Preac e Rede de Economia Solidária
comemoram dois anos de parceria

01/12/2015 - 13:18

/
Encontro nas dependências da Engenharia Básica

Encontro nas dependências da Engenharia Básica

Membros da rede; Djanir ao centro (de azul)

Membros da rede; Djanir ao centro (de azul)

Grupo da economia solidária de Campinas

Grupo da economia solidária de Campinas

O pró-reitor João Frederico durante abertura

O pró-reitor João Frederico durante abertura

A Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC) da Unicamp, ligada à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (Preac), comemorou nesta terça-feira (1) dois anos de parceria com a Rede de Economia Solidária de Campinas, nas dependências da Engenharia Básica da Universidade. O evento contou com a presença dos participantes da rede e do professor João Frederico Azevedo Meyer, pró-reitor titular da pasta da Preac, órgão que possibilitou a cooperação, ao lado da Prefeitura Municipal de Campinas. Os parceiros da Unicamp e da rede agora se preparam para planejar o calendário de atividades do ano que vem (de março a dezembro).

A presidente da Rede de Economia Solidária de Campinas, Hilda Sampaio, disse que essa rede fomenta empreendimentos. “Notamos que havia muitas ações esparsas de artesanato difundidas na cidade. Então o que fizemos foi reuni-las. Isso aconteceu no ano de 2007. Atualmente, já são 120 pessoas trabalhando com economia solidária”, festejou.

“Éramos um movimento social e agora somos uma associação. Com isso, já conseguimos nos relacionar com outros grupos de economia solidária e, de modo mais próximo, com Cananéia e São Carlos. Ocorre que nossa ideia é buscar expansão desse grande projeto, apoiando outras redes e promovendo eventos conjuntos, com uma maior cobertura no Brasil”, ressaltou Hilda.

O movimento inicial ganhou novos contornos ao procurar a Unicamp para uma parceria, que foi possibilitada pela Preac, por meio da CAC. “As ações envolvem artesanato, alimentação, costura, reciclagem, agricultura orgânica e resíduos sólidos”, descreveu Ângela Maria Morais, coordenadora da CAC. “Promovemos feiras, eventos culturais e oficinas.”

Ela ressaltou que a parceria inclui alunos que atuam junto a atividades de extensão. Rafael Bueno, aluno de mestrado do Instituto de Geociências (IG), é um deles. Hoje ele se envolveu na iniciativa e é vice-presidente da rede de Campinas. No seu projeto de conclusão de curso, ele abordou a economia solidária e se mostra muito motivado a ajudar. "Um dos objetivos da rede é difundir os seus eventos", lembrou.

Hilda assinalou que o grupo se reúne em espaço coletivo e promove iniciativas a fim de propiciar a troca de saberes e comercialização de produtos, já que essa é a principal fonte de renda dos associados. “Já representamos 1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Levando em conta a crise financeira, a rede se mostra como uma possibilidade de emprego e de fonte de renda.”

Para integrar a Rede de Economia Solidária de Campinas, os interessados passam por uma entrevista, por uma avaliação de seus produtos e participam de uma reunião para se inteirar acerca da dinâmica da rede e, aprovados, podem participar dos eventos apresentando os seus produtos.

Segundo Celso Ribeiro de Almeida, coordenador adjunto da CAC, essa cooperação acaba atingindo pessoas vulneráveis socialmente e que de outro modo dificilmente encontrariam oportunidades de trabalho junto ao mercado formal. “A rede está se mostrando um paradigma de economia solidária.”

Trabalho
Djanir Chaves Fogazza, 71 anos, nasceu em São Paulo. Trabalhava como contadora numa empresa de auditoria da Capital. Com a aposentadoria, mudou com a família para São Carlos, em 1992. Dez anos depois, a cidade estava “liquidando” os seus lixões. Foi aí que Djanir conheceu pessoas ligadas à economia solidária que estavam criando cooperativas. Foi convidada a dar uma assessoria para os empreendimentos. A sua tarefa não ficou somente nisso. Em 2006, ela criou o seu próprio empreendimento – o Uniarte São Carlos – que abrange atividades de artes, alimentação e serviços. O projeto foi delineado e hoje tem 39 associados, sendo 31 mulheres e sete homens. “A maior parte das pessoas não tinha outro tipo de renda. Fazia a renda do dia. Mas achou uma brecha e está trabalhando com esse novo projeto de vida mesmo”, sublinhou Djanir.

Leia mais sobre o projeto:
Feira
Campus

Comentários

É uma honra trabalhar como voluntária na Rede. É muito gratificante poder participar de um movimento social que transforma a vida das pessoas pra melhor. Sou muito grata a este oportunidade que estou tendo em, ao estudar Economia Solidária no meu mestrado (USP), poder ver a prática de tão perto! A Hilda é uma mulher inspiradora e um anjo enviado na terra para transformar as nossas vida pra melhor! Gratidão, resume todo esse nosso trabalho!

Email: 
libugelli@gmail.com

Fiquei muito feliz na participação direta deste evento. A quase dois anos o "Movimento de Economia Solidária de São Carlos". Tem participado desta parceria.Portas abertas pela Hilda Sampaio. Local também que podemos praticar esta nova forma de trabalho que proporciona.Geração de Emprego e Renda principalmente para as pessoas excluídas do mercado formal de trabalho. Sendo por motivos de idade ou conhecimento.Esta e a formula do "Bem Viver".

Email: 
dcfugaza@terra.com.br