| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 367 - 13 a 19 de agosto de 2007
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Estudo mostra as diferenças entre o requeijão tradicional e os similares

RAQUEL DO CARMO SANTOS

A engenheira de alimentos Clarissa Reschke Cunha: alguns produtos trazem ingredientes não-lácteos  (Foto: Antoninho Perri) E studo realizado na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) traçou um perfil das marcas de requeijão e das especialidades lácteas oferecidas nos supermercados de Campinas. Segundo a engenheira de alimentos Clarissa Reschke Cunha, as embalagens das especialidades lácteas são muito parecidas com as do requeijão tradicional, o que pode confundir facilmente o consumidor distraído.

Embalagens parecidas
confundem consumidor

Especialidade láctea é a denominação para produtos feitos com a mesma técnica do requeijão, mas mediante adição de ingredientes não-lácteos, como gordura vegetal e amido. Clarissa Cunha afirma que, por enquanto, não existe legislação específica para esta área, o que acaba gerando vários equívocos.

O requeijão cremoso deve ser feito a partir do leite, mas produtos semelhantes trazem outros ingredientes na formulação. Mesmo não sendo considerados como requeijão, em tais produtos a inscrição “especialidade láctea” não aparece em destaque. Atualmente, os fabricantes estão optando por outras inscrições, como por exemplo: “requeijão cremoso adicionado de gordura vegetal ou amido”.

Em determinadas marcas de especialidades lácteas, a engenheira de alimentos encontrou um teor de umidade acima do recomendável e pouca quantidade de proteínas. “O alto teor de umidade do produto pode indicar que estão adicionando água em proporções exageradas”, esclarece.

Em uma segunda etapa da pesquisa, Clarissa Cunha desenvolveu análogos de requeijão cremoso como alternativa para a fabricação de um produto com o custo reduzido. No processamento realizado nos laboratórios da FEA, ela conseguiu eliminar diversas etapas de produção.

“O análogo é muito parecido com o requeijão cremoso, mas não pode ser assim chamado. Isso porque o produto tradicional é feito do leite, enquanto a formulação alternativa traz ingredientes anidros, como a proteína do leite em pó, podendo-se ainda adicionar matérias-primas mais baratas, como gorduras ou óleos vegetais”, explica.

A pesquisa avaliou quatro tipos de sais emulsificantes e três tipos diferentes de gordura, sendo que com alguns deles as análises sensoriais e os testes de laboratório indicaram boa aceitação e um produto com características funcionais consideradas adequadas. A proposta, segundo Clarissa Cunha, foi analisar o efeito desses ingredientes a fim de estabelecer um parâmetro para o análogo de requeijão cremoso.

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