| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 316 - 20 de março a 27 de março de 2006
Leia nesta edição
Capa
Protocolo de Cartagena
Cartas
Veneno de cobra
Linguagem do IC
Vacina eficiente
Plástico em embalagens
História da FCM
Mandarim 10 e 11
Queda salarial
Proteina abrico-de-praia
Tratamento de bovinos
Johnny Alf, Caymmi ...
Vida acadêmica
Livros
Teses
Destaques do portal
Educação não-formal
Mais livros
Esperanto
 

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Cartas

O Mandarim 1

Nota 1.000 para essa série de reportagens que o Jornal da Unicamp está realizando sobre a história da Universidade. Esse resgate sobre a História tardia das Universidades no Brasil foi excelente. Mandei a reportagem para vários colegas Brasil afora. Parabéns. Acho que isso poderia inclusive ter uma publicação especial, através de uma coletânea a ser colocada no Jornal da Unicamp ou algo assim. Muito obrigada pelo seu trabalho.
Profa. Maria Aparecida Azevedo
Pereira da Silva, FEA/Unicamp

O Mandarim 2

Não é a primeira vez que esse tipo de notícia me incomoda. É, porém, a primeira em que me predisponho a contestar. Acho desairosa a forma como o senhor J. Adhemar de Almeida Prado, meu “tio” por afinidade e primo de meu pai, é tratado nos textos de vocês – como se tivesse sido um espertalhão que doou o terreno à Unicamp visando tão somente a valorização imobiliária de suas terras!

Mesmo que assim fosse, ele doou, não doou? E viabilizou uma notável universidade. (...) E de mais a mais, homens de negócio fazem negócio o tempo todo mesmo, é normal para eles. Ainda mais para alguém que era banqueiro, fazendeiro, dono de haras – o Rio das Pedras (que recebeu Elizabeth II aí em Campinas e criou os maiores craques do Brasil), acionista de grandes empresas, não é?

Eu fui criada num desses haras, o Jahu, um paraíso. Lá os empregados tinham assistência médica gratuita, incluindo cirurgias, remédios, transporte, moradia. Suas casas não eram pocilgas, mas casas de gente morar.

Bem, esses eram outros tempos, que talvez vocês não tenham conhecido. Estão perdoados. Porém, por favor, não falem dessa forma do tio Adhemar (e também não do tio Nelson). É injusto. Eu convivi com eles de maneira próxima, semanal, nos haras, nos natais e nas férias de 30 dias em Araçatuba, à beira da piscina, fazendo passeios de avião, pois havia de vez em quando o passeio das crianças (sozinhas com o piloto), tudo muito leve e divertido. Sem diferenças entre pobres, médios e milionários. Foi lá que eu aprendi. Obrigada.
Rita Telles

(Nota: Para maior compreensão do leitor, eis o texto a que se refere a sra. Rita Telles: “Em 1966, Zeferino procurou seu velho amigo João Ademar de Almeida Prado, fazendeiro e rico industrial do ramo de geladeiras, que botou Zeferino num jeep e levou-o a uma vasta planície para os lados do distrito de Barão Geraldo, vizinha da famosa fazenda Santa Genebra, onde um século atrás o barão Geraldo de Rezende recebia o imperador Pedro II e seu séquito. O Napoleãozinho ficou encantado com o que viu: um extenso canavial entre fofas colinas, o solo quase vermelho sob as ramas verdes dos flamboyants, sibipirunas e paus-ferros. Um lago deixava-se ver, quase edênico, entre as folhagens. O lugar ficava a oito quilômetros do centro urbano de Campinas. Convicto, disse: “Será aqui!”. Com a concordância de Almeida Prado – que, sagazmente, transformaria o entorno num grande negócio imobiliário – a gleba foi desapropriada pelo valor simbólico de 1 cruzeiro.)

O Mandarim 3

Prezado jornalista e “unicampianos” que nasceram com a Unicamp ou que em qualquer momento de suas vidas passaram por ela em quaisquer condições, desde alunos, professores, administradores, funcionários ou ainda fazendo parte do imenso grupo de pessoas que dela se beneficiaram, de inúmeras formas. É gratificante vermos com os olhos de hoje a Unicamp que conhecemos e a que temos. É gratificante lembrarmos da infância de uma Universidade quando por essa época éramos adolescentes na vida. Foi para mim imensamente gratificante voltar à Universidade como aluno especial há dois anos, com 53 de idade e então renascer, após ter adentrado a Faculdade de Ciências Médicas com dezoito em 1969 e ter nela permanecido por nove anos (RA 690441).

Agora na maturidade, ainda vejo uma Unicamp jovem e então me identifico com esse espírito que significa em termos práticos continuar crescendo. Em nossa irreverência de estudantes a chamávamos “Sítio do Zefa”. Sim, parecia um sítio, cercado por plantações de algodão, do magnífico reitor Zeferino Vaz, magnífico em todos os sentidos. Nos orgulharemos sempre dessa Unicamp que nasceu pelas suas mãos e que foi feita pelo esforço de muitos nesses 40 anos.
Mário Eduardo Sucissi

ERRATA

No capítulo 9 de O Mandarim, na passagem que diz: “Contam os ‘autos da Devassa’ que o plano de mudar-se a capital do Rio de Janeiro para Vila Rica, hoje São João Del Rei”, leia-se “hoje Ouro Preto”.

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