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Pesquisa mensura concentrações de flavonóis

Na pesquisa feita pela engenheira de alimentos Aline Yashima Bombonati em restaurantes, a couve refogada apresentou as maiores concentrações de flavonóis (Fotos: Antoninho Perri/Divulgaçao)A couve refogada apresentou as maiores concentrações de flavonóis na pesquisa realizada nos laboratórios da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) com quatro tipos de hortaliças. São elas couve, brócolis, vagem e chicória. Os flavonóis pertencem a uma classe dos flavonóides – compostos produzidos pelas plantas e que possuem efeitos benéficos à saúde, entre os quais previnem doenças degenerativas como as cardiovasculares e alguns tipos de câncer. Estes compostos apresentam atividade antioxidante e atuam sequestrando radicais livres e quelando metais que favorecem a formação desses radicais. No entanto, informações sobre os teores de flavonóides em alimentos ainda são limitados e, por isso, a engenheira de alimentos Aline Yashima Bombonati analisou as hortaliças e mais três frutas da Amazônia – buriti, tucumã e pupunha – com o objetivo de incrementar o banco de dados sobre o assunto.

A novidade do trabalho de Aline foi, justamente, a análise de amostras de hortaliças cozidas servidas em três restaurantes de Campinas. “A ideia foi conhecer o teor de flavonóis em alimentos que são consumidos diariamente por um grande número de pessoas e que passam por um processamento com altas temperaturas”, argumenta. Para a pesquisa, ela utilizou três lotes de cada hortaliça e a couve refogada foi a que mais se destacou no estudo, por apresentar uma média de 454 a 670 microgramas por grama de um flavonol denominado quercetina e 169 a 207 microgramas por grama de outro importante flavonol, o kaempferol.

Um resultado que surpreendeu a engenheira foi o relativo aos brócolis comuns crus por conterem teores elevados de flavonóis, comparados ao da variedade ninja, usualmente servido em restaurantes. O comum apresentou 193 microgramas por grama de quercetina e 158 de kaempferol, enquanto que no ninja foram encontrados 32 microgramas por grama de quercetina e 23 de kaempferol.

Segundo Aline Bombonati, de uma maneira geral, houve grande variação nas quantidades de flavonóis em lotes da mesma hortaliça de um mesmo restaurante e entre os diferentes restaurantes, o que poderia indicar uma variação natural da planta ou efeito do processo de preparo do alimento. “Na indústria, hortaliças como o brócolis passam pelo processamento de corte, branqueamento e congelamento que gera perdas de propriedades e, portanto, mais estudos devem ser feitos para uma melhor avaliação das perdas”, declara.

A  couve refogada apresentou as maiores concentrações de flavonóis (Fotos: Antoninho Perri/Divulgaçao)Quanto às frutas da Amazônia, Aline investigou o buriti, tucumã e pupunha, e polpa congelada de pitanga proveniente do Nordeste. Apenas no buriti foram encontrados flavonóis ainda que em pequenas concentrações. A polpa congelada de pitanga apresentou teores menores de flavonóis que os de polpas provenientes do estado de São Paulo, analisadas anteriormente no mesmo laboratório. A ideia que se tinha era que essas frutas, por serem fontes de carotenóides, outro composto extremamente benéfico à saúde, também pudessem apresentar quantidades significativas de flavonóis. “O que se percebeu é que a planta produz predominantemente ou uma ou outra substância. O buriti, por exemplo, é considerada a maior fonte de betacaroteno, mas pobre em flavonóis. Estes compostos são sintetizados a partir de um mesmo precursor e o que se verificou é que dificilmente a planta produz os dois compostos em altas quantidades”, afirma.


 

 
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