolver problemas muito comuns nos processos industriais.

“Existem impelidores de vários tipos, específicos para os vários processos, e a escolha deve ser tecnicamente adequada. Praticamente, todos as indústrias os usam e a nossa experiência mostra que os problemas advindos de uma escolha equivocada estão mais presentes do que se poderia inicialmente imaginar”, afirma o pesquisador.

Nunhez lembra que, desde os anos 50, quando começaram os estudos envolvendo agitação e misturas, os trabalhos desenvolvidos tinham caráter experimental e eram realizados em unidades pilotos e os dados extrapolados para a escala industrial. A partir dos anos 80, iniciaram-se, paralelamente, os estudos computacionais envolvendo o que se chama hoje de fluidodinâmica computacional. Essa simulação utiliza modelos que, se bem-elaborados, permitem determinar com grande eficiência os parâmetros a serem observados em uma escala industrial, embora até hoje não se prescinda das pesquisas em escala-piloto.

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