Audiodescrição: Imagem colorida de uma gota de água projetando uma planta no fundo.

A coluna Ambiente e Sociedade é um espaço de discussão crítica e analítica sobre as questões ambientais contemporâneas, dando ênfase às problemáticas concernentes às transformações para sociedades sustentáveis. Dentre outros, são abordados temas como mudanças climáticas, políticas públicas ambientais, biodiversidade, degradação ambiental urbana e rural, energia e ambiente, Antropoceno, movimentos ambientalistas, desenvolvimento e sustentabilidade, agricultura sustentável e formação de quadros na área.

Um olhar de gênero para a COP27: notas sobre beduínos

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Entre 6 e 20 de novembro de 2022 ocorreu a 27ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), em Sharm El Sheikh, no Egito, com o mote “a COP da implementação”. De acordo com a listagem oficial divulgada pela UNFCCC[1], a COP27 foi a maior da história, com 49.704 participantes, em torno de 10 mil pessoas a mais que na COP26, a maior até então[2].

Composta por 195 partes, a COP27 contou com 11.969 delegados oficiais, o maior setor presente no evento, seguido pelos 10.090 observadores que representavam 1.649 organizações não governamentais2. Eu fui uma dessas cerca de 10 mil pessoas que participaram da Convenção como observadora, credenciada por uma organização não governamental ambientalista.

Minha participação na bluezone, a área destinada aos credenciados da Convenção, foi possível por conta de meu papel como articuladora do Grupo de Trabalho de Gênero e Clima do Observatório do Clima[3], o que me possibilitou acompanhar as discussões e negociações sobre gênero, como parte do meu projeto de doutorado sobre os debates de gênero na governança climática.

Existe um amplo campo acadêmico e de ativismo político que atua nas conexões entre gênero e as questões ambientais. A compreensão de que as mudanças ambientais são processos “generificados”, ou seja, que as causas e consequências dessas mudanças não são neutras para gênero, é uma orientação importante dentro do campo[4]. No entanto, os desdobramentos dessa afirmação são múltiplos.

Dentro dos espaços da UNFCCC, a perspectiva hegemônica sobre gênero e mudanças climáticas coloca como centro da questão a vulnerabilidade e os impactos diferenciais que as mudanças climáticas têm, a depender do gênero, junto com a importância de uma maior representação política de mulheres nos espaços decisórios climáticos. Isso fica expresso no Plano de Ação de Gênero, estabelecido em 2017, na COP23, em que oficialmente foi reconhecida a importância do envolvimento igualitário de homens e mulheres nos processos da UNFCCC e do desenvolvimento e implementação de políticas climáticas nacionais sensíveis a gênero.

Mais recentemente, um relatório apresentado pela UNFCCC em junho de 2022 (FCCC/SBI/2022/7) aponta que mulheres, por conta das desigualdades históricas, pelos papéis de gênero que exercem, pelo menor acesso a recursos, pelo trabalho de cuidado, entre outros fatores, são mais vulneráveis aos efeitos negativos das mudanças climáticas. Além disso, também menciona a existência de um gap, uma lacuna (ou um abismo), entre a quantidade de mulheres e a de homens que assumem a posição de representação política nas discussões sobre as mudanças climáticas[5].

Nesse sentido, e em acordo com a direção que as discussões climáticas foram tomando dentro da Conferência, uma das reivindicações centrais das mulheres na COP27 (uma vez que, em sua maioria, quem discute a agenda de gênero são mulheres) tratou da necessidade de que os fundos e financiamentos climáticos incorporem uma perspectiva sensível a gênero. A maior parte do tempo gasto nas negociações girou em torno de discutir o parágrafo 12 do texto final da Decisão relativa à revisão de meio-termo do Plano de Ação de Gênero, que discorria sobre a “facilitação do acesso ao financiamento climático por organizações de mulheres da base, bem como populações indígenas e comunidades locais, especialmente mulheres”[6].

De fato, mulheres são mais afetadas, inclusive o próprio Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima (IPCC) se tornou mais incisivo nesse sentido em seu último relatório, lançado entre 2021 e 2022, com a afirmação de que a “intersecção entre gênero com raça, classe, etnia, sexualidade, identidade indígena, idade, deficiência, renda, status migratório e localização geográfica com frequência aumenta a vulnerabilidade a impactos das mudanças do clima, exacerbando as desigualdades e criando mais injustiças”[7].

Além disso, mulheres continuam sendo minoria nas Conferências e nas negociações. De acordo com um estudo da Carbon Brief, nesta COP, foi possível verificar que, dentre os participantes, 63% eram homens e 37%, mulheres, percentuais bem próximos dos apresentados nas últimas cinco Conferências[8]. Também não há dúvidas de que as mulheres são parte da solução, pois desempenham um papel central no contexto da agricultura familiar, seguridade alimentar e conservação ambiental. São elas que majoritariamente trabalham nas plantações dentro das pequenas propriedades, garantindo a produção alimentar da família, preservando sementes crioulas, manufaturando produtos de sistemas agroflorestais, perpetuando conhecimentos tradicionais relacionados ao uso de ervas medicinais, atuando como usuárias e zeladoras dos recursos biológicos, além de exercerem papel central nas tarefas domésticas e no cuidado familiar.

No entanto, algumas perguntas podem ser colocadas para aprofundar a discussão: uma maior representação política de mulheres é suficiente? Uma agenda de gênero que coloque no centro o financiamento climático e as soluções mercadológicas realmente vai ser capaz de dar conta de reduzir as desigualdades de gênero e de contribuir com o refreamento das mudanças climáticas? Quando falamos de gênero, estamos falando de mulheres? E, afinal, quem são essas mulheres, que não têm raça, não têm classe, não têm cor, não têm etnia, não têm origem ou territorialidade?

Invoco então a diferença entre essa perspectiva hegemônica e uma perspectiva crítica feminista, à qual me alinho, em especial, do feminismo latino-americano, sobre as mudanças climáticas. Esses grupos feministas latino-americanos apontam que há uma limitação fundacional nesse enfoque de “gênero e mudanças climáticas”. Uma vez que surge no interior da gestão dominante do campo climático, essa abordagem não questiona as causas estruturais das mudanças climáticas e nem pretende atuar criticamente sobre o modelo de desenvolvimento dominante.

A ausência de uma perspectiva crítica do enfoque de gênero estabelecido impede colocar em evidência as estruturas subjacentes que produzem as mudanças climáticas e as próprias desigualdades de gênero, radicalmente interconectadas, e isso cria um grande ponto cego nessa perspectiva. Outra limitação é tratar gênero como sinônimo de mulher, invisibilizando as estruturas de poder envolvidas nas relações humanas ao não considerar gênero como um sistema que produz campos hierarquizados, simbólicos e materiais, de poder, que estruturam a sociedade.

E é aqui que gostaria de trazer algumas contribuições sobre minha experiência na COP27. Dentre outras funções, fui para o Egito com o objetivo de acompanhar as negociações de gênero e os desdobramentos da revisão de meio-termo do Plano de Ação de Gênero como parte do meu projeto de doutorado. Mas, ao tratar gênero como “um meio de decodificar o sentido e de compreender as relações complexas entre diversas formas de interação humana”[9], outras nuances são colocadas em destaque e, por isso, neste texto, não vou trazer uma análise sobre o fracasso nas negociações de gênero, ou sobre as contradições de falar sobre gênero em um país onde mulheres pouco ocupam o espaço público. Quero aqui demonstrar como gênero perpassa e estrutura o campo político e científico das mudanças climáticas, usando como fio condutor meu contato com os beduínos[10].

O primeiro ponto que chamou minha atenção sobre a COP27 foi o local escolhido para a realização da Conferência: Sharm El Sheikh, um balneário turístico do Egito no Oriente Médio. Está localizada na península do Sinai, ou seja, na porção asiática do país, entre o deserto do Sinai e o Mar Vermelho. É uma região historicamente marcada por conflitos, os mais recentes entre Israel e Egito. Desde 1982, quando o Egito retomou o controle do território, passou a ser chamada de “Cidade da Paz” e, assim, muito capital público e privado foi investido na cidade para transformá-la em um polo turístico. Sharm foi sede de emblemáticas conferências de paz do Oriente Médio, porém um atentado terrorista que aconteceu no ano de 2005 marca a contraditória história da “Cidade da Paz”.

Ao desembarcar no aeroporto, peguei um táxi com um dos vários Mohammed (ou Muhammad) que conheci ao longo da viagem[11]. Mohammed é do Cairo, como a maior parte daqueles que moram e prestam serviço na cidade, e apesar de não falar muito bem inglês, conseguimos nos comunicar, e, assim, entre muitos erros no caminho, vamos conversando sobre a cidade. Ao longo do trajeto, noto as diversas fotos do governante do país, o ditador Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, apelidado de Sisi. Ele aponta ao longe as luzes de Naama Bay, me pergunta se gosto de ir à praia e me mostra alguns bares ou restaurantes restritos aos egípcios, perto de alguns pequenos edifícios nos quais os egípcios moram, que me lembram bastante os conjuntos habitacionais brasileiros que costumo ver na cidade de São Paulo.

Recordo-me do que havia ouvido entre as tantas reuniões preparatórias para a COP sobre segurança: “Não se preocupem. Sharm é uma cidade (sic) murada. Os egípcios não podem frequentar alguns locais sem autorização”. Pergunto então a Mohammed o porquê disso e ele apenas sorri e dá de ombros. Chego então ao meu destino, um dos vários resorts da cidade, com uma arquitetura de influências árabes e mediterrâneas, logo ao lado de outro resort com a mesma aparência, porém em ruínas, onde há várias construções que parecem ter sido abandonadas pela metade. Para entrar com o carro e me deixar na porta do hotel, Mohammed precisa mostrar um documento.

Apesar de estarmos todos pisando no continente asiático, politicamente o Egito é um país africano, portanto, a COP27 foi considerada a “COP africana”. De fato, a representação de países africanos foi relativamente alta em relação às edições anteriores[12] e ao andar pelos pavilhões era possível presenciar uma grande diversidade de cores de pele, línguas e vestimentas.  Pelas conversas com colegas que já frequentam as Conferências há alguns anos, os pavilhões da COP27 estavam menos dominados por homens brancos do que de costume. No entanto, não deixo de notar que há um abismo entre quem povoa os pavilhões da sociedade civil e quem ocupa as mesas de negociações. De qualquer forma, a presença forte de populações indígenas, originárias e tradicionais foi marcante.

Neste ponto da história, preciso sair da COP por alguns instantes para “retornar” ao Egito (coloco o termo entre aspas para marcar a sensação de estar no país, mas ao mesmo tempo não estar), mais especificamente ao deserto do Sinai, na cidade de Dahab. Essa cidade fica a aproximadamente 90 km de Sharm e é onde se localiza o Monte Sinai, famoso por ser o local em que, de acordo com as religiões judaicas e cristãs, Moisés recebeu de Deus os dez mandamentos, a tábua da Lei. Após passar por inúmeros postos militares[13], chegamos ao deserto do Sinai. A partir desse ponto é necessário fazer uma caminhada de quase 7 km e subir aproximadamente 750 degraus para chegar ao topo do Monte, e, para isso, é mandatário a contratação de um guia. No meu caso, outro Mohammed foi o guia, este, porém, um beduíno que tentou por um tempo viver no Cairo, mas acabou desistindo e voltando para o deserto, onde nasceu e cresceu.

Durante a caminhada, eu e uma jornalista fomos conversando com Mohammed, que além de inglês e árabe também falava francês, italiano, russo, sérvio, espanhol e um pouco de português. Mohammed pergunta sobre o Brasil e a eleição do presidente Lula. Fico espantada por ele conhecer Lula e pergunto sobre a política no país dele. Mohammed então nos conta sobre a ditadura, sobre como esse sempre foi o regime do país, sobre os presos políticos, sobre a prisão do ativista Alaa Abdel Fattah, que estava em greve de fome há mais de 200 dias e parou de beber água no início da Conferência[14] (as notícias que recebíamos é de que ele poderia morrer a qualquer momento), mas também nos fala sobre como o poder de uma ditadura depende da polícia, “o poder só chega até onde a polícia alcança, e aqui no deserto eles não entram, aqui não chegam, é território nosso”.

Fico impactada com essa frase e me dou conta do lugar em que estou. A paisagem montanhosa e desértica, um labirinto de montanhas de areia a perder de vista, com mais de 60 mil quilômetros quadrados de extensão, em um país no qual desertos correspondem a aproximadamente 95% do seu território, e a facilidade com que os beduínos se deslocam, sem se perder em um lugar em que, aos meus olhos, a sobrevivência parecia impossível.

Pergunto então a Mohammed se ele sabe da história de Sharm El Sheikh, pois é notável que é uma cidade muito nova e bastante artificial. Ele relata que seu pai havia presenciado a construção do primeiro resort em Sharm, há 45 anos mais ou menos, quando os beduínos que lá viviam foram expulsos para que a cidade fosse construída. De acordo com ele, as tribos de beduínos que moravam na região costeira da península eram pescadoras e costumavam fazer um tipo de comércio com as tribos que viviam na porção central, porém, com a chegada dos grandes empreendimentos, foram expulsos da região e perderam o acesso a seus territórios. Mohammed me contou que muito da sua cultura e de seus modos de vida vinham se perdendo, muitos jovens se mudavam para o Cairo e tentavam sobreviver por lá, a maioria em subempregos, o que acabava por ter um grande impacto na comunidade e nos modos de vida tradicionais (de acordo com ele, os jovens estavam ficando cada vez mais fracos).

Toda a experiência no Monte Sinai causou grande impacto em mim, não apenas pela grandiosidade de ver um nascer do sol a mais de 2.000 metros de altitude no meio de um deserto do Egito, mas principalmente porque foi lá que me dei conta da ausência dessa população tradicional na Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas. Afinal, em uma Conferência supostamente marcada pela diversidade de povos, onde estavam os povos tradicionais do Egito, especificamente, os beduínos, povos do deserto?

“Pensar global, agir local”[15]. Essa frase tão popular dentro das discussões climáticas, ao ser analisada por uma ótica de gênero, nos entrega algumas pistas para responder essas perguntas. A Conferência das Partes é um espaço globalizado, internacionalizado, acontece em algum lugar, porém, quando atravessamos o limite da entrada, estamos quase que em lugar nenhum, somos globais, o local é desterritorializado, desaterrado. As discussões giram em torno de mecanismos financeiros para viabilizar um novo mercado global de crédito de carbono. As soluções todas estão vinculadas àquilo que pode se tornar rentável economicamente. Emite-se aqui, compensa-se ali, os lastros territoriais se dissipam para dar lugar aos lastros econômicos.

Astrid Ulloa, uma teórica colombiana, nomeia esse centramento das políticas climáticas em certos atores transnacionais como “ecogovernamentabilidade climática”[16], a qual possui “representações específicas da natureza e geopolíticas do conhecimento, sob uma racionalidade particular em torno da natureza e uma lógica econômica como uma nova mercadoria global”[17], um arranjo de governança que exclui conhecimentos tradicionais, de populações indígenas e comunidades locais.

Com o assentamento das narrativas sobre mudanças climáticas nos eixos tecnocientífico e econômico, definem-se os atores que podem participar das arenas políticas de decisão, bem como os papéis que irão exercer, dentro do arcabouço narrativo já definido. Nessas arenas, os espaços decisórios, aqueles que definem as soluções, são sujeitos masculinos, embranquecidos, do norte global, porém desterritorializados, pretensamente neutros e universais – são globais, e o global pensa. Em contrapartida, ao local, à natureza, aos territórios, aos povos tradicionais, originários, aos não brancos, às mulheres, aos vulneráveis, resta a tarefa de receber, executar, cumprir, mas nunca de decidir, nem mesmo quando a discussão se dá em seu próprio território, como foi o caso dos beduínos. Estão aqui postos domínios simbólicos do campo climático, que, assim como na nossa sociedade, se estruturam a partir do sistema de gênero.

A COP27 apresentou diversas contradições. Começando pela escolha do país, um regime ditatorial com centenas de presos políticos, e a escolha de uma cidade “da paz” que segrega os espaços. Também ao se colocar como a COP da implementação, sendo que pouco[18] avançou nesse sentido, havendo inclusive retrocessos no texto ao não mencionar a redução do uso de combustíveis fósseis, e em que a presença de representantes de empresas petrolíferas foi proeminente. Podemos mencionar também o que significa pensar nas fronteiras imaginárias evidenciadas por uma “COP africana”, mas que também é asiática e do Oriente Médio. Ou, indo além, pensando na incongruência de realizar a revisão de um Plano de Ação de Gênero em uma região onde as mulheres locais só eram vistas trabalhando nos banheiros femininos.

Acredito que toda contradição pode dizer muito quando colocada em contraste. Dentre todas, elaborei aqui a ausência dos beduínos na COP27 para evidenciar a desconexão da Conferência com a territorialidade, ressaltando assim o compromisso desse espaço com o modelo hegemônico de reprodução social e econômico, construído sobre a queima de combustíveis fósseis e sobre a exploração de corpos feminino e racializados, modelo que, por princípio, é acumulativo e expansionista. Retomo então as feministas latino-americanas que, em suas críticas, apontam a captura corporativa que acontece nesses espaços, articuladas com “falsas soluções climáticas”, vinculadas ao “capitalismo verde” e ao “desenvolvimento limpo”, que não rompem com a lógica de financeirização da natureza, e que, ao colocar em jogo a soberania dos povos nos territórios, reatualiza o colonialismo, gerando um tipo de “colonialismo verde”.

Lígia Amoroso Galbiati é bióloga, doutoranda do Programa Ambiente e Sociedade pela Unicamp, Bolsista Fapesp (Fundação de Amparo a Pesquisa de São Paulo, membro da Comissão Assessora de Mudança Ecológica e Justiça Ambiental da Unicamp(Cameja).

Esse texto é um artigo de opinião e não reflete, necessariamente, a opinião da Unicamp.


[1] United Nations Framework Convention on Climate Change (em português, Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas)

[2] Disponível em: https://unfccc.int/documents/323052

[3] https://generoeclima.oc.eco.br/

[4] GROßMANN, Kristina; HAUG, Michaela. Gender and environmental change: recent debates and new perspectives in anthropological research. Antropologia, v. 5, n. 1 NS, p. 7-21, 2018. Disponível em: https://www.ledijournals.com/ojs/index.php/antropologia/article/view/1384/1314

[5] “Dimensions and examples of the gender-differentiated impacts of climate change, the role of women as agents of change and opportunities for women”. Disponível em: https://unfccc.int/documents/494455

[6] Disponível em: https://unfccc.int/sites/default/files/resource/cop27_auv_14_gender.pdf

[7] IPCC, 2022: Climate Change 2022: Impacts, Adaptation, and Vulnerability. Contribution of Working Group II to the Sixth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Disponível em: https://www.ipcc.ch/report/sixth-assessment-report-working-group-ii/

[8] https://www.carbonbrief.org/analysis-which-countries-have-sent-the-most-delegates-to-cop27/

[9] SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade. Porto Alegre, vol. 20, nº 2, jul./dez. 1995, p. 89. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/1210/scott_gender2.pdf

[10] De acordo com a enciclopédia britânica, beduínos são povos nômades de língua árabe dos desertos do Oriente Médio, especialmente do norte da África, Península Arábica, Egito, Israel, Iraque, Síria e Jordânia.

[11] Muhamad e suas variações é considerado um dos nomes mais populares do Egito e até mesmo do mundo. Fonte: https://www.middleeasteye.net/features/will-real-mohamed-please-stand

[12] https://www.carbonbrief.org/analysis-which-countries-have-sent-the-most-delegates-to-cop27/

[13] https://www.middleeasteye.net/news/egypt-cop-sharm-sheikh-turned-military-fortress-fearing-dissent

[14] https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2022/11/ato-por-preso-politico-egipcio-em-greve-de-fome-tem- tumulto-na-cop27-veja-video.shtml

[15] https://en.wikipedia.org/wiki/Think_globally,_act_locally

[16] ULLOA, Astrid. Políticas globales del cambio climático: nuevas geopolíticas del conocimiento y sus efectos en territorios indígenas. Em ULLOA, Astrid (Ed.). Perspectivas culturales del clima, Bogotá: Universidad Nacional – ILSA, p. 477-493, 2011. Disponível em: https://repositorio.unal.edu.co/bitstream/handle/unal/78129/9789587197358.pdf?sequence=1#page=479

[17] ULLOA, Astrid. Justicia climática y mujeres indígenas en América Latina. In: LASA Forum. 2016. p. 12. Disponível em: https://forum.lasaweb.org/files/vol47-issue4/Debates2.pdf

[18] Destaco aqui a criação de um fundo para perdas e danos para os países mais vulneráveis, considerada como um avanço importante em uma discussão que se arrasta há anos. Fonte: https://www.oc.eco.br/cop27-termina-com-uma-revolucao-e-tres-maldicoes/

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