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‘Mexa-se’ melhora qualidade de
vida, mostra tese de doutorado


RAQUEL DO CARMO SANTOS

Carlos Aparecido  Zamai, autor da tese  de doutorado: avaliando os impactos do programa(Foto: Antoninho Perri)O que já se presumia foi comprovado com números. Em cinco anos de existência, o programa “Mexa-se” consolidou-se como uma iniciativa de sucesso implementada a partir de uma parceria entre o Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) e o Laboratório de Avaliação Postural da Faculdade de Educação Física (FEF) da Unicamp. A tese de doutorado, defendida na FEF por Carlos Aparecido Zamai, demonstrou o potencial do programa, que já atingiu quase 60 mil atendimentos ao longo dos anos. “Meu objetivo foi avaliar o impacto que o programa oferece na melhoria da qualidade de vida e da saúde dos participantes”, destaca Zamai, que além de ser um dos coordenadores do programa, também exerce atividades no Laboratório. O “Mexa-se” visa estimular a comunidade universitária na prática de atividades físicas e, para isso, oferece diversas opções, como dança de salão, alongamentos, ginástica localizada, condicionamento físico, caminhadas monitoradas, consciência corporal e outras.

A pesquisa de doutorado, orientada pela professora Antonia Dalla Pria Bankoff, tomou como base um grupo de 25 pessoas que praticavam regularmente atividades de ginástica localizada, caminhada monitorada e dança de salão, três vezes por semana no período de abril a setembro de 2007. A amostragem representa pouco mais de 7% do número de participantes da época, que somavam um total de 300 funcionários ao mês. Pelos resultados, Zamai observou uma diminuição de 45% do peso corporal do grupo, além de constatar a diminuição dos medicamentos ingeridos mensalmente, melhora no desempenho das atividades cotidianas no setor de trabalho e fora dele e a diminuição da pressão arterial em 56,5% para ambos os sexos. Cerca de 90% dos participantes entrevistados afirmaram a melhoria da qualidade de vida, da saúde e bem-estar geral. “A questão não é só numérica. Temos muitos relatos das pessoas sobre a melhoria no bem-estar que as atividades proporcionam”, destaca.

O estudo possibilitou apontar para uma das questões a serem pensadas: a expansão do programa no âmbito das unidades de ensino e pesquisa. De acordo com o coordenador, é preciso uma conscientização maior para a importância de alguns minutos de exercícios durante o horário de trabalho, três vezes na semana. Ele lembra a iniciativa recente do Hospital das Clínicas ao abrir as portas para o “Mexa-se”. “Dois dias por semana, os funcionários participam de atividades de dança de salão e alongamentos como forma de combater e diminuir o sedentarismo, tornando as pessoas um pouco mais ativas fisicamente. Seria interessante que as unidades também despertassem para os benefícios que estas práticas trariam aos funcionários”, argumenta.

Uma das atividades do Programa Mexa-se (Foto: Antoninho Perri)Atualmente, o “Mexa-se” possui uma tenda de atendimentos na Praça das Bandeiras, nas proximidades da Praça da Paz. A ideia seria manter o atendimento fixo e também oferecer os serviços de forma itinerante. Zamai acredita, inclusive, que poderia ser negociada com as chefias a prática em horário de almoço para não atrapalhar as rotinas específicas de cada setor.

Ele constatou ainda que existem cerca de 1,5 mil fichas de pessoas que se inscreveram no programa, mas que por algum motivo não aderiram às praticas oferecidas. Por isso, um próximo estudo pretende investigar não apenas as causas da falta de adesão, como também os fatores que levaram essas pessoas a procurarem o atendimento. “Isto nos dará uma radiografia dos desafios que serão enfrentados nos próximos meses”, analisa.

Zamai lembra que muitos funcionários desenvolvem atividades administrativas com pouco gasto calórico. A ingestão excessiva de medicamentos e o desconforto físico podem contribuir para o aparecimento de quadros de dores articulares. Outros fatores de riscos comumente encontrados na nossa população como sedentarismo, sobrepeso, obesidade e tabagismo contribuem para o surgimento de várias doenças crônicas não-transmissíveis. Neste sentido, o alerta serve principalmente para conscientização do sujeito sedentário ou pouco ativo. Uma das propostas do trabalho é, justamente, ampliar a divulgação em torno da iniciativa.


 
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