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FBI certifica software de
empresa abrigada na Incamp



MANUEL ALVES FILHO

Iron Daher, proprietário da Griaule: reconhecimento à eficiência do software

Software desenvolvido pela Griaule Reconhecimento de Impressões Digitais, empresa abrigada na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp), acaba de ser certificado pelo Federal Bureau of Investigation (FBI), a polícia federal dos Estados Unidos. Oficialmente, o documento abre a perspectiva para que a tecnologia seja adquirida pelo governo norte-americano. Na prática, porém, o programa de computador obtém a aprovação de um dos mais importantes organismos de segurança pública do mundo, o que facilita a sua entrada no mercado internacional.

De acordo com Iron Daher, proprietário da Griaule, o certificado conferido pelo FBI é um reconhecimento à eficiência do software. A idéia de submeter a tecnologia à aprovação da polícia federal norte-americana surgiu em fevereiro passado, quando a empresa participou do “I Brazil Technology Day”, evento promovido em Washington pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e Turismo do Estado de São Paulo (SCTDET) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT). “Nós voltamos tão empolgados com a repercussão da mostra, que decidimos enviar os dados necessários para a certificação do FBI”, explica Daher.

O software, conforme o empresário, tem várias aplicações, mas a principal delas está na área de segurança pública. O programa é capaz de promover a identificação de uma impressão digital a partir de um banco de dados, como os mantidos pelas secretarias de Segurança Pública. Recentemente, lembra Daher, a Polícia Federal brasileira adquiriu tecnologia semelhante, mas desenvolvida na França. Foram investidos US$ 39 milhões no programa, que operará junto a um banco com 5 milhões de pessoas cadastradas. Se tivesse optado pelo produto da Griaule, assegura o empresário, a PF poderia ter economizado um bom dinheiro, sem que houvesse perda de qualidade. “As tecnologias não têm diferenças notáveis entre si em qualidade”, afirma.

No caso de um banco de dados como o da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, formado pelas impressões digitais de aproximadamente 30 milhões de pessoas, a economia pode ser ainda maior, na faixa de algumas dezenas de milhões de dólares, caso o investimento seja feito no software nacional. Isso sem falar no ganho de tempo, pois a identificação por meio da tecnologia é feita automaticamente, em questão de segundos. Atualmente, o processo é muito demorado, já que é realizado de forma manual. “O Ministério da Justiça aprovou recentemente uma verba de R$ 700 milhões para a modernização das polícias brasileiras. Nós acreditamos que, em razão disso, o maior mercado para o nosso produto seja mesmo o da segurança pública, pelo menos pelos próximos cinco anos”, analisa Daher.

A software desenvolvido pela Griaule já é utilizado pela Secretaria de Segurança Pública do Tocantins, com excelentes resultados, segundo o empresário. Lá, o banco de dados conta com cerca de 1 milhão de impressões digitais cadastradas. “Atualmente, todas as cédulas de identidade confeccionadas pelo Estado passam pelo nosso sistema”, relata Daher. A tecnologia tem, ainda, outras aplicações. Uma delas é o controle de acesso e ponto de empresas privadas e repartições públicas.
O sistema, garante Daher, apresenta uma série de vantagens sobre os modelos convencionais. Estes, afirma, fazem apenas a verificação dos sinais. Atualmente, quando uma pessoa chega em seu local de trabalho, ela é obrigada a digitar uma senha antes de colocar o dedo indicador direito diante de um sensor. Somente depois dos dois procedimentos é que o trabalhador tem a entrada permitida e o ponto, registrado. O sistema da Griaule, afirma Daher, dispensa a senha. “Assim que a pessoa coloca o dedo no coletor, o equipamento identifica imediatamente a quem pertence aquela impressão digital e mostra no display o nome dela e o número da sua matrícula. Paralelamente, o sistema libera o acesso e marca o ponto”, explica. O tempo gasto, nesse caso, é três vezes menor, o que evita filas nos horários de entrada e saída do trabalho.

 

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