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Ozires Silva aconselha que
alunos busquem a competência

17/10/2011 – Competência. É este o diferencial que os graduandos de engenharia civil da Unicamp devem buscar para se colocar no mercado de trabalho em tempos de globalização, na opinião de Ozires Silva, fundador da Embraer, ex-presidente da Petrobras e da Varig, ex-ministro da Infraestrutura, reitor da Unimonte e presidente da Pele Nova Biotecnologia. “Tentarei pintar um quadro do ambiente que esses jovens vão enfrentar. Nos últimos 30 ou 40 anos, o mundo mudou de forma extraordinária, por força da globalização, filha direta da comunicação instantânea. Talvez eles não tenham ideia de que hoje a concorrência é global, que não concorrerão somente com brasileiros, mas também com profissionais de países tradicionais e emergentes. E, nesse processo, a competência é um diferencial que pode trazer vantagens competitivas.”

Ozires Silva foi convidado para a conferência de abertura da 15ª Semana de Engenharia Civil (SECXV) da Unicamp, sob o tema “Uma nova década, um novo Brasil”, na manhã desta segunda-feira, no auditório da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC). O evento foi até o dia 21 e é realizado em parceria entre a Projec (Projetos Júnior em Engenharia Civil) e o Centro Acadêmico (CAXD), com o objetivo de agregar valores aos graduandos e aproximá-los do mercado de trabalho.

Para mostrar que é possível obter êxito na sociedade do conhecimento, o ex-ministro deu o exemplo da Embraer. “Há 40 anos, não se imaginava que o Brasil seria capaz de fabricar aviões comerciais que voariam por todos os outros países, com uma empresa absolutamente competitiva. Várias concorrentes desapareceram, enquanto a Embraer se mantém saudável, demonstrando que embora o país seja complicado, é possível. A mensagem que desejo transmitir aos jovens é que escolham o caminho da competência e estudem bastante para ter êxito no mercado mundial”.

Quanto a um novo Brasil nesta nova década, Ozires Silva alerta que o país ainda está perdendo a competição no campo mais crucial do mundo moderno, que é a educação. “Os indicadores produzidos por organizações competentes mostram como estamos atrás. O carro do ano no Brasil é coreano; as crianças coreanas passam o dia todo na escola, e as nossas, quatro horas no máximo; a escolaridade média do operário coreano é de doze anos, ao passo que a do operário brasileiro não chega a quatro. Não seremos a quinta economia mundial se não mudarmos um bocado o nosso sistema educacional. Não é pessimismo, é constatação da realidade”.

Programação

O estudante Álvaro Queiroz, coordenador de conteúdo da 15ª SEC , explica que a programação traz palestras, debates, minicursos, recrutamento de talentos e painéis sobre o crescimento do Brasil na próxima década, com foco nos projetos de infraestrutura e do mercado de construção para a Copa do Mundo e da Olimpíada que o país vai sediar. “Moldamos o evento em cinco pilares da engenharia civil – grandes obras, infraestrutura e transportes, planejamento hidro-energético, saneamento ambiental e urbanismo e habitação. Temos duzentos participantes credenciados, mais os convidados de empresas e de outros institutos”.

O professor Alberto Luiz Francato, coordenador de graduação do curso de engenharia civil, observa que a SEC já faz parte do calendário da FEC e que a temática escolhida para este ano era indispensável. “Vivemos uma nova realidade onde a engenharia civil, nos últimos vestibulares, se tornou o curso de engenharia mais procurado da Unicamp – e, no ano passado, foi o mais procurado do Brasil. Essa procura, certamente, se deve ao mercado de trabalho bastante promissor para a nova década, principalmente com os grandes eventos que o país vai sediar. No caso específico da FEC, isso se deve também à localização geográfica da Unicamp, ao trabalho dos docentes e à grande inserção dos engenheiros que formamos no mercado de trabalho; a empregabilidade é quase total”.

A esse respeito, o professor Marcelo Knobel, pró-reitor de Graduação, acrescentou dados sobre o próximo Vestibular da Unicamp, que terá perto de 61.500 candidatos para 3.300 vagas. “Vemos um fenômeno que mostra como a sociedade responde com relativa rapidez às necessidades do país: quando o nosso vestibular se tornou independente em 1987, a engenharia civil tinha pouco mais de três candidatos por vaga, era um curso considerado de baixa. (Luiz Sugimoto)



 
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