| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 338 - 25 de setembro a 1 de outubro de 2006
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Canoa antiga vem à tona

GLÓRIA TEGA (*)

Leila da Costa Ferreira é professora titular do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Unicamp e presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ambiente e SociedadeUma canoa feita de um só tronco de árvore escavado (monóxila) foi encontrada por moradores que pescavam no rio Jaguari, entre as cidades de Vargem (SP) e Extrema (MG). O achado só foi possível devido à estiagem, que deixou o nível do rio bem mais baixo e parte da embarcação exposta. Os pescadores fizeram a canoa flutuar, fotografaram e, como nunca haviam visto uma parecida, resolveram escondê-la novamente sob a água, desconfiando de sua importância histórica. Foi o pescador Felisberto Alves de Oliveira quem comunicou o Museu Municipal de Bragança Paulista, que repassou a informação ao arqueólogo Gilson Rambelli, pesquisador do Centro de Estudos de Arqueologia Náutica e Subaquática, do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (Nepam) da Unicamp.

Pesquisadores do Nepam, com apoio do Corpo de Bombeiros e guiados por Felisberto, retiraram, mediram, desenharam e fotografaram a canoa em 1º de setembro, mas não havia condições apropriadas para removê-la. “Protegemos a canoa com uma tela de náilon para assegurar a integridade do casco e procuramos um local com pouca correnteza para acomodá-la no fundo do rio, obedecendo a critérios internacionais de conservação. A madeira está encharcada e, se o casco secar, pode rachar e quebrar”, explica Gilson Rambelli.

Uma nova expedição fará um estudo mais detalhado da canoa e do local onde foi encontrada, definindo-se então quem se responsabilizará por sua salvaguarda. A embarcação remete a outra encontrada em 1998, no mesmo Jaguari, mas em Bragança Paulista, e exposta no museu da cidade. Ela foi identificada como indígena devido às técnicas de confecção e datada em 250 anos. “A canoa vai contar a história da região”, diz animado o pescador Felisberto de Oliveira.

(*) Glória Tega é jornalista do Centro de Estudos de Arqueologia Náutica e Subaquática, do Nepam/Unicamp

 

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