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Estudo analisa consumo de notícias via Facebook

 

 Reprodução/Wikipedia | Sinal marca o endereço oficial da sede do Facebook, nos EUA
Sinal marca o endereço oficial da sede do Facebook, nos EUA

O consumo de notícias via Facebook é, ao mesmo tempo, polarizado e cosmopolita, mostra estudo publicado no periódico PNAS: polarizado no sentido de que cada usuário parece perseguir uma versão pessoal preferida dos fatos, e cosmopolita no de que, nessa caçada à narrativa favorita, há pouca discriminação de origem geográfica da fonte.

O resultado sugere que o sucesso das chamadas “notícias falsas” nas redes sociais é causado mais por preferências ideológicas do que por problemas de checagem e validação do noticiário. “Provavelmente, o maior problema por trás da desinformação é a polarização dos usuários online”, diz o artigo, em sua conclusão.

O trabalho, de autoria de pesquisadores da Itália e Estados Unidos, analisou as conexões entre “likes” e comentários deixados por 376 milhões de usuários, em postagens de 920 fontes noticiosas, ao longo de seis anos. Duas fontes seriam consideradas parte de uma “comunidade” se um grande número dos mesmos usuários individuais comentasse ou desse “like” em postagens de ambas. O levantamento encontrou uma estrutura de comunidades segregadas. “Usuários do Facebook tendem a focalizar um conjunto limitado de fontes de notícias, em grande escala. Esse mecanismo de exposição seletiva gera uma estrutura polarizada de aglomerados”, diz o artigo.

 “O consumo de conteúdo no Facebook é fortemente afetado pela tendência dos usuários de limitar sua exposição a alguns poucos sites”, apontam os autores em suas conclusões. “A despeito da ampla disponibilidade de conteúdo e de narrativas heterogêneas, há uma vasta segregação e polarização no consumo online de notícias”.

 

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