..............Campinas, 6 a 12 de agosto 2001

O sonho de 180 trabalhadores, que até há pouco tempo estavam
desempregados, começa a tornar-se realidade. Depois de ver constituída a primeira Cooperativa Popular de Limpeza Hospitalar, com o apoio da Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais (Cori), esses trabalhadores partem agora para o fechamento dos contratos. E não apenas com hospitais e laboratórios, mas também a limpeza de supermercados e lojas, entre outros estabelecimentos.

“Não fazemos conta de quem sejam os nossos clientes”, diz Maria Rosimar da Conceição Pereira, presidente da cooperativa. “O importante é não faltar trabalho, porque medo de trabalhar a gente não tem”, arremata. A idéia do projeto vinha sendo discutida há algum tempo, segundo Rosimar. E uma das primeiras pessoas da Unicamp a quem procurou apoio foi o professor Mohamed Habib, da Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais (Cori), que de imediato se pôs à disposição para a concretização do plano de trabalho.

“Desde o início procuramos conceder todo tipo de apoio ao pessoal que nos procurou. No entanto, era preciso torná-los trabalhadores, antes desempregados, altamente capacitados, principalmente num segmento especializado como é o trabalhador de limpeza”, diz Mohamed. Para isso, a Unicamp articulou um curso intensivo, ministrado por professores da USP, com duração de cinco meses — de janeiro a maio — com três aulas semanais. O curso teve três propostas fundamentais: construir no aprendizado a consciência e da responsabilidade do trabalho coletivo; capacitá-los e qualificá-los — seja na execução de serviços ou na criação de produtos; e ensinar a autogestão, por exemplo, de como devem manter um banco de dados e trabalhar com contas bancárias, entre outras atribuições importantes para o bom desempenho das atividades de uma cooperativa com objetivos e senso comuns.

“Esse auxílio, além de obrigação, é um dever da Universidade”, salientou o professor Mohamed. “Com essa medida a Unicamp abre espaço para prestar apoio, ainda que numa pequena parcela, às pessoas desempregadas hoje no Brasil, que registram um índice da ordem de 29% da população ativa. Isso quer dizer que um quinto das famílias brasileiras não tem como se sustentar. E a Unicamp não pode ficar indiferente a uma situação triste como essa”, diz o professor.

Comissão analisa propostas de acessibilidade

Comissão formada por usuários, patrocinadores, servidores, docentes e alunos da Unicamp participou, terça-feira (31), na Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, da primeira seleção de até dez propostas que vão concorrer ao Prêmio Unicamp de Acessibilidade. Ao longo de 29 dias foram inscritas 18 propostas de trabalho, cujo objetivo é mobilizar a comunidade universitária para questões referentes à acessibilidade, de forma a despertar a criatividade em busca de possíveis soluções para o problema de acesso do deficiente ao campus universitário.

No final do ano haverá a segunda etapa da seleção e, no dia 21 de dezembro, a apresentação dos projetos com divulgação do resultado final do concurso revelando o primeiro classificado, que receberá prêmio de R$ 5 mil reais.

Os autores dos dez trabalhos selecionados na primeira fase vão receber R$ 500 reais cada, durante quatro meses, para que possam desenvolver os seus projetos, sob a forma de protótipo, maquete ou documentação detalhada. De acordo com o regulamento do concurso, durante esses quatro meses de elaboração do projeto, cada trabalho pré-selecionado deverá ser acompanhado, sendo que a ajuda de custo mensal poderá ser suspensa caso o trabalho não esteja sendo realizado de acordo com o cronograma, exceto apresentação de justificativa plausível para o atraso.

Com o apoio institucional da ABN-Amro Bank/Banco Real, o Prêmio Unicamp de Acessibilidade é uma realização conjunta entre a Faculdade de Educação, Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação e Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários.
A comissão julgadora é constituída pelos seguintes componentes: Antônio Augusto Fasolo Quevedo (presidente da Comissão), Ocimar Orfheu (representante do Banco Real/ABN-Amro Bank, financiador), Célia Leão (deputada e usuária), Vinícius Garcia (usuário), Fernando Montanari Filho (usuário/Gente Ciente), Romeu Fernandes (servidor da Unicamp), Franco Dedini (professor da Unicamp), Ana Paula Torres de Oliveira (aluno de graduação da Unicamp), Daniela Viudes (aluno de pós-graduação da Unicamp), Afonso Celso Von Zuben (técnico em órtese e prótese HC/Unicamp) e Maria Tereza Mantoan (Ciped/Unicamp).

Para maiores informações no site http://www.fee.unicamp.br/acessibilidade