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Em busca do
combustível de qualidade

Pesquisadores do IQ desenvolvem nova metodologia
e equipamentos para testar produtos

ANTONIO ROBERTO FAVA

O professor Célio Pasquini: tecnologia de ponta para o monitoramento da qualidade do combustívelO Departamento de Química Analítica do Instituto de Química (IQ) da Unicamp vem desenvolvendo duas importantes linhas de pesquisa sobre a qualidade do combustível brasileiro: enquanto uma se atém a formular métodos para testes, a outra se concentra especificamente em projetos de equipamentos para substituir os já existentes, que invariavelmente são mais caros e sofisticados. As pesquisas começaram há pouco mais de dois anos.

O responsável por esse trabalho é o Grupo de Instrumentação e Automação em Química Analítica (GIA) do IQ, cujo principal propósito "é o desenvolvimento de tecnologia de ponta para o monitoramento da qualidade do combustível brasileiro", conforme explica o professor Célio Pasquini, do Departamento e coordenador do GIA.

As vantagens com a substituição da tecnologia ocorreriam principalmente pela possibilidade de se aumentar o número de análises feitas, reduzir seus custos e, por conseqüência, ampliar as amostras de combustível coletadas nos postos. "Isso vai assegurar, a um custo menor, um controle mais efetivo da qualidade dos combustíveis, minimizando a ocorrência de adulterações", segundo o pesquisador. Ressalta-se que a fiscalização do produto poderá ser feita de forma mais eficaz no próprio local, o posto, sem a necessidade de transportar as amostras até o laboratório.

O professor explica que, embora seja um trabalho de pesquisa contínuo, esses projetos em desenvolvimento têm prazo até dezembro deste ano para serem concluídos. "Já temos um elenco de métodos desenvolvidos para determinar a octanagem da gasolina e de seus pontos de destilação, que permitem a substituição aos atualmente empregados para o mesmo fim", explica o professor.

São métodos que empregam a técnica denominada de "espectrofotometria no infravermelho próximo", que requer um equipamento que permite medir a interação da radiação infravermelho próximo com as substâncias presentes nos combustíveis. A principal vantagem apresentada pelo método é a rapidez. "Em cerca de 5 minutos têm-se os resultados de diversos parâmetros necessários para se obter o controle da qualidade do combustível analisado", diz Pasquini.

O instrumento já existe como protótipo no IQ e deverá ser colocado no mercado em breve. "Isso porque já se verifica grande interesse de uma empresa nacional, a Indústria e Comércio de Instrumentos Ltda. (Femto), do setor de instrumentação analítica, que pretende comercializá-lo", revela o professor do IQ.

Nas bombas - A outra linha de pesquisa, "com resultados igualmente significativos", com relação ao controle de qualidade do combustível, são os equipamentos de baixo custo. Já existe um protótipo em operação, ainda que em bancada de laboratório, relativamente barato, que poderia ser acoplado diretamente nas bombas de combustíveis dos postos de abastecimento.

Trata-se de um equipamento que tem a função de acessar e registrar a qualidade do álcool combustível. "Esse instrumento permite que o consumidor, sem deixar o carro no momento do abastecimento no posto, verifique a qualidade do álcool que está sendo colocado no tanque do veículo". Esse equipamento seria instalado junto a bomba de álcool no posto de abastecimento.

"Isso só é possível com o uso de tecnologia que forneça sinais eletrônicos possíveis de gerarem sinais luminosos ou 'displays' que informam a qualidade do combustível", diz.

O Grupo de Instrumentação e Automação em Química Analítica (GIA) do IQ, responsável pelas pesquisas, é constituído pelos professores Célio Pasquini (coordenador dos projetos), Jarbas Rohwedder e Ivo Raimundo Jr, cujos projetos são financiados pelo CTPETRO/Finep.

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