| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 316 - 20 de março a 27 de março de 2006
Leia nesta edição
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Tecnologia acelera degradação do

plástico utilizado em embalagens

JEVERSON BARBIERI

Foto: Neldo Cantanti

Um derivado do polietileno que é utilizado para embalar produtos como pães e frutas, com período de decomposição sob luz solar reduzido a um terço em comparação ao plástico encontrado no mercado, já teve a patente depositada pela Unicamp no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi). As empresas interessadas no produto devem procurar a Agência de Inovação da Unicamp (Inova), órgão responsável pela comercialização das patentes geradas na Universidade. “Chamamos este derivado de filme fotodegradável”, explica Ralf Giesse, que realizou a pesquisa no Laboratório de Polímeros Condutores e Reciclagem do Instituto de Química (IQ) da Unicamp. Seu trabalho resultou em dissertação de mestrado orientada pelo professor Marco-Aurelio De Paoli, que gerou a patente.

Somente agora, no entanto, Giesse soube que a pesquisa valeu menção honrosa no 28º Concurso Nacional do Invento Brasileiro de 2002, por meio de correspondência do Governo do Estado de São Paulo. O pesquisador, que é professor do Colégio Técnico da Unicamp (Cotuca), explica que o filme de polietileno tradicional foi tratado com um componente cujo nome é mantido em segredo, por questão de segurança. Ele começou a estudar esse mesmo componente ainda na graduação, quando procurou determinar sua capacidade de tornar o polietileno mais poroso. “Como frutas liberam água, tendem a apodrecer mais rapidamente quando embaladas em saco plástico. Se a embalagem permite uma evaporação mais eficaz, o período de permanência dentro do plástico aumenta. E tivemos sucesso nesta aplicação”, afirma.

O desafio seguinte, apresentado a Giesse pelo professor De Paoli, foi determinar se o componente também poderia estabilizar o polietileno.Realizou-se então um teste comparativo entre o plástico normal e o plástico tratado com o componente. Ambos foram submetidos a radiação ultravioleta por longo período, observando-se que o polietileno tratado teve seu tempo de vida reduzido em mais de 60%. “É um resultado muito importante principalmente para o gerenciamento de resíduos dos lixões”, esclarece.

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