| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 352 - 19 a 25 de março de 2007
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FEC degrada formol
em altas concentrações

A engenheira Carolina Rittes Turato Farah: legislação brasileira não referencia a concentração de formol em águas tratadas (Foto: Antoninho Perri)Caso não seja tratado adequadamente antes do seu descarte, o formol – em suas mais variadas utilidades – pode ocasionar problemas ambientais gravíssimos. Ademais, o produto possui componentes cancerígenos. Por isso, processos que consigam degradar esse composto quando presente, sem prévia diluição, em altas concentrações em efluentes, constituem importantes caminhos a serem perseguidos. É o caso de uma pesquisa de doutorado desenvolvida na Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC). O estudo mostrou que é possível degradar o formol em concentrações altas, correspondente a 12 mil miligramas por litro de efluente. Antes da pesquisa da FEC, realizada pela engenheira Carolina Rittes Turato Farah, sob orientação do professor José Roberto Guimarães, o máximo que os processos biológicos alcançavam era a degradação de aproximadamente 3 mil miligramas por litro.

Método é pouco utilizado no Brasil

Carolina utilizou dois processos oxidativos avançados – fotólise de peróxido de hidrogênio e o foto-Fenton – e conjugou cada um deles com outro processo biológico utilizando lodos de esgoto ativados por batelada. Nas duas técnicas, a engenheira conseguiu resultados eficientes do ponto de vista quantitativo e qualitativo. Segundo a pesquisadora, esse método é pouco usado no Brasil e deve ser difundido.

A principal contribuição do trabalho desenvolvido por Carolina é mostrar que a possibilidade de degradação em altas concentrações, sem a necessidade de se diluir. Também chama a atenção para uma mudança de mentalidade em relação à diluição de resíduos e na busca de métodos com capacidade de tratamento do formol na forma e concentração que são gerados.

O composto é gerado, especialmente, por sua utilização em laboratórios de anatomia para embalsamento, laboratórios de análises patológicas, indústrias de confecção de seda artificial, de celulose, de resinas melamínicas e na fabricação de vidros, espelhos e explosivos.

Conforme observa a engenheira em sua tese, a legislação brasileira não referencia a concentração do produto em águas tratadas. Isto torna difícil o controle da presença do formol na água. Na Polônia, por exemplo, a legislação prevê o descarte do resíduo. Mas as concentrações permitidas são 0,2 miligrama em águas superficiais e até 2 miligramas em estações de tratamento de esgoto. Na literatura, o volume tolerável para que não haja prejuízos ao ecossistema de um ambiente aquático é de 1,61 miligrama por litro.

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