Literatura Infantil (1880-1910)

 
O rio                
A mocidade

 

 

Infância

O berço em que, adormecido,

Repousa um recém-nascido,

Sob o cortinado e o véu,

Parece que representa,

Para a mamãe que o acalenta,

Um pedacinho do céu.

Que júbilo, quando, um dia,

A criança principia,

Aos tombos, a engatinhar...

Quando, agarrada às cadeiras,

Agita-se horas inteiras

Não sabendo caminhar!

Depois, a andar já começa,

E pelos móveis tropeça,

Quer correr, vacila, cai...

Depois, a boca entreabrindo,

Vai pouco a pouco sorrindo,

Dizendo: mamãe... papai...

Vai crescendo. Forte e bela,

Corre a casa, tagarela,

Tudo escuta, tudo vê...

Fica esperta e inteligente...

E dão-lhe, então, de presente

Uma carta de A.B.C...

 

O rio                
A mocidade