Imagem fundo branco com escrita a esquerda "Vozes e silenciamentos em Mariana. Crime ou desastre ambiental?", no lado direito mapa com a extensão do desastre.

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Da água para a lama

Linha do tempo registra as primeiras horas depois do rompimento da barragem do Fundão

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As primeiras 26 horas após a tragédia de Mariana mudaram a vida da cidade “da água para a lama”. Na lama perderam-se vidas, um vilarejo inteiro foi destruído, além dos impactos ambientais ainda imensuráveis, na fauna e na flora, ao longo de todo o Rio Doce.

A lama que atingiu o vilarejo destruiu tudo que os moradores possuíam, inclusive seus sonhos.

Neste capítulo, há uma linha do tempo que registra os principais acontecimentos nas 26 horas seguintes ao primeiro tremor, às 14h, seguido do rompimento da barragem de Fundão, em Bento Rodrigues, subdistrito de Mariana, exatamente às 15h do dia 5 de novembro de 2015. A linha do tempo é traçada a partir de informações dos diferentes meios de comunicação e se estende até as 18h09 do dia seguinte.


Linha do Tempo: as primeiras 26 horas

Reprodução14h00 - Primeiro tremor: Andrew Oliveira, 22 anos, foi um dos primeiros funcionários da Samarco a falar com jornalistas, relatando que próximo ao meio-dia (horário do almoço) sentiu tremores dentro da empresa; contudo, foi informado que era normal e que deveriam continuar trabalhando. Por volta das 16h30, os tremores voltaram intensamente, provocando pânico. “Na hora que olhei para o chão, estava todo rachado e comecei a correr”, disse Andrew. Em entrevista posterior concedida à revista Veja, o engenheiro da Samarco Germano Silva Lopes admitiu que os funcionários notaram um tremor vindo da barragem de Fundão, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, cerca de 40 km do centro da cidade de Mariana. Contudo, sua vistoria não constatou nenhuma irregularidade.

15h00 - Rompimento e vistoria: Nessa mesma entrevista à Veja, o engenheiro Lopes, da Samarco, afirmou que a ruptura da barragem de Fundão ocorreu apenas uma hora após a vistoria. Disse, ainda, que o tremor também provocou a queda de uma segunda barragem, a de Santarém, ocasionando o despejo de cerca de 60 milhões de toneladas de lama sobre o subdistrito de Bento Rodrigues. Cabe perguntar que tipo de vistoria foi realizada, que não detectou os problemas pouco tempo antes da tragédia.

15h30 - Restou a sorte: A população, até então sem consciência da tragédia iminente que sofreria, não recebeu nenhum aviso sonoro. Apenas alguns poucos telefonemas não foram suficientes para salvar 19 vítimas da tragédia. Restou a “sorte” às vidas que foram salvas. A sorte, para muitos, tem nome: Paula Alves, moradora local. Assim que soube do rompimento da barragem, pegou sua moto e percorreu o vilarejo avisando sobre a lama que escorria, cobrindo tudo à sua frente. Gritava e pedia a todos que corressem aos pontos mais altos. Sem ela, muitas outras mortes poderiam ter ocorrido.

Reprodução“Lá a gente é uma família, uma comunidade pequena, onde todo mundo conhece todo mundo. E acho que Deus que me mandou porque a moto nem anda muito e a moto voou. Minha esperança é de que eles façam uma vila Bento Rodrigues. E eu tenho vontade de que todos nós fiquemos juntos de novo.” (Alves)

Como justificativa pela falta de aviso à população, o coordenador de projetos da Samarco, engenheiro Germano Silva Lopes, informou que optou por colocar em prática a Lei nº 12.334, de 2010, que estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens.

“Não temos esse aviso [sonoro]. A lei de segurança das barragens é a 12.334, de 2010, e nós a cumprimos integralmente.” (Germano Silva Lopes)

A falha da legislação, o silêncio de uma mineradora e suas acionistas multinacionais como a Vale e a BHP Billiton, versus a ação de uma moradora.

 

Reprodução16h49 - Primeira notícia na mídia sobre a tragédia: Em seu portal online – Portal Uai –,
o Estado de Minas foi o primeiro a noticiar o rompimento das barragens, e continuou informando, continuamente, sobre os desdobramentos do fato. O trecho abaixo faz o registro inicial dos acontecimentos.

Parte da Barragem Fundão da mineradora Samarco, no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, se rompeu na tarde desta quinta-feira. De acordo com as primeiras informações do Corpo de Bombeiros, duas viaturas estão sendo deslocadas para o local. Existe a possibilidade de que pessoas tenham ficado ilhadas e outras sido soterradas.” (Portal Uai)

   17h30 - Não foi a primeira vez: O Portal Diário do Aço, de Minas Gerais, foi o segundo veículo a divulgar a tragédia, realizando cobertura com imagens aéreas da devastação. Destacou em sua reportagem que essa não era a primeira vez que Minas Gerais sofria esse tipo de desastre ambiental, relatando as anteriores, com registros de pelo menos duas décadas:

Histórico de tragédias com barragens em MG:

Reprodução1986 - Barragem rompe na mina de Fernandinho/Itabirito

2001 - Barragem rompe em Macacos, Belo Horizonte 

2003 - Barragem de resíduos rompe em Cataguases-MG

2007 - Barragem da mineradora Rio Pomba rompe em Cataguases-MG 

2014 - Barragem da Herculano Mineração rompe em Itabirito 

Em Minas Gerais, um estado em que a mineração é parte importante de sua economia, o rompimento de suas múltiplas barragens retrata o descaso e a omissão do poder público e das empresas. Deixaram a lama soterrar vidas e sonhos.

17h35 - Nota da Prefeitura de Mariana: A Prefeitura de Mariana encaminhou à mídia uma nota oficial, duas horas e trinta e cinco minutos depois do rompimento da barragem de Fundão. Na nota, dá informações sobre a tragédia e a atuação das equipes de salvamento. A pedido da Samarco, a Prefeitura solicitou que os moradores de Bento Rodrigues evacuassem a área imediatamente.

Reprodução“Houve o rompimento da Barragem de Fundão, da Samarco Mineração, atingindo parte do distrito de Bento Rodrigues, zona rural, distante 23 quilômetros de Mariana. As equipes do Corpo de Bombeiros, agentes da Guarda Municipal e Defesa Civil municipal estão no local neste momento para avaliação dos danos.“ (Prefeitura Municipal de Mariana-MG)

17h40 - Chegada de ajuda: A equipe de reportagem do Estado de Minas/Portal Uai, em cobertura ao vivo, informa que apenas às 17h40 a ajuda da Prefeitura chegou ao local da tragédia.

Helicópteros da Polícia Civil, da Polícia Militar e da equipe de emergências ambientais sediados em Belo Horizonte estão a caminho da Barragem do Fundão, distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, que se rompeu por volta das 16h30 de hoje. Também estão sendo enviadas equipes de resgate do Corpo de Bombeiros.” (Portal Uai)

 

17h41 - Primeira foto da tragédia: As redes sociais postam as primeiras fotos registradas por sobreviventes. As informações e imagens são compartilhadas rapidamente para amigos, parentes e conhecidos para alertá-los sobre a tragédia.

Reprodução18h02 - Samarco: Três horas depois do rompimento da barragem de Fundão, a assessoria de Imprensa da Samarco ainda informava ao Portal Uai, do Estado de Minas, que apurava o acontecido.

De acordo com a assessoria de imprensa da Samarco Mineradora, a informação de rompimento ainda não está confirmada e a diretoria da empresa está reunida para apurar o caso.” (Portal Uai)

O despreparo da Samarco frente à crise está claro, assim como eram as águas do Rio Doce. A cada silenciamento ou refugo, a Samarco coloca em cheque seu slogan/assinatura: Desenvolvimento com envolvimento.

18h07 - Chegada dos bombeiros: Três horas após o rompimento das barragens, três viaturas, um helicóptero e uma equipe com cão de busca do Corpo de Bombeiros de Belo Horizonte se deslocaram para prestar auxílio às vítimas.

18h16 - Descrição da situação: Quarto veículo a informar sobre a tragédia de Mariana, e o primeiro a apurar que a lama despejada era de fato tóxica, O Globo destacou a cena desoladora que encontrou em Bento Rodrigues.

“O comandante do Corpo de Bombeiros de Mariana, Adão Severino Júnior, afirmou que o número de mortos pode passar de 40. Segundo a Polícia Militar, a lama chegou a 2 metros e meio de altura e atingiu uma distância de oito quilômetros da barragem. Cerca 600 moradores vivem no distrito de Bento Rodrigues (…) De acordo com Adão Severino Júnior, a lama é tóxica: ‘Onde passa, não nasce nem capim’.” (O Globo)

 

Reprodução18h17 - A tragédia assumida: Pressionada a prestar informações, três horas e dezessete minutos após a tragédia, a Samarco, enfim, encaminhou uma nota à imprensa admitindo o rompimento da barragem, e informando que já havia tomado providências para ajudar as vítimas. Informa que houve rompimento de sua barragem de rejeitos denominada Fundão, nos municípios de Ouro Preto e Mariana (MG). As autoridades, de acordo com a empresa, foram devidamente informadas e as equipes responsáveis já estavam no local prestando assistência.

18h25 - Samarco na internet: Em sua página no Facebook, a Samarco assume, finalmente, que houve um acidente nas barragens. Três longas horas e vinte e cinco minutos depois, o meio de comunicação escolhido pela segunda maior mineradora do país para falar a todos, e em especial à população atingida pela tragédia, sem acesso a sinal telefônico, é a internet.

"A Samarco informa que houve um acidente em sua barragem denominada Fundão, localizada na unidade de Germano, nos municípios de Ouro Preto e Mariana (MG). A organização está mobilizando todos os esforços para priorizar o atendimento às pessoas e a mitigação de danos ao meio ambiente. As autoridades foram devidamente informadas e as equipes responsáveis já estão no local prestando assistência. Não é possível, neste momento, confirmar as causas e extensão do ocorrido, bem como a existência de vítimas. Por questão de segurança, a Samarco reitera a importância de que não haja deslocamentos de pessoas para o local do ocorrido, exceto as equipes envolvidas no atendimento de emergência."

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​Reprodução18h27 Roteiro do ocorrido: O Estadão apresentou a primeira cobertura completa da tragédia, mesmo sem conseguir mensurar, ainda, sua proporção, que dependia de avaliação técnica.

18h31 - A culpa é de quem? Tsunami de lama” foi como começou a reportagem da Folha de S. Paulo, que além de apresentar em detalhes a tragédia, destacou a fala de Sergio Moura, diretor do Sindicato Metabase de Mariana (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Mineração de Mariana) apontando, ainda, como responsável pela tragédia os abalos sísmicos sentidos na região.

“Segundo Moura, a Samarco disse que houve abalos sísmicos na região às 14h. O Observatório da USP registrou, a 22km do local, tremor de 2,55 na escala Richter, mas considerado de baixo impacto (com até 3 na escala, nem costuma ser sentido pelas pessoas). O rompimento ocorreu uma hora e meia depois.” (Folha de S. Paulo)

18h49 - Confirmação de feridos: O site de notícias UOL confirma a existência de feridos e mortos, destacando a dificuldade no resgate de sobreviventes.

“O hospital Monsenhor Horta, em Mariana, confirma ter recebido cinco vítimas do rompimento. Uma delas já chegou morta, segundo a assessoria de imprensa do hospital. Segundo o vice-presidente do Sindicato Metabase Mariana, Ângelo Eleutério, que estava na portaria da mineradora, a vítima, um fiscal, teria sofrido uma parada cardíaca ao ver o desabamento. As outras quatro pessoas passam bem.” (UOL)

​Reprodução18h59 - Abastecimento de água de BH: Ainda sem mensuração da proporção da tragédia, restou à Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) começar o monitoramento dos mananciais que compõem a bacia do Rio das Velhas – um dos sistemas que abastece a região metropolitana de Belo Horizonte. O monitoramento é realizado a partir da previsão de por onde passariam os rejeitos das barragens.

19h01 - Ministério Público decide agir: A pedido do Ministério Público de Minas Gerais, instaurou-se inquérito para investigar as causas e responsabilidades no rompimento da barragem. A apuração ficou a cargo do promotor de Justiça Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador da Promotoria de Meio Ambiente, que enviou sua equipe ao local para análise da tragédia. A última vistoria nas barragens, segundo a Samarco, teria acontecido há um ano.

19h27 - Veiculação na TV aberta: A TV Globo apresentou em rede nacional um resumo da tragédia com imagens ao vivo do local. A cobertura tardia da grande mídia deve-se, também, à dificuldade de chegar ao local, tomado por lama.

​Reprodução19h36 - Boatos: Não bastando o desespero já instalado no local da tragédia, chegou a informação de que mais uma barragem havia se rompido. Mesmo sem confirmação, alguns veículos de notícias diziam que se tratava de parte de uma das barragens já rompida que havia cedido mais um pouco.

“Há informações de que mais uma parte da barragem teria se rompido, há pouco, agravando mais a situação, que já é crítica. Samarco ainda não confirma.” (Portal G1 MG)

19h48 - Chegada de mais ajuda: Devido à dificuldade de acesso ao local da tragédia – conforme relatado por várias equipes de salvamento e notícias de que muitos ainda estavam no local da tragédia –, a Defesa Civil enviou duas equipes com o apoio de quatro aeronaves da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Belo Horizonte para sobrevoar o local em busca de vítimas e localização de sobreviventes.

20h00 - Prefeito de Mariana: Duarte Júnior, prefeito de Mariana, reuniu-se com representantes da Samarco antes de se dirigir ao local do acidente, às 20h, cinco horas após o rompimento da barragem. A Prefeitura disponibilizou equipes médicas, enfermeiros e funcionários públicos para auxílio aos sobreviventes.

​Reprodução20h08 - Mobilização: Após muitos pedidos, por todos os meios de comunicação, a ajuda humanitária começou a chegar. Os donativos foram levados aos sobreviventes desabrigados pela tragédia, alojados no ginásio Arena Mariana.

20h11 - De quem é a culpa, mesmo? Redações de alguns veículos receberam a informação de que a Associação Comunitária do subdistrito de Bento Rodrigues havia feito um alerta ao governo, antes da tragédia. O estudo de Percepção Ambiental (descrito no Estudo de Impacto Ambiental) para a construção das barragens no local do acidente apontava um volume muito grande de lama em período chuvoso e a falta de pavimentação asfáltica na estrada de acesso ao subdistrito.

20h49 - Mortos e desaparecidos: O Sindicato Metabase Mariana foi a público informar que, no momento da tragédia, 30 funcionários de uma empresa terceirizada trabalhavam para esvaziar as áreas próximas ao vazamento da barragem. Acreditava, que, mesmo sem dados oficiais, 15 trabalhadores tivessem morrido; e outros 45, desaparecido.

21H37 - Sem sirene para alertar a população: Além de todos os detalhes sobre a tragédia, o jornal El País alertou sobre a falta de aviso à população em caso de acidentes desse tipo.

​Reprodução“Jornais locais informaram que a mina não possuía uma sirene para alertar os moradores do entorno em caso de acidente, o que pode ter atrasado a evacuação da população.” (Repórter Heloísa Mendonça)

22h12 - Nem todos quiseram abandonar suas casas: Devido à falta de informações, orientações ou garantias por parte da Prefeitura de Mariana, aqueles que ainda possuíam suas residências – ou parte delas – se recusaram a deixar suas casas.

“Todas as reivindicações serão ouvidas. Ninguém pode sofrer uma tragédia dessas e não saber onde vai ficar. É preciso ter o mínimo de atendimento, de recurso para essas pessoas ficarem tranquilas.” (Prefeito Duarte Júnior).

22h22 - O distrito não existe mais: Crianças no caminho da lama? O Sindicato Metabase Mariana continuou sua denúncia contra a Samarco, informando que não havia um plano de evacuação da região, ao redor da barragem. Lembrou das crianças da escola municipal no caminho da lama.

“Muita gente pode ter morrido por não conseguir sair a tempo. O que aconteceu foi uma irresponsabilidade. Não temos até agora informação sobre as crianças dessa escola. Todas as informações são sonegadas e ninguém tem até agora, oficialmente, a dimensão desse acidente, mas sabemos que foi muito grave. O distrito de Bento Rodrigues não existe mais.” (Ronaldo Alves Bento, diretor do Sindicato)

​​Reprodução “As crianças e adultos em programa de alfabetização e funcionários de uma das escolas municipais no caminho da lama foram alertados pela diretora Eliene. Professores como Paulo Leandro Freitas Eleutério e a secretária Miriam Guimarães, em meio ao choro das crianças, as levaram às pressas, algumas de ônibus, outras a pé, para o ponto mais alto da cidade, onde viram a lama soterrar tudo em aproximadamente cinco minutos.” (Sindicato Metabase)

22h47 - Solidariedade: Chegaram na Arena Mariana, onde os sobreviventes estavam abrigados, mais donativos. Centenas de pessoas se cadastravam para ajudar os desabrigados. A solidariedade abrandou a falta de comprometimento da Samarco, origem de toda tragédia.

23h08 - Garantias: Duarte Junior, prefeito de Mariana, conversou com os moradores de Bento Rodrigues que se recusavam a deixar suas residências, para garantir que seriam levados a abrigos com o mínimo de dignidade.

​​​Reprodução23h33 - Ilhados: Chegou à imprensa o levantamento realizado pelos voluntários na Arena Mariana, para onde foram levados alguns dos moradores de Bento Rodrigues, indicando que de 100 a 200 pessoas ainda estavam ilhadas na parte alta da cidade aguardando resgate.

 


6 de novembro de 2015 – Depois/O dia seguinte

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​​​​Reprodução 00h24 - Samarco publica vídeo na internet: Na rede social Facebook, Ricardo Vescovi, diretor-presidente da Samarco, lamentou o ocorrido e solicitou que, por questão de segurança, nenhuma pessoa, além dos profissionais qualificados, deveria se dirigir ao local do acidente. Também reiterou que estava tomando providências para atender a todos os envolvidos e garantir a integridade das pessoas que estavam ou residiam próximo às barragens. 

“Nós lamentamos profundamente e estamos muito consternados com o que aconteceu. Estamos absolutamente mobilizados para conter os danos causados por esse trágico acidente.” (Ricardo Vescovi)

00h30 - Novos alagamentos: A Defesa Civil, preocupada com o caminho que os detritos seguiam – o curso da bacia do Rio Doce –, apurou possíveis alagamentos e prováveis novos atingidos.

 

00h45 - “A ficha começa a cair”: As pessoas, naquele momento se sentindo mais seguras, começaram a dar testemunho sobre o ocorrido e as suas consequências. Benilde Madeira, pescador, com os olhos cheios de água dá entrevista a Ricardo Senra, da BBC Brasil, e emociona-se ao ver suas lembranças, seu rio e seu trabalho perdidos.

​​​​Reprodução “[Pescar] era meu lazer, era a minha vida, né? Conviver ali na natureza, comer peixe que você sabe que não tem toxina... Por menos que eu retirasse do rio (a pesca) era minha sobrevivência, minha autonomia. Eu chorei naquele momento de tristeza, de revolta. Agora não tenho como sobreviver no meu próprio país, no meu território, nem como tomar um banho sequer no meu rio.” (Benilde Madeira)

00h56 - Arquidiocese de Mariana: Em nota disponibilizada à imprensa, dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo da arquidiocese de Mariana, lamentou o ocorrido e confortou a população. Pediu apuração e justiça para garantir que não mais acontecesse tamanha tragédia.

“Rogamos a Deus fortalecer e consolar, com seu amor generoso, todos os que foram atingidos por esse acidente. A fé nos aqueça a esperança, nos estimule a solidariedade para diminuir a dor que é de todos os marianenses e que deixa enlutados este município e o estado de Minas Gerais. Nossa Senhora da Assunção e São José, padroeiros de nossa Arquidiocese, intercedam por todos nós neste momento de profunda dor e grande sofrimento.” (Dom Geraldo Lyrio Rocha)

06h30 - A lama chega à Usina Hidrelétrica Risoleta Neves: A lama atingiu a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, a cerca de 100 quilômetros de Mariana, e a oito quilômetros de Santa Cruz do Escalvado. Foi elaborado um vídeo registrando tudo pelo empresário Guilherme Tuzi Pereira, responsável pela empresa Candonga, que cuida do local da usina.

07h03 - Abrigo: Cerca de 50 famílias chegaram ao longo da madrugada na Arena Mariana e no Centro de Convenções pedindo abrigo. Mesmo no dia seguinte à tragédia, nem todos estavam instalados, apesar das garantias da Prefeitura e da Samarco.

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​​​​​Reprodução07h20 - Palavra do governador: “Não sabemos a extensão, mas sabemos que é muito grave”, afirmou o governador Fernando Pimentel na manhã depois do acidente. Prometeu que o governo iria apurar com rigor os motivos que levaram ao rompimento.

07h27 - Samarco: rompimento de duas barragens: Ricardo Vescovi, diretor-presidente da Samarco, foi a público afirmar que, ao contrário do que vinha sendo noticiado, até o momento, a inundação sofrida por Bento Rodrigues não foi causada apenas por uma das barragens, mas por duas delas – Fundão e Santarém.

07h45 - Realidade: Na manhã do dia seguinte à tragédia, é possível ter uma real noção de como ficou Bento Rodrigues. Estradas, ruas e terrenos foram devastados. O cheiro dos rejeitos de minério de ferro chegou a ser insuportável, o que prejudicou, e muito, o resgate às vítimas.

08h20 - Tragédia é destaque no mundo todo: O desastre ambiental de Mariana ocupa as primeiras páginas dos jornais internacionais. Manchetes reforçam dificuldades no resgate das vítimas.

08h32 - Esperança: Sobreviventes continuaram a chegar na Arena Mariana, reencontrando amigos e familiares.

​​​​​Reprodução08h59 - Corpo de Bombeiros informou que, graças à ajuda de helicópteros e voluntários, haviam sido resgatados 500 sobreviventes até aquele momento. A lama chegou a atingir 60 quilômetros de distância da barragem.

09h15 - Estado de emergência: Enfim, a Prefeitura de Mariana decretou estado de emergência, alertando ao mesmo tempo seus cidadãos para a nova situação, além de avisar às agências governamentais sobre a implementação de planos de emergência.

09h22 - Encerramento do resgate a sobreviventes: O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil informaram que o resgate das vítimas estava em sua fase final. A partir daquele momento, os esforços seriam direcionados aos desaparecidos, dentre eles Ednaldo de Oliveira de Assis e Waldemir Aparecido Leandro, funcionários que estavam no local do acidente. Uma equipe iria até os sobreviventes colher informações para ajudar na localização. 

09h26 - Lama atinge cidade vizinha: Aproximadamente nesse horário, uma das cidades vizinhas de Mariana, Barra Longa, foi atingida pela lama. A cidade tem 5,7 mil habitantes. Enquanto isso, em nota, a Samarco estaria “contendo danos”. Como conter a rota da lama?

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​​​​​​Reprodução09h30 - Plano de Ação da Samarco: A Samarco foi novamente a público, dessa vez para informar que colocou em prática seu Plano de Ação (Plano de Ação Emergencial de Barragens, validado pelos órgãos competentes, Lei nº 12.334 de Segurança de Barragens, de 2010) para garantir o atendimento às vítimas do acidente. Até aquele momento não era possível mensurar o número de vítimas e de desaparecidos. A empresa reitera, mais uma vez, que as barragens (compostas por quatro estruturas: barragens de Germano, Fundão, Santarém e Cava de Germano) possuíam licenças de operação concedidas pela Superintendência Regional de Regularização Ambiental (SUPRAM) – órgão que, nos recorrentes processos de fiscalização, atestavam o comportamento e a integridade das estruturas.

A última fiscalização ocorreu em julho de 2015 e indicou que as barragens encontravam-se em totais condições de segurança. A Samarco também realiza inspeções próprias, conforme Lei Federal de Segurança de Barragens, e conta com equipe de operação em turno de 24 horas para manutenção e identificação, de forma imediata, de qualquer anormalidade. O rejeito é inerte. Ele é composto, em sua maior parte, por sílica (areia) proveniente do beneficiamento do minério de ferro e não apresenta nenhum elemento químico que seja danoso à saúde.” (Samarco)

​​​​​​Reprodução​​​​​​09h38 - Corpo de Bombeiros: O efetivo do Corpo de Bombeiros continuou aumentando – naquele momento, 105 militares e 20 viaturas.

10h00 - Site da Samarco sai do ar: Após muitos acessos ao site da Samarco em busca de informações, e também para exigir justiça, ele saiu do ar. Em seu lugar, foi colocada uma nota sobre problemas técnicos, pedindo que população se direcionasse à página da empresa no Facebook. Em meio ao caos estabelecido, a empresa usa apenas a internet como meio de comunicação.

10h43 - Tremores: Consultado pelos jornalistas, o professor George Sandes, do Observatório da Universidade de Brasília (UNB), confirmou que houve tremores registrados na região de Mariana: o primeiro, às 14h12, com intensidade de 2,5 graus na Escala Richter; o segundo, um minuto depois, de 2,7 graus. Contudo, o especialista afirmou que sem um estudo aprofundado não seria possível garantir que essa tenha sido a causa do acidente: “Caberá ao pessoal da geotecnia avaliar se a barragem em Mariana estava em condições de suportar esse tipo de atividade sísmica”.

10h57 - Vítimas: Até aquele momento, havia uma divergência de informações sobre a quantidade de desaparecidos. O Corpo de Bombeiros afirmava que seriam 13 desaparecidos, 1 morte confirmada e 4 feridos. Em entrevista, o governador Fernando Pimentel falou em 16 desaparecidos. Já a Samarco acreditava não ser possível calcular os números. As vítimas começaram a deixar o ginásio de Mariana a caminho do distrito de Antônio Pereira, onde foram disponibilizadas oito casas e um alojamento.

​​​​​​Reprodução11h34 - A lama chegou ao Rio Doce: A lama e os rejeitos do rompimento das barragens da Samarco, em Mariana, na região central de Minas Gerais, atingiram o Rio Doce, um dos maiores rios do estado, deixando um rastro de morte no caminho.

12h00 - Alerta: O Serviço Geológico do Brasil iniciou a operação de monitoramento contínuo (24 horas) do Sistema de Alerta da bacia do Rio Doce, abrangendo diversos municípios do leste de Minas Gerais e do Espírito Santo. Equipes técnicas foram mobilizadas para acompanhar os níveis do rio 24 horas, em tempo real, ao longo da calha do Rio Doce. Era grande a probabilidade de que as enchentes provocadas pelos rejeitos da barragem chegassem a outras 15 cidades pela bacia do Rio Doce: Ponte Nova, Nova Era, Antônio Dias, Coronel Fabriciano, Timóteo, Ipatinga, Governador Valadares, Tumiritinga, Resplendor, Galileia, Conselheiro Pena e Aimorés, em Minas Gerais; e Baixo Guandu, Colatina e Linhares, no Espírito Santo. Até aquele momento, seis distritos já tinham sido atingidos: Bento Rodrigues, Paracatu, Águas Claras, Ponte do Gama, Barra Longa e Pedras. 

12h21 - Energia cortada: Em nota, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), afirmou que ainda não era possível reestabelecer o fornecimento de energia, uma vez que o rompimento da barragem destruiu toda a rede elétrica da empresa. Devido à gravidade do acidente, não foi possível à Cemig verificar a extensão do problema. Para garantir a segurança da população, a rede elétrica foi desligada durante a noite de quinta-feira (5 de novembro de 2015), a partir do distrito de Monsenhor Horta, deixando 1.014 clientes sem energia. E o meio de comunicação escolhido pela empresa foi, mais uma vez, a internet, que depende exclusivamente do bom fornecimento de energia.

12h44 - Varredura: Uma força-tarefa começou a fazer uma varredura pelo percurso da lama para encontrar sobreviventes. O coronel Helbert Figueiró informa que pelo menos três povoados foram atingidos e que equipes dos bombeiros estão percorrendo essas regiões para tentar localizar possíveis vítimas.  Disse ter recebido informação da Samarco de que o material não era tóxico. “Temos uma informação segura a esse respeito. A barragem tinha dejetos de minérios, sem toxidade”, garantiu.

​​​​​​Reprodução“Será preciso muito trabalho ainda, para resgate de pessoas ilhadas, localização de desaparecidos, identificação de vítimas e retirada da lama que está bloqueando estradas, o que exigirá uso de maquinário.“ (Coronel Helbert Figueiró)

13h38 - Chuva: Começou a chover forte em Mariana, prejudicando os trabalhos de resgate às vítimas.

14h14 -  Governo Federal: Em um sobrevoo às áreas atingidas, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e o Secretário Nacional da Proteção e Defesa Civil, Adriano Pereira, reforçaram a importância de resgatar e identificar as pessoas desaparecidas. A equipe do governo também visitou o Arena Mariana, e se reuniu com a empresa Samarco e a prefeitura de Mariana para tratar das consequências da tragédia.

14h38 - Mais vítimas: Corpo de Bombeiros de Belo Horizonte confirmou a segunda morte e mais um desaparecido. Também foram divulgadas imagens do local da tragédia.

14h47 - Vale Mineradora: A Vale Mineradora, acionista da Samarco, comunicou seu pesar pela tragédia apresentando solidariedade às vítimas, familiares e comunidades atingidas. A Vale também comunicou que, além de acionar o plano emergencial da Samarco, estava oferecendo apoio às autoridades locais.

​​​​​​​Reprodução15h08 - Entrevista coletiva: O presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, e o técnico Germano Silva dão entrevista coletiva à imprensa. Ricardo Vescovi afirmou que recebeu a informação do rompimento da barragem do Fundão por volta das 15h, e que imediatamente pediu às autoridades responsáveis que colocassem em prática o plano de emergência da empresa. Logo em seguida, obteve a notícia do rompimento da segunda barragem, Santarém, constituída apenas por água, provocando uma enorme onda de rejeitos. Contou que a Samarco estava realizando uma obra na barragem para aumentar sua capacidade, chamada de alteamento. Vescovi admitiu que não houve um sinal sonoro de alarme. Segundo ele, a população foi avisada por telefone. Mas não soube precisar o número de telefonemas dados.

“Infelizmente, no momento do acidente, tínhamos pessoas trabalhando sobre a Barragem do Fundão e há, neste momento, 13 pessoas desaparecidas. Uma que teve o óbito confirmado logo que foi resgatada, pois teve um ataque cardíaco. Todos são funcionários de empresas contratadas e um é funcionário da Samarco. É importante relatar que essas operações da barragem de Fundão e Santarém são regulares, licenciadas, monitoradas dentro do melhor padrão que a gente conhece de monitoramento de barragens, dentro do que a técnica preconiza. O plano de emergência também foi aplicado integralmente, com as autoridades avisadas e a mobilização acontecendo imediatamente.” (Ricardo Vescovi)

16h25 - E a devastação continua: Duarte Junior, prefeito de Mariana, confirmou que o distrito Gesteiras também foi atingido pelos rejeitos.

16h55 - Banho de lama: Após manifestação da Samarco, em coletiva de imprensa, afirmando que os rejeitos das barragens não eram tóxicos, muitos decidiram tomar banho e brincar nos bolsões de lama.

17h07 - Alerta de tempestade: A PUC-Minas emitiu um alerta, no qual informava a possibilidade de pancadas de chuva atingirem a região de Mariana.

18h09 - Inquérito: O Ministério Público de Minas Gerais informa que ainda na tarde de quinta-feira havia sido instaurado inquérito para avaliar as causas do acidente.

"Vamos apurar de maneira transparente e rigorosa quais são as causas desta tragédia para que seja dada uma resposta à comunidade de Mariana e Bento Rodrigues. Uma barragem, um empreendimento dessa natureza e dessa magnitude, não rompe sem ter motivo." (Promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto, coordenador das promotorias de Meio Ambiente) 

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Referências

Dia 5 de novembro de 2015

​​​​​​​Reprodução 14h00: Portal UAI. Testemunha relata que tremores foram sentidos horas antes de acidente em Bento Rodrigues. Vídeo (2min51s). Publicado em 06 nov.2015. Disponível em: http://www.dailymotion.com/video/x3cmjs7_testemunha-relata-que-tremores-foram
-sentidos-horas-antes-de-acidente-em-bento-rodrigues_news
. Acesso em: junho 2016

15h00: YouTube. Vídeo Incrível: Enxurrada de Lama Destrói Mariana, a Barragem Rompeu! Vídeo (12min30s). Publicado em 06/11/2015. Disponível em: https://youtu.be/XD_8y3VweZc. Acesso em: junho 2016.

EMILIANA, Cecília. Em vídeo, funcionários de mineradora fogem do estouro de barragem. Vídeo (28s). Publicado em 05 nov.2015. Disponível em: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/05/interna_gerais,705043/em-video-funcionarios-de-
mineradora-fogem-do-estouro-de-barragem-acelera-p.shtml
. Acesso em: maio 2016.

15h30: Site do Palácio do Planalto. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm. Acesso em: junho 2016.

VEJA.com. Tragédia em MG: sem sirene, mineradora alertou moradores por telefone. Veja, São Paulo. Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/tragedia-em-mg-moradores-se-queixam-de-falta-de-sirene. Acesso em: maio 2016.

16h49: Estado de Minas. Barragem de rejeitos se rompe em mineradora de Mariana; acompanhe ao vivo. Estado de Minas, Minas Gerais. Disponível em: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/05/interna_gerais,704901/barragem-de-rejeitos-se
-rompe-em-mineradora-de-mariana-acompanhe-ao-v.shtml
. Acesso em: junho 2016.

BAND TV. Reprodução do momento do estouro da barragem. Disponível em: http://imagem.band.com.br/f_325405.jpg. Acesso em: junho 2016

CBN. Morador flagra momento em que barragens se rompem em Minas Gerais, assista ao vídeo. Vídeo (6min21s). Publicado em 18 mar. 2016. Disponível em: http://cbn.globoradio.globo.com/grandescoberturas/tragedia-em-minas/2016/03/18/MORADOR
-FLAGRA-O-MOMENTO-EM-QUE-BARRAGENS-SE-ROMPEM-EM-MINAS-GERAIS-ASSISTA-AO-VIDEO.htm
. Acesso em: julho 2016

​​​​​​​Reprodução 17h14: G1. Barragem de rejeitos se rompe em distrito de Mariana. G1, São Paulo. Disponível em: http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2015/11/barragem-de-rejeitos-se-rompe-em-distrito-de-mariana.html. Acesso em: maio 2016.

17h30: Diário do Aço. Duas barragens se romperam em mineradora de Mariana. Diário do Aço, Minas Gerais.

Ilustração: YouTube. Rompimento de barragem de resíduos da Samarco Mineração em Mariana MG. Vídeo (4min05s). Publicado em 06 nov.2016. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=171&v=w8dsmJxeK54. Acesso em: junho 2016.

17h35: Estado de Minas. Barragem de rejeitos se rompe em mineradora de Mariana; acompanhe ao vivo. Estado de Minas, Minas Gerais. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/05/interna_gerais,704901/barragem-de-rejeitos-se-rompe-em-mineradora-de-mariana-acompanhe-ao-v.shtml. Acesso em: junho 2016.

18h02: Estado de Minas. Barragem de rejeitos se rompe em mineradora de Mariana; acompanhe ao vivo. Estado de Minas, Minas
Gerais. Disponível em:
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/05/interna_gerais,704901/barragem-de-rejeitos-se
-rompe-em-mineradora-de-mariana-acompanhe-ao-v.shtml
. Acesso em: junho 2016.

​​​​​​​Reprodução 18h07: Fonte das fotos: Repórter de plantão, blogspot. Fotos da Tragédia em Mariana. Publicado em 05 nov. 2015. Disponível em: http://reporterdeplantaocaete.blogspot.com.br/2015/11/tragedia-em-mariana-barragem-de.html. Acesso em: maio 2016.

18h16: O Globo. Barragens se rompem e atingem distritos de Mariana. O Globo, Rio de Janeiro. Disponível em: https://oglobo.globo.com/brasil/barragens-se-rompem-atingem-distritos-de-mariana-mg-17975110. Acesso em: maio 2016.

Ilustração: O Globo. Foto devastação Bento Rodrigues. Disponível em: https://oglobo.globo.com/. Acesso em: maio 2016.

18h17: Fonte: Estado de Minas. Barragem de rejeitos se rompe em mineradora de Mariana; acompanhe ao vivo. Estado de Minas, Minas Gerais. Disponível em: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/05/interna_gerais,704901/barragem-de-rejeitos-se
-rompe-em-mineradora-de-mariana-acompanhe-ao-v.shtml
. Acesso em: junho 2016.

18h25: Fonte: Facebook. Página da Samarco no Facebook. Disponível em: https://www.facebook.com/SamarcoMineracao. Acesso em: maio 2016.

18h27: Ilustração: Estadão. Arte nova barragem. Estadão, São Paulo. Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/transito/
files/2015/11/arte-nova-barragem.jpg
. Acesso em: maio 2016.

Estadão. Arte antes e depois. Estadão, São Paulo. Disponível em: http://blogs.estadao.com.br/transito/files/2015/11/arte-nova
-barragem.jpg
. Acesso em: maio 2016.

18h31: Fonte: Folha de S. Paulo. Barragem de mineradora se rompe no interior de Minas. Folha de S. Paulo, São Paulo, 05 nov.2015. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/11/1702717-barragem-de-mineradora-se-rompe-no-interior-de
-minas-gerais.shtml
. Acesso em: 01 jun de 2016.

18h49: Fonte: UOL. Dez pessoas desaparecem após rompimento de barragem em Mariana. UOL, São Paulo, 05 nov.2015. Disponível em: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2015/11/05/dez-pessoas-desaparecem-apos-rompimento-de-barragem
-em-mariana-mg.htm
. Acesso em: 01 jun.2016.

18h59: Fonte: Estado de Minas. Barragem de rejeitos se rompe em mineradora de Mariana; acompanhe ao vivo. Estado de Minas, Minas Gerais. Disponível em: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/05/interna_gerais,704901/barragem-de-rejeitos-se
-rompe-em-mineradora-de-mariana-acompanhe-ao-v.shtml
. Acesso em: junho 2016.

19h01: Fonte: Estado de Minas. Barragem de rejeitos se rompe em mineradora de Mariana; acompanhe ao vivo. Estado de Minas, Minas Gerais. Disponível em: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/05/interna_gerais,704901/barragem-de-rejeitos-se
-rompe-em-mineradora-de-mariana-acompanhe-ao-v.shtml
. Acesso em: junho 2016.

19h36: Fonte: Estado de Minas. Barragem de rejeitos se rompe em mineradora de Mariana; acompanhe ao vivo. Estado de Minas, Minas Gerais. Disponível em: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/05/interna_gerais,704901/barragem-de-rejeitos-se
-rompe-em-mineradora-de-mariana-acompanhe-ao-v.shtml
. Acesso em: junho 2016.

20h21: Fonte: Estado de Minas. Barragem de rejeitos se rompe em mineradora de Mariana; acompanhe ao vivo. Estado de Minas, Minas Gerais. Disponível em: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/05/interna_gerais,704901/barragem-de-rejeitos-se
-rompe-em-mineradora-de-mariana-acompanhe-ao-v.shtml
. Acesso em: junho 2016.

20h49: Ilustração: YouTube. Funcionários da Samarco fogem após rompimento de barragem. Vídeo (28s). Publicado em 5 nov.2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cNgQI6UqgAM. Acesso em: maio 2016. 

21h37: MENDONÇA, Heloisa. Barragem se rompe em Minas e deixa mortos e dezenas de desaparecidos. El Pais, São Paulo. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2015/11/05/politica/1446760230_611130.html. Acesso em: junho 2016.

22h22: CRUZ, Marcia Maria. Professores salvaram alunos de escola em Bento Rodrigues. Estado de Minas, Minas Gerais. Disponível em: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/11/06/interna_gerais,705192/professores-salvaram-alunos-de-escola-em-bento
-rodrigues-veja-o-depoi.shtml
. Acesso em junho 2016.

Dia 6 de novembro de 2015

00h24: Facebook. Página da Samarco no Facebook. Disponível em: https://www.facebook.com/SamarcoMineracao. Acesso em: maio 2016.

00h45: Ilustração: SENRA, Ricardo. A história por trás da foto do pescador que ‘perdeu vida para a lama’. BBC Brasil, São Paulo. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/12/151130_pescador_foto_choro_entrevista_rs. Acesso em: junho 2016.

06h30: Portal UAI. Hidrelétrica em Santa Cruz do Escalvado é atingida pela lama do rompimento de barragens em Mariana. Portal UAI, Minas Gerais. Disponível em: http://www.dailymotion.com/video/x3cp07b_hidreletrica-em-santa-cruz-do-escalvado-e-atingida
-pela-lama-do-rompimento-de-barragens-em-mariana_news
. Acesso em: maio 2016.

09h26: Site Itatiaia. Montagem de fotos de Barra Longa. Disponível em: http://www.itatiaia.com.br/uploads/redactor_assets/
pictures/12648/montagembarralonga.jpg
. Acesso em maio 2016.

08h59: Estado de Minas. Tragédia em Mariana: resgate de sobreviventes em Bento Rodrigues. Estado e Minas, Minas Gerais. Disponível em: http://www.em.com.br/app/galeria-de-fotos/2015/11/06/interna_galeriafotos,5438/tragedia-em-mariana-resgate-de-sobreviventes-em-bento-rodrigues.shtml. Acesso em: maio 2016.

Ilustração: G1. Equipes de resgate buscam sobreviventes. Vídeo (06min18s). Publicado em 6 nov 2015. Disponível em: http://g1.globo.com/jornal-hoje/videos/t/edicoes/v/equipes-de-resgate-buscam-sobreviventes-da-tragedia-em-mariana/4590775/. Acesso em: junho 2016.

08h32: Estado de Minas. Tragédia em Mariana: resgate de sobreviventes em Bento Rodrigues. Estado e Minas, Minas Gerais.
Disponível em:
https://www.em.com.br/app/galeria-de-fotos/2015/11/06/interna_galeriafotos,5438/tragedia-em-mariana-resgate-de-sobreviventes-em-bento-rodrigues.shtml. Acesso em: maio 2016.

14h47: YouTube. Samarco se pronuncia sobre acidente em entrevista coletiva. Vídeo (12min37s). Puclicado em 16 nov2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6cFkjtQswP0. Acesso em junho 2016.

 


 

Érica Mariosa Moreira Carneiro - Graduada em Comunicação Social em Relações Públicas pela PUC-Campinas. Mestranda em Divulgação Científica e Cultural no Labjor/IEL/Unicamp. Atua no Projeto de Pesquisa Biotupé do INPA na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé, em Manaus (AM). Trabalha com blogs de Divulgação Científica da Unicamp realizando divulgação científica com ênfase em Redes Sociais. e-mail: eriquinhamariosa@hotmail.com


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Foto: Reprodução

 

Imagem de capa JU-online
Local da tragédia | Reprodução site Revista Veja

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