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Feagri, 20 anos, alcança
a marca de 500 teses



MANUEL ALVES FILHO

O diretor da Feagri, professor Roberto Testezlaf: "Temos 20 laboratórios trabalhando a pleno vapor" (Foto: Antoninho Perri)O ano de 2005 tem sido especialmente profícuo para a Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp. Primeiro, porque a Unidade, que exerce a liderança brasileira em vários segmentos da pesquisa agrícola, está completando 20 anos de existência. Depois, porque acaba de somar 500 teses de pós-graduação defendidas. A marca foi alcançada no último dia 21 de março, com a apresentação do trabalho de Andréa Ferraz Young, intitulado “Impacto das mudanças no uso do solo de Curitiba por meio da análise da dinâmica populacional urbana e das variações temporais de índices relativos de vegetação e temperatura da superfície”. Além de representar um feito expressivo, dado que o volume é incomum até mesmo para escolas de nações desenvolvidas, o número reflete o comprometimento de professores, alunos e funcionários com a geração do conhecimento, a formação de profissionais qualificados e o desenvolvimento científico e tecnológico do país, conforme o diretor da Faculdade, professor Roberto Testezlaf.

Faculdadetem 180 alunos de pós-graduação

De acordo com ele, por trás da marca das 500 teses – 348 de mestrado e 152 de doutorado – está a dedicação de toda a comunidade, que não tem medido esforços para atender às crescentes demandas por pesquisas na área agrícola. A tarefa tem sido facilitada, diz, em razão da proximidade que a Faculdade tem com representantes do setor produtivo. “Isso serve de estímulo principalmente para professores e alunos, que trabalham com a perspectiva de que seus estudos tenham uma aplicação”, explica. Atualmente, prossegue Testezlaf, a Feagri conta com aproximadamente 180 alunos de pós-graduação, que tocam perto de 150 projetos. Estes estão vinculados aos mais diversos temas, dentro de cinco grandes áreas: Solo, Construções Rurais e Ambiência, Planejamento e Desenvolvimento Rural Sustentável, Tecnologia Pós-Colheita e Máquinas Agrícolas. “Temos 20 laboratórios trabalhando a pleno vapor”, acrescenta.

A soma dessas atividades, segundo o diretor da Feagri, resulta, como já foi dito, na formação de pessoal altamente qualificado e no desenvolvimento de métodos e tecnologias inovadores, mas também nas atividades de extensão aos produtores rurais. “Esse trabalho é muito importante, pois nos dá condições de ajudar os agricultores na busca de soluções para variados problemas. Essa interação é fundamental, pois nos coloca a par da realidade do campo, ao mesmo tempo em que possibilita a esses produtores o acesso ao conhecimento gerado em nossas salas de aula e laboratórios”, analisa Testezlaf.

O sucesso da pós-graduação da Feagri, na visão do seu diretor, deve-se ainda à conjugação de outros fatores, tais como a contribuição dada pelos coordenadores ao longo dos últimos 20 anos – o curso de Engenharia Agrícola existe desde 1975, sendo que a Faculdade só foi constituída em 1985 – e à filosofia da Faculdade, que estimula seus alunos a tomar contato com os métodos científicos desde cedo. Apenas para ficar num exemplo, 62 alunos da graduação contam atualmente com bolsas de iniciação científica, o que representa em torno de 18% dos alunos matriculados. Também para dar uma idéia do interesse gerado pela produção acadêmica da Feagri, basta dizer que ela é a sexta unidade de ensino e pesquisa da Unicamp em número de teses eletrônicas baixadas pela internet.

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