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Congresso de Iniciação Científica da
Unicamp reúne quantidade e qualidade

Evento contará com número recorde
de 1.300 trabalhos inscritos

MANUEL ALVES FILHO

O 19º Congresso Interno de Iniciação Científica da Unicamp, marcado para os dias 26 e 27 de outubro, baterá um novo recorde de trabalhos inscritos. Serão expostos no Ginásio Multidisciplinar 1.300 painéis compreendendo todas as áreas do conhecimento, contra 1.257 apresentados na edição anterior. Tão importante quanto o aumento do número de participantes, conforme o pró-reitor de Pesquisa da Universidade, professor Ronaldo Aloise Pilli, é o fato de a qualidade das pesquisas ter sido mantida. “O nível do congresso será muito bom. Temos trabalhos que trazem contribuições relevantes para as suas respectivas áreas”, afirma.

As sucessivas ampliações do número de trabalhos inscritos no evento, diz o pró-reitor de Pesquisa, refletem o esforço da Unicamp em proporcionar aos alunos de graduação a oportunidade de tomar contato precocemente com as atividades de pesquisa. Um importante instrumento nesse sentido é a concessão de bolsas de iniciação científica. Em 2010, foram ofertadas 1.650. Destas, aproximadamente 1.100 foram outorgadas pelo Programa Institucional de Iniciação Científica (Pibic), mantido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em parceria com a Universidade. “Como contrapartida ao investimento do CPNq, a Unicamp ofereceu no ano passado, por meio do seu Serviço de Apoio ao Estudante (SAE), 250 bolsas”, informa o professor Pilli. As demais foram concedidas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O titular da Pró-Reitoria de Pesquisa destaca que o número de bolsas se torna ainda mais expressivo se confrontado com o quadro de docentes da Universidade, composto por cerca de 1.800 professores. “Ou seja, há quase uma bolsa para cada docente. Além disso, também é preciso considerar que, a cada ano, a Unicamp oferece 3.400 vagas em seu vestibular. Isso significa que estamos com uma taxa de cobertura muito próxima de 50%. Em outras palavras, metade dos nossos alunos de graduação tem a chance, em algum momento da sua vida escolar, de obter uma bolsa de iniciação científica”, pondera.

Esse tipo de incentivo é importante, de acordo com o pró-reitor de Pesquisa, porque vincula o estudante às atividades práticas, ou seja, à realidade da pesquisa científica, artística e cultural. “Também complementa de maneira importante a formação feita em sala de aula. Isso sem mencionar que é uma atividade que contribui para descobrir talentos, despertar vocações e reduzir a taxa de evasão na graduação, que constitui um dos mais sérios problemas do ensino superior no país. Atualmente, o índice de evasão nesse nível de ensino está em torno de 55%. Na Unicamp, está entre 15% e 20%, mas estamos empenhados em reduzi-lo, de modo a aproveitar melhor os recursos investidos pela sociedade na instituição”, diz o professor Pilli.

Outro aspecto positivo do programa de iniciação científica, prossegue o pró-reitor da Pesquisa, é o fato de ele qualificar o estudante para o ingresso na pós-graduação. “Normalmente, o aluno que faz um bom trabalho de iniciação científica fica muito à frente dos demais no momento de desenvolver uma dissertação de metrado. Mais amadurecido, ele já sabe a que assunto vai se dedicar e tem toda a familiaridade com a metodologia científica. Como consequência, os tempos de titulação são frequentemente reduzidos”, informa. No caso da Unicamp, segundo o professor Pilli, os trabalhos que participam do congresso de iniciação científica são submetidos a um rigoroso processo de seleção. O mesmo ocorre com as bolsas, que somente são ofertadas depois de os pedidos serem criteriosamente avaliados por um comitê interno constituído por 350 docentes.

Esse tipo de ação, informa o professor Pilli, tem merecido seguidos elogios de delegações estrangeiras, que ficam impressionadas com o apoio e as repercussões que a iniciação científica tem na vida escolar e no desenvolvimento da capacidade de investigação dos estudantes de graduação, bem como na fixação de quadros para a execução de pesquisas científicas e tecnológicas. A esse propósito, o pró-reitor de Pesquisa assinala que em 2010 também entrou em vigor na Unicamp o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti), mantido igualmente pelo CNPq. A iniciativa tem por objetivo estimular os jovens do ensino superior nas atividades, metodologias, conhecimentos e práticas próprias ao desenvolvimento tecnológico e processos de inovação. No ano passado, a Universidade foi contemplada com 45 dessas bolsas.

PICJr

Além dos trabalhos elaborados pelos estudantes de graduação da Unicamp, o 19º Congresso Interno de Iniciação Científica contará com outros 28 painéis desenvolvidos por alunos do ensino médio, participantes do Programa de Iniciação Científica Júnior (PICJr), mantido pela instituição. “Embora o evento seja dirigido aos nossos alunos, nós temos procurado atrair, cada vez mais, a participação dos jovens que cursam o ensino médio, como forma de também estimulá-los a se interessar pelas atividades vinculadas à ciência. Também por essa razão, seria interessante que a comunidade externa viesse visitar a exposição, pois terá a oportunidade de conhecer um pouco do que essa juventude é capaz de produzir”, convida o dirigente da Unicamp.

Entre os trabalhos apresentados pelos alunos de graduação da Universidade, continua o professor Pilli, 20 deles serão escolhidos por um comitê externo, formado por bolsistas de produtividade do CNPq nas diferentes áreas do conhecimento, como os melhores do congresso. Os autores receberão um prêmio de R$ 3 mil, mais ajuda de custo (viagem e hospedagem) para apresentar seus estudos na próxima reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorrerá em São Luís, capital do Maranhão, em julho de 2012. Os segundos melhores trabalhos serão contemplados com menções honrosas. Ainda como parte do congresso, no dia 27 de outubro um representante da Agência de Inovação Inova Unicamp ministrará a palestra intitulada “Propriedade Intelectual e as iniciativas de empreendedorismo na Unicamp”. A conferência acontecerá a partir das 13h, no Auditório 1 do Centro de Convenções.

Os 1.300 trabalhos que serão expostos nos dois dias do evento estão assim distribuídos, de acordo com as áreas de conhecimento: Artes (83), Biológicas (335), Exatas (205), Humanas (258) e Tecnológicas (391). A eles se somam os 28 painéis produzidos pelos participantes do PICJr. No conjunto, as pesquisas envolvem investigações que vão da avaliação da qualidade de vida de lesados medulares que realizam estimulação elétrica neuromuscular até o desenvolvimento de algoritmos para cálculo de estrutura molecular, passando pela análise do conceito de dissimulação em Hamlet. “É preciso fazer um agradecimento especial ao comitê organizador do congresso, sem o qual o evento não alcançaria a expressão que alcançou”, finaliza o professor Pilli. A programação completa do 19º Congresso Interno de Iniciação Científica da Unicamp pode ser conferida neste endereço eletrônico.



 
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