Instituto
Confúcio
programa a
sua instalação
na Unicamp

06/04/2015 - 15:36

A Unicamp inaugura o Instituto Confúcio (IC) no campus de Campinas com ampla programação de 22 a 24 de abril. Este instituto é resultado de um projeto do governo da China voltado à difusão do idioma mandarim e da cultura chinesa em plano global. A cerimônia de inauguração de uma unidade do IC na Unicamp acontece no auditório 1 da Coordenadoria de Desenvolvimento Cultural (CDC), com a presença de representantes do governo chinês e de autoridades da Universidade. O IC na Unicamp se concretiza a partir de uma parceria com a Beijing Jiaotong University. Leia mais.

Segundo Hongyan Gao, representante da Beijing Jiaotong University na direção do IC, foram planejados três dias de programação. No primeiro dia (22), virá uma delegação da China composta por cinco membros, além de estudantes. Às 12 horas, as atividades terão como marco a dança do leão, performance popular na cultura chinesa, com uma história que remonta há mais de mil anos. Os participantes imitam os movimentos de um leão usando uma fantasia do animal. Também haverá a dança do dragão, um símbolo mitológico que evoca a harmonia, a riqueza e a prosperidade. "Hoje em dia, a dança do dragão é uma apresentação obrigatória no Ano Novo chinês, em geral transmitida ao mundo todo", conta Gao. 

Às 15 horas do dia 22, no auditório 1 da CDC, acontece a solenidade de abertura do evento, com a presença de convidados e uma cerimônia de descerramento de placa na sede do Instituto, que fica localizada no primeiro andar da Biblioteca Central "Cesar Lattes" (BCCL). Às 16h30, ocorre uma apresentação cultural – com música, canto, dança e artes marciais – que, na sequência, ainda terá um coquetel e uma exposição fotográfica denominada 'Beautiful China', quando serão mostradas cerca de 60 fotografias daquele país. A delegação chinesa planeja uma interação com o público e o oferecimento de presentes aos participantes.

No dia 23, às 10 horas, na BCCL, será realizado um colóquio sobre gastronomia tradicional chinesa. Às 15 horas, haverá um debate na sala de cinema do Espaço Cultural Casa do Lago abordando o cinema chinês com a exibição do filme O piano na fábrica, com as presenças da produtora Anamaria Boschi e Cecília Guimarães, da Universidade de São Paulo (USP). Às 19 horas, ocorre a segunda exibição desse filme, que vai até as 21h30. 

No dia seguinte (24), às 10 horas, haverá um recital de poesia e de música chinesa, com o professor Wang Li, o grupo musical Gaoshan Liushui e o professor Vilson Zattera no comando. A programação da instalação do Instituto na Unicamp encerra com o seminário "Educação superior na China", proferido por Hongyan Gao. A professora está hospedada no Brasil há cerca de cinco meses. Ela veio para dar início às aulas de mandarim na Unicamp, que já soma 100 alunos, distribuídos em três turmas. De acordo com Walter Belik, diretor brasileiro do Instituto, esse número superou as expectativas em termos de alunos nesse primeiro momento, e o Instituto já estuda o provimento de uma quarta turma, prevista para acontecer aos sábados, às 10 horas. Veja como foi o primeiro dia do curso de mandarim.

Imersão
Belik espera que, com a inauguração do Instituto, possa aumentar o intercâmbio entre alunos e professores entre as partes envolvidas nessa parceria. Em sua opinião, as principais barreiras ainda são o aprendizado da língua e a distância entre o dois países. “Acredito que devemos estreitar os nossos laços, mostrando as vantagens de um intercâmbio que será uma ótima oportunidade no campo acadêmico e cultural”, afirma Belik. O docente, que pertence ao Instituto de Economia (IE) da Unicamp, explica que "as atividades culturais e artísticas são um apelo para atrair os alunos para conhecer melhor os costumes chineses e quebrar possíveis resistências. Vamos nos debruçar mais sobre a China para desenvolvermos um importante trabalho conjunto”, diz. 

A Unicamp possui vários intercâmbios com universidades chinesas. São atualmente cerca de 15 convênios. “Somente neste ano, foram assinados três cooperações com a China, o principal parceiro comercial do Brasil. O Instituto Confúcio deve agora atuar como um facilitador das relações”, expressa Belik.

O IC é uma rede de instituições instaladas em 500 universidades de 125 países. No Brasil, são oito institutos e, em breve, outros dois serão abertos. A sede principal do IC está na China e fica alocada junto ao governo daquele país, que coordena todas as atividades dos 500 Confúcios ao redor do mundo. “Ao receber a professora Gao, estamos recebendo a metodologia do mandarim e nos beneficiamos ainda mais dessa proximidade ao sediar uma unidade do IC”, exemplifica Belik, que reforça o convite a toda a comunidade universitária para participar desses três dias de atividades na Unicamp. “Será uma solenidade muito festiva e alegre”, convida.