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..Campinas, 14 a 20 de maio de 2001

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NESTA EDIÇÃO
.Bienal - pág 1   .Oportunidades - pág. 7
.Empreendimento - pág. 2 .Eventos futuros - pág. 8
.Serviço / Eventos - pág. 2 .Teses /Pedagogia - pág. 9
.Pesquisa - pág. 3 .Ecologia - pág. 10
.Homenagem - pág. 3 .Entretenimento - pág. 10
.Mestrado - pág. 4 .Pós-graduação - pág. 11
.Painel da semana - pág. 5 .Palestras - pág. 11
.Em dia/Inscrições - pág. 6 .Fotografia /Curtas - pág. 12
 

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PEDAGOGIA

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Projeto desmistifica o ensino de física
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A Física é uma ciência que vem da natureza e não de livros e
enciclopédias. Principalmente se levarmos em consideração o avanço desta ciência nos últimos cem anos. Hoje em dia não se consegue imaginar uma pessoa que não possua um transístor em algum equipamento de uso pessoal, por exemplo. Conclusão: a física faz parte do cotidiano das pessoas. Para se ter uma idéia, há bem pouco tempo – 40 anos mais ou menos – o laser era até considerado como “o raio da morte”. Havia todo um mistério em torno deste “misterioso raio de luz”. Atualmente a sua utilização em diversos segmentos da sociedade não só é encarada como natural, mas como fundamental. São conceitos práticos que constituem o desenvolvimento do mundo tecnológico, dos transístores aos computadores, passando pelas fibras ópticas, lasers e lâmpadas fluorescentes. Esta é a abrangência da física moderna.

Colocada desta forma, fica mais fácil entender uma disciplina que assombra boa parte de adolescentes que freqüentam o ensino médio. “Para ensinar física é preciso realizar experimentos e ter clareza nos dados”, defende o coordenador de graduação do Instituto de Física Gleb Wataghin, Leandro Tessler. O aluno tem que ter contato com as teorias e conceitos e não apenas memorizar os gráficos, prossegue. “Somente se confunde a teoria quando não se entende o que está ocorrendo de fato”.

Justamente dentro desta proposta foi que Tessler e outros três pesquisadores do IFGW – Marcelo Knobel, Roberto Martins e Peter Schulz – se uniram em um ousado projeto para trazer o professor de ensino médio para dentro da Universidade. “No nosso instituto ensinamos física e realizamos pesquisas em laboratórios. Portanto aqui está o que há de mais atual na Física”, declara.

O projeto, Oficina de Física Moderna, já em sua segunda edição, vem se constituindo um espaço para a reciclagem de professores de todo país. “Nossa preocupação é apresentar opções para que o professor ensine uma ciência mais próxima do aluno”. Neste sentido, os encontros procuram levar o docente a se sentir como o aluno em sala de aula. “Trata-se de um grande passo para estimular o ensino”.

Para esclarecer melhor, Tessler utilizou em sua última palestra (e já se preparam para outros encontros ainda este semestre) demonstrações ao vivo de fenômenos quânticos. Ele conseguiu medir ao vivo a Constante de Planck – a base da teoria quântica – utilizando um espectômetro simples e uma lâmpada especial. De acordo com o pesquisador, são materiais simples e de fácil acesso para escolas e que têm um valor visual enorme. Ele também examinou qualitativamente o espectro do corpo negro (corpo que não reflete radiação, mas emite a mesma quantidade de energia que recebe) em função da temperatura. O resultado foi a demonstração gráfica dos problemas que intrigavam os Físicos do fim do século XIX. Também foi possível observar porque a lâmpada de neônio é a mais utilizada em letreiros luminosos e back lights, além do funcionamento das lâmpadas fluorescentes comuns. O princípio de funcionamento da tela de televisão também utiliza conceitos quânticos. “Fazer demonstrações aguça a curiosidade do aluno”, explica. Além disso, esclarece, a ciência é essencialmente experimental.

Os primeiros encontros – No início, de acordo com o professor Marcelo Knobel, do IFGW e um dos organizadores da Oficina, pensou-se em criar um espaço para reciclagem de professores na região de Campinas. A idéia foi proposta pelo professor Carlos Henrique de Brito Cruz, Diretor do Instituto e surgiu a primeira edição do evento, em dezembro de 2000 (centenário de aniversário da Constante de Planck). Na época aproveitaram-se as comemorações do centenário da física quântica. O evento acabou alcançando proporções tão grandes que na segunda edição contou com equipes do Rio de Janeiro e Belo Horizonte. “Não pudemos aceitar pelo menos 50 inscrições por causa do espaço físico. A classe reuniu 120 profissionais”, explica.

A Oficina também é importante na medida em que grande parte dos professores de física do ensino médio, não são físicos. “Muitas vezes ensinam Física licenciados em química, engenharia ou outras áreas”. Neste último evento teve até uma inscrição de uma pessoa formada em Direito e que ensina Física. Isto faz com que o professor não domine aspectos além dos que são descritos nos livros didáticos. Hoje, não só o conteúdo deve ser diferente, mas também a linguagem.

Knobel lembra que é a primeira iniciativa do Instituto de Física para aproximar a sociedade desta ciência. “Estamos buscando o caminho para maior interação com a comunidade”, diz.

 

 

 

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