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Estudo da FOP avalia saúde bucal de idosos

RAQUEL DO CARMO SANTOS

 


A cirurgiã-dentista Lorena Alves Coutinho: “É recomendável tratar por completo o dente” (Foto: Divulgação)A cirurgiã-dentista e especialista em Odontogeriatria Lorena Alves Coutinho avaliou 81 idosos do Lar dos Velhinhos e Lar Betel, em Piracicaba, para determinar a condição endodôntica desta população. No total, foram realizados exames clínicos, radiográficos e testes complementares em 942 dentes, sendo que a maioria não apresentou problemas na região dos canais radiculares.

Por outro lado, a pesquisa constatou grande prevalência de calcificações pulpares (nódulos), e a presença de atresias – diminuição do espaço do canal –, além da necessidade de novo tratamento, o que demonstra uma demanda elevada por serviços de endodontia. A conclusão consta de dissertação de mestrado apresentada na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) e orientada pelo professor Eduardo Hebling.

A principal causa dos retratamentos, apontada no exame clínico, explica Lorena, não é a falta de qualidade no tratamento, mas a ausência de restauração definitiva, que pode provocar microinflitrações e levar ao insucesso da terapia endodôntica. “É recomendável tratar por completo o dente e não deixar apenas o curativo provisório após a conclusão do canal. A falta da proteção dos sistemas radiculares obturados através de restaurações com materiais definitivos pode ocasionar sérios danos à saúde bucal, como é o caso de lesões nas raízes”, esclarece.

Segundo Lorena, por muitos anos a falta de prevenção e de informação levava os idosos a extraírem seus dentes antes mesmo de tentar um tratamento. Os tempos mudaram e hoje, acredita-se, a população com mais de 60 anos deve optar por tratamentos mais conservadores em relação à saúde bucal. “Hoje existem tecnologias específicas para tratar os canais radiculares dos dentes dos idosos. É certo que há um grau de dificuldade, mas isto não deve ser empecilho para promover a manutenção da dentição no envelhecimento”, argumenta a cirurgiã-dentista.

Para Lorena, num prazo de menos de dez anos, os idosos, em razão da evolução das técnicas, terão mais condições de manter preservada a sua dentição. Ela acredita que os investimentos em prevenção têm sido eficientes e destaca a colaboração da nova especialidade de Odontogeriatria, voltada especialmente para a terceira idade.

Lorena lembra ainda que a dentição permanente é definitiva e deve receber atenção especial, através de visitas ao cirurgião-dentista e manutenção da saúde bucal, com práticas preventivas diárias. “Somente a prevenção é capaz de fazer diminuir os altos índices de ausência de dentes, tanto na população idosa como nas demais faixas etárias no Brasil”, argumenta.


 
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