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Novo presidente do CNPq garante que compromissos assumidos serão honrados

Erney quer ampliar acesso às bolsas

CLAYTON LEVY

Cortes intrigam paulistas

Outro desafio para o novo presidente do CNPq será encontrar resposta para uma pergunta que se tornou freqüente entre os pesquisadores das instituições paulistas: por que o volume de investimentos em bolsas e no fomento à pesquisa caiu tanto nos últimos anos no estado de São Paulo? A participação do estado no volume de verbas despencou de 39,21% em 1995 para 29,92% em 2000. Enquanto isso, no mesmo período, quase todos os outros estados registraram aumento no volume de dinheiro recebido.

No caso da Unicamp, essa queda foi de R$ 35 milhões em 1995 para R$ 21milhões em 2000. USP e Unesp também amargaram reduções. Na USP, os recursos baixaram de R$ 80 milhões em 1995 para R$ 50 milhões em 2000. Na Unesp, a verba diminuiu de R$ 20 milhões para R$ 15 milhões. Os dados constam da resenha estatística do próprio CNPq e referem-se tanto às bolsas de mestrado como doutorado.

Ao ser informado sobre esse quadro Erney foi cauteloso na resposta. "Preciso primeiro tomar pé da situação para saber o que está acontecendo", disse. Ele antecipou, porém, que não haverá, em sua gestão, tratamento diferenciado para nenhuma região do país. "O tratamento será justo e correto para todos", afirmou.

Apesar da cautela, Erney disse que estará muito próximo à Fapesp, principal agência de fomento à pesquisa do estado de São Paulo, considerada um modelo de gestão. "Nos damos muito bem e vamos fazer uma política conjunta". O presidente do CNPq disse que já conversou com o diretor científico da Fapesp, Luis Fernando Perez, para um trabalho em parceria. "Temos interesse em harmonizar as políticas".


Pró-reitor crê em reversão

O discurso inicial do novo presidente agradou a comunidade científica, mas o fantasma de novos cortes ainda ronda os pesquisadores. "A intenção de honrar os compromissos é fundamental porque muita gente ficou parada no meio da atividade por falta de recursos. Porém, também é preciso garantir um fluxo de recursos contínuo, sem novos contingenciamentos, para que não haja descontinuidade", diz o pró-reitor de pesquisa da Unicamp, Fernando Costa.

Para Costa, o mérito e a qualidade acadêmica devem ser preservados. Com isso, segundo o pró-reitor, a expectativa é de que haja uma reversão na queda de recursos sofrida pelo estado de São Paulo nos últimos anos. "Vamos esperar que o novo presidente tome pé do que está acontecendo". O pró-reitor também chamou a atenção para a necessidade de um número maior de bolsas de iniciação científica na Unicamp. "Queremos duplicar o número de bolsas", disse.

Costa também apóia a idéia de incrementar os "programas de balcão", que têm como objetivo gerar demanda espontânea por parte dos cientistas. "E isso que faz a ciência crescer", disse. O pró-reitor ressaltou, porém, que os programas induzidos também são importantes porque atendem a áreas específicas, estrategicamente importantes para o desenvolvimento do país.

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