loALEXANDRE EULALIO DILETANTE

Em colaboração com CARLOS AUGUSTO CALIL

Depois de uma longa pesquisa no Centro de Documentação do IEL, na Biblioteca Central (UNICAMP), na Fundação Casa de Rui Barbosa, na Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro), no Arquivo do Estado de Minas, no Arquivo Público Mineiro (Belo Horizonte), no CEDIC, na Cinemateca, e no IEB-USP e algumas coleções particulares, levantamos toda a produção do crítico e historiador Alexandre Eulalio, espalhada em diversos periódicos nacionais e estrangeiros cobrindo uma faixa de tempo que vai de 1953 a 1989, ano da sua morte. Esta pesquisa foi iniciada logo após o falecimento do escritor, visando a um objetivo fundamental: colocar a vastíssima produção eulaliana em circulação, através de edições à altura do seu perfeccionismo. AE apesar da sua frenética atividade intelectual, visível agora depois da fortuna crítica publicada no número da revista em questão (p.369-381), deixou apenas um volume publicado: A aventura brasileira de Blaise Cendrars . S.P. INL/Quiron, 1978. 301p. Daí a preocupação dos organizadores em ser "fiel ao mestre", e apresentar um trabalho intelectualmente sério e cuidadoso e ao mesmo tempo bem apresentado graficamente, como AE costumava fazer com os trabalhos que editava. Esta homenagem que o DTL presta a um de seus docentes mais eméritos reservando-lhe um número especial da sua revista possibilitou a divulgaçào de escritos inéditos ou dispersos de AE, alem de reunir ampla colaboraçào de seus amigos e admiradores. Alexandre era insensível aos elementos gráficos e visuais; por este motivo, Alexandre Eulalio Diletante procura resgatar a forma sóbria e elegante da Revista do Livro, a mais festejada das publicações literárias na virada dos anos 50. Com base na definição da natureza de sua incessante atividade intelectual, dada do próprio punho por AE - diletante - resolvemos demonstrá-la levantando os diferentes territórios por onde andou e as diferentes linguagens manejadas sem obedecer hierarquias artísticas ou intelectuais. Dessa forma abrimos um capítulo para cada uma dessas faces eulalianas adaptando os títulos tirados de textos seus. Além de recompor o sujeito AE, através de material fornecido pelo próprio escritor, recompomos um perfil intelectual fragmentado. Os textos escolhidos foram submetidos a um criterioso processo de estabelecimento, confrontando-se as versões e redações encontradas privilegiando-se sempre o original, ou no caso da sua inexistência incorporou-se as correções ou interferências posteriores do autor na cópia publicada no jornal. Tratava-se para os organizadores de, na medida do possível, preservar o estilo e o espírito do momento da criação de cada texto. Pátria diamantina reconstitui o individual no passado "Relendo Hesíodo", "No país da meninice", "Daguerreótipo", "Ouro Preto e Diamntina". Recupera e põe pra fora a infância em "Caminhos cruzados". Análises profundas com um ponto de vista crítico certeiro, recuperam escritores e artistas mineiros tidos como menores: "A História como Romance" e "Luís de Resende". "O Poeta bisonho" como auto-denominou-se seleciona a criação, inspirada nosamigos - "Veneza encarnada em sangüínea", "Poema menor", "Malvasia di venezia", "LT a Murilo Mendes", "Ad Annalisa Cima", "A Quirino Campofiorito", etc. Outros são reminiscências da vida familiar mineira aliado a um lado confessional bastante incomum no escritor - "O quarto", "Existia no longe a Palha". Princípio monárquico reconstrói com uma lucidez histórica impressionante a tradição nacional analisando os protagonistas do século XIX - a família imperial - e sua atmosfera cultural. Escritor público é o crítico que se fez no jornal, surpreendendo pela variedade e intensidade do exercíciojornalístico. Tradutor em sintonia revela a obcessão pela transparência luminosa. Reporter desdobrado em cronista fala de si mascarado num processo de auto-ironia sem complascência, descrevendo deliciosamnte uma viagem aos Estados Unidos. Professor itinerante recupera as conferências proferidas no Brasil e no exterior. Improvisado cineastaafetivos afetivos, críticos e evocativos - Retratos sem Imagens. Ou ainda escreveram sobre assuntos do interesse do homenageado - Em Memória. Para fechar o número, uma bibliografia detalhada e comentada, resultado síntese do levantamento realizado durante longo tempo nas I divulga principalmente os roteiros dos filmes eulalianos. Jacaremirim Editor traz exemplos dos variados trabalhos editoriais. E Mestre de Cerimônias é o lado de agitador cultural eulaliano, apresentando obras de amigos e espetáculos culturais. Os amigos responderam presença nesta homenagem com textos nstituições citadas e na verdade funciona como chave para desvendar o universo mitológico eulaliano.

 

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