PUBLICADO em Natureza Humana. Revista Internacional de Filosofia e Práticas Psicoterápicas. São Paulo (PUC), Vol. IV n. 2, 2002, ISSN 1517-2430, p. 363-381

Sobre as Regras para o parque humano de Peter Sloterdijk
José Oscar de Almeida Marques

Resumo: Raramente um texto filosófico  desperta uma polêmica como a que envolveu as Regras para o parque humano, do filósofo alemão Peter Sloterdijk. Neste artigo, examino esse texto, buscando identificar as razões para sua conturbada recepção, e proponho que, mais do que às conseqüências éticas da aplicação da genética à seleção e determinação das características da espécie, a polêmica se relaciona a um movimento mais profundo de distensão das férreas diretrizes político-intelectuais que governam, desde o pós-guerra, a interpretação da história alemã recente.

Palavras-chave: Heidegger, Nietzsche, humanismo, genética, antropotécnicas.

Abstract: Seldom does a philosophical text raise such a controversy as the book Regel für den Menschenpark by German philosopher Peter Sloterdijk. In this paper I examine Sloterdijk's book and try to identify the reasons for the explosive reaction it produced. I suggest that the controversy owes more to an intellectual weakening of the stringent guidelines that have dictated the interpretation of postwar German history than to fears of the ethical consequences of the application of genetics to select and determine the characteristics of the human species.

Key-words: Heidegger, Nietzsche, humanism, genetics, anthropotechnology.

Texto Completo em Formato PDF

Texto Completo na página de Natureza Humana