| Edições Anteriores | Sala de Imprensa | Versão em PDF | Portal Unicamp | Assine o JU | Edição 336 - 11 a 17 de setembro de 2006
Leia nesta edição
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Dos 30 mil matriculados atualmente na graduação
e na pós, 3% realizam estudos no exterior

Unicamp busca atingir
meta de 10% de graduandos
com perfil internacional

(Foto: Antonio Scarpinetti)Dentro da proposta de alcançar até 2009 a marca de 10% dos alunos de graduação com perfil internacional, a Coordenadoria de Relações Institucionais e Internacionais (Cori) está disponibilizando 40 novas bolsas de estudo no âmbito do Programa Santander-Banespa de Mobilidade Internacional com universidades espanholas. Outra medida colocada em prática foi a instalação, na Biblioteca Central, do Posto de Mobilidade Estudantil, numa parceria com o Serviço de Apoio ao Estudante (SAE). Atualmente, dos cerca de 30 mil estudantes matriculados na graduação e na pós, 3% participam de programa de mobilidade no exterior.

Programa disponibiliza 40 bolsas em universidades da Espanha

Assinado no dia 18 de agosto, o Programa Santander de Bolsas de Mobilidade Internacional está oferecendo 20 bolsas para alunos de graduação e outras 20 para pós-graduação. O acordo prevê recursos da ordem de R$ 542,8 mil pelo período de um ano. Estão contempladas no convênio 21 universidades espanholas.

A seleção dos candidatos ficou a cargo das coordenadorias de Graduação e Pós-Graduação juntamente com as diretorias das unidades. O critério de escolha foi baseado no coeficiente de rendimento (CR) obtido pelo candidato, que deverá estar entre “bom” a “excelente”. Além disso, o estudante deverá apresentar um plano de estudos e ter conhecimentos do idioma espanhol. O prazo para seleção terminou no dia 31 de agosto.

Cortez, coordenador de relações internacionais da Unicamp: “Promover maior conhecimento recíproco” (Foto: Neldo Cantanti)Os aprovados embarcam no início de outubro, quando começa o semestre europeu. O programa de moibilidade prevê permanência de seis meses, tanto para estudante de graduação quanto de pós. A bolsa para os alunos de graduação foi fixada em € 500 por mês, mais a passagem. Os de pós receberão € 700, além da passagem. Antes do convênio, a Unicamp já oferecia isenção das taxas acadêmicas, mas a estadia ficava a cargo da instituição anfitriã no exterior. “Agora as chances aumentaram” diz Ana Néri Pires Xavier, coordenadora dos programas de mobilidade para Espanha e Portugal.

A inauguração do Posto de Mobilidade Estudantil, ocorrida em agosto, tem como objetivo facilitar o acesso dos estudantes aos programas de mobilidade oferecidos pela Universidade. “A idéia é aproximar a Cori dos alunos”, explica Marta Janete Gomes Rodrigues, coordenadora do programa. Instalado na Biblioteca Central, o posto conta com um plantão de atendimento composto por três estudantes bolsistas do SAE. A universidade oferece 30 programas de mobilidade para graduação e pós, além de outras oportunidades de participação em cursos, congressos e seminários.

Segundo Marta, no ano passado 157 estudantes participaram do programa de mobilidade no exterior. “Temos capacidade para enviar muito mais”, diz ela. Ana Néri lembra que a falta de recursos era um dos fatores que inibia esta expansão. “Com o convênio, esperamos aumentar rapidamente o número de estudantes participantes”.

Desdobramento – O convênio assinado com o Santander Banespa para o Programa de Mobilidade Estudantil é um desdobramento do Programa Cátedra Ibero-Americana Unicamp–Universidades Espanholas. Iniciado em 2004, o convênio prevê a ida de quatro professores por ano para universidades da Espanha. Estão relacionadas no acordo as seguintes instituições: Universidad Politécnica da Catalunya (UPC), Universidad Complutense de Madrid (UCM), Universidad de Valladolid (UVA), Universidad de Salamanca (Usal), Universidad Politécnica de Madrid (UPM) e Universidad de La Rioja (Unirioja).

Em 2004 participaram do Programa de Cátedras os professores Vera Regina Toledo Camrgo (Labjor), Reginaldo Carmello Corrêa de Moraes (IFCH), Hugo Sabatino (FCM) e André Munhoz de Argollo Ferrão (FEC). No ano seguinte foi a vez dos professores Renato Peixoto Dagnino (IG), Oscar Ferreira de Lima (IFFW) e Edson Moschim (FEEC). Este ano participam os professores Vitor Baranauskas (FEE), Maria Aparecida C. de Medeiros (Ceset) e Cecilia Baranuaskas (IC).

Por meio de acordo firmado em 2002, a Unicamp também iniciou um programa de cátedras com a Universidade de Buenos Aires (UBA), na Argentina. Participaram até agora os professores Fernando de Tacca (IA) e Mário Presser (IE). Da UBA vieram como visitantes as professoras Sara Maldonado e Maria Lucrecia Rovaleti.

“A iniciativa insere-se em uma política explícita da Unicamp de se tornar cada vez mais uma universidade internacional e uma referência para a América Latina”, diz o coordenador da Cori, professor Luís Cortez. Segundo ele, a crescente intensidade das relações econômico-comerciais do Brasil com outros países torna imprescindível um aprofundamento da mobilidade em outras áreas, em particular aquelas que proporcionem o aumento do conhecimento recíproco. “Um dos campos mais importantes para o fortalecimento das relações bilaterais e para a promoção do conhecimento mútuo é o acadêmico, seja por meio de trabalhos e projetos realizados em conjunto por professores, pesquisadores, ou por meio da mobilidade de estudantes e professores entre instituições de ensino e pesquisa”, completa.

Marta Janete Rodrigues e Ana Néri Xavier: expectativa de ampliar rapidamente o número de alunos no exterior (Foto: Antoninho Perri)Engajamento – Cortez considera fundamental, nesse contexto, o engajamento de instituições acadêmicas em atividades de intercâmbio cultural e educativo. “A Unicamp e as universidades mais destacadas em seus respectivos países e com um histórico de êxito nas parcerias que vêm sendo desenvolvidas, encontram-se qualificadas para, por meio da criação de cátedras de estudos, promover maior conhecimento recíproco”, pondera.

Para o coordenador da Cori, a multiplicação e a especialização de centros de excelência também aumentam a necessidade de contatos diretos entre pesquisadores. “O crescimento de grupos qualificados no Brasil é só um exemplo do que acontece no mundo atual”, pondera. Ele acrescenta que, para se manter cientificamente competitivo, o pesquisador hoje precisa acompanhar a produção em um maior número de centros, o que implica a necessidade de circulação entre os mesmos.

A promoção da cooperação internacional, assinala Luís Cortez, está em sintonia com a política nacional de C&T, como prega o Livro Branco da Ciência, Tecnologia e Inovação, publicado em 2002 pelo Ministério de Ciência e Tecnologia do Brasil: “O Brasil deve buscar a otimização da cooperação internacional, ajustando-a aos atuais desafios nacionais e mundiais. O reforço da cooperação, recebida ou prestada pelo País, tem os objetivos de melhorar o acesso da comunidade científica brasileira ao conhecimento, baixar os custos de P&D e aumentar a competitividade externa das empresas”. Esta otimização, de acordo com o coordenador da Cori, inclui o desenvolvimento de novos modelos de cooperação institucional, que extrapolam a bem sucedida colaboração individual.

O QUE É O PROGRAMA
O Programa de Bolsas Santander-Banespa de Mobilidade Internacional, que permitirá oferecer a 40 estudantes da Unicamp a oportunidade de aprimorar seus estudos em universidades espanholas, faz parte da política de responsabilidade social do banco. A instituição financeira mantém programas desse tipo em 14 países, nos quais desenvolve parcerias específicas para o segmento universitário. Só no Brasil, 1,2 milhão de estudantes já foram beneficiados com bolsas em programas de mobilidade.
“Além de contribuir para o desenvolvimento das atividades acadêmicas, nosso objetivo é estreitar o relacionamento com nossos parceiros”, explica o gerente geral do Santander Universidades, Luis Cabañas. Segundo ele, o banco destina 3% de seu lucro a ações relacionadas à responsabilidade social. “Boa parte desse montante vai para programas com universidades”, completa. O Santander-Banespa mantém parcerias com 600 universidades em todo o mundo. Desse total, 120 estão no Brasil. A instituição também desenvolve projetos para a instalação de salas de inclusão digital e reformas da área física destinada às atividades didáticas. “Estamos focados nos projetos educacionais”, conclui Cabañas.

 

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