Edição nº 569

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Jornal da Unicamp

Baixar versão em PDF Campinas, 04 de agosto de 2013 a 10 de agosto de 2013 – ANO 2013 – Nº 569

Prêmio Nobel de Química abre
3º Congresso sobre Proteômica


Uma palestra do ganhador do Nobel de Química de 2002, o suíço Kurt Wüthrich, abriu na noite do último dia 28 o 3º Congresso Internacional sobre Proteômica Analítica (3rd ICAP), que ocorre pela primeira vez no Brasil. Wüthrich falou a uma plateia constituída por docentes, pesquisadores e estudantes sobre o tema “Ressonância Magnética Nuclear: uma ferramenta analítica em genômica estrutural”. Organizado por um comitê constituído por docentes do Instituto de Química (IQ) da Unicamp, o 3rd ICAP prosseguiu até o dia 31, na cidade de São Pedro, a 100 quilômetros de Campinas. De acordo com o professor Marco Aurélio Zezzi Arruda, presidente do congresso, o evento contou com 110 inscritos vindos de diversos países do mundo, entre eles Espanha, Austrália, Rússia, Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. “São especialistas de diversas áreas, como medicina, biologia, química etc. Esta interação é muito importante, pois estamos caminhando cada vez mais para pesquisas com abordagens interdisciplinares. O fato de o Brasil sediar o congresso também merece destaque. Embora estejamos iniciando na área da proteômica, já contamos com grupos de pesquisa muito bons”, considera.

O diretor do IQ, Watson Loh, tem opinião semelhante. Segundo ele, o Brasil é um país que tem atraído a atenção de pesquisadores estrangeiros, em razão da qualidade da ciência praticada por aqui. “Este diálogo é fundamental para nós, pois internacionalização é a palavra de ordem. O congresso é uma grande oportunidade de promover a aproximação entre especialistas de diferentes áreas, vindos de diversas partes do mundo. Além disso, é uma grande honra para o IQ ter contribuído para a realização do evento”.

Presidente da Sociedade Brasileira de Proteômica (BrProt), Gilberto Domont também ressaltou a importância do 3rd ICAP para o desenvolvimento da ciência e para o fortalecimento dessa área do conhecimento no Brasil. “Ciência é troca. Para o Brasil, essa troca é ainda mais relevante, pois os países desenvolvidos já estão surfando na terceira onda da proteômica, enquanto nós ainda estamos na segunda. Entretanto, temos bons grupos de pesquisas com capacidade de fazer essa área do conhecimento avançar no país”, entende.

O 3rd ICAP contou com diversas atividades, como exposição de pôsteres, apresentações orais, minicursos e palestras. O evento encerrou-se com a conferência “Especiação e metalômica – métodos eficazes no estudo de regulação de metaloproteínas em pesquisas biomédicas”, ministrada por Joseph Caruso, da Universidade de Cincinnati (EUA).

(Manuel Alves Filho)